Capitulo 7

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Ela não disse nada, apenas ficou me encarando como se tivesse curiosa sobre algo e colocou a mão sobre a minha que estava na cintura dela por dentro da blusa, só aí percebo que eu estava sem as luvas, quase entrei em pânico porque ao mesmo tempo que eu me julgava mentalmente por ter esquecido de colocar as luvas, queria continuar com minha mão ali sentindo a pele dela contra meus dedos. Ao contrário do que pensei, ela só olhou pras minhas mãos como se aquilo não fosse nada, se levantou e pegou a sacola com as luvas me entregando, depois sumiu pra parte de dentro do bar, fiquei por um tempo olhando as cicatrizes na minha mão, eu tava confuso, muito confuso, meu pai falou que as pessoas sentiria nojo de mim por minhas mãos serem assim, mas ela de todas as pessoas que já viram foi a única que não fez cara de nojo ou me chamou de nojento.

Mile_ toma, você tá parecendo um fantasma de tão pálido...

Falou aparecendo do nada com um copo de água.

_ o-obrigado?!

Mile_ bebe logo praga...

_ nossa como ela é educada!

Falo e ela aponta o dedo do meio pra mim me fazendo rir, acabei sentindo um alívio imenso naquele momento e pela tensão ter sumido quase deixei o copo cair.

Mile_ se tu quebrar meu copo vai ter que pagar...

_ ei, praga...

Mile_ fala cabeça de balão...

_ oque isso no seu pescoço?

Mile_ um chupão que não é né!

_ agora vai falar que caiu e bateu o pescoço que nem daquela vez?

Ela não responde, só da de ombros, então me levanto, pego um dos curativos do meu bolso e entrego pra ela fazendo ela me olhar de forma engraçada  fiquei ali por um tempo, depois fui fazer algumas "cobranças" pro Lorenzo e pro senhor Russe.

Cara_ NÃO  SENHOR  AL  CAPONE!

_ devia ter pensado nisso antes de fazer merda, seus dedos não valem nem 1% do que você roubou.

Falo pisando nos dedos do cara com a sola do sapato que por ser feito pra esse tipo de trabalho tinha alguns pequenos ferros em baixo, fiquei vendo ele gritar desesperado de dor enquanto estraçalhava os dedos dele com meu pé, como sempre não senti nada, não senti dó, remorso, nada, nenhum tipo de emoção , é como se eu fosse um robô as vezes.

Cara_ porque não me mata logo de uma vez?

_  Porque o senhor Russe pediu que eu não o fizesse... Mas ele não falou nada sobre não te bater.

Falo soltando a mão dele e o chuto, não muito pra não me dar problemas, mas o suficiente pra assustar. Depois disso tive que ir na Loja da Beatriz, escolher meus ternos, não fiz muita questão, só deixei ela e Vitor escolherem por mim e tive que experimentar. 

Vitor_ você quer mesmo se casar cara?

_ você melhor que ninguém sabe que não tenho opção.

Beatriz_ mas você pode fugir se quiser...

_ falar é fácil, mas de  qualquer jeito vou me casar com ela, querendo ou não...

Vitor_ cara, vocês vão se matar no primeiro dia casados!

Falou rindo e Beatriz o acompanhou, apenas suspirei, não tava a fim de pensar em coisas desse tipo no momento.

_ acho que não...

Lorenzo_ também acho, vocês estão até conversando sem tentar se matar agora.

Falou assustando os dois que ria que nem duas hienas e arrumou a gravata dele, ele será nosso padrinho, então ele também estava experimentando os ternos. Me lembro de relance da expressão que vi no rosto da Milena mais sedo e sem perceber acabo franzino as sobrancelhas, é estranho como o fato de ela ter feito pouco caso depois de ver minhas mãos  me fez sentir aliviado e intrigado.

Vitor_ ei, eu estava brincando, não precisa ficar puto.

_ eu não tô...

Falo isso e agora o Lorenzo  que riu da minha cara, enquanto Beatriz e Vitor me olhavam com medo. enquanto eu olhava pra eles sem entender nada.

Lorenzo_ ele tem essa carranca mesmo quando tá pensando, ele não ta puto..

Victor/ Beatriz_ ata!!!

falam exagerado e fingem um suspiro de alivio, pego a gravata em que estava começando a me irritar por eu não conseguir colocar ela e taquei neles os assustando.

_ falsos....



A Mafia- Massimo al Capone Where stories live. Discover now