Capitulo 13

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Milena

Estou a três semanas aguentando minha mãe falar o tempo todo na minha cabeça, quebrando minhas coisas, principalmente meu prato quando eu ia comer por eu não dar importância pro que ela estava falando, pra piorar eu estava  tendo que jantar na mesa com ela, a mãe do Lorenzo e meu pai a pedido do mesmo, nisso percebi que eu realmente queria muito, desesperadamente sair daquele inferno que chamo de casa. Minha mãe nesse tempo me infernizou pra caralho, não sei como ela consegue ser tão insuportável, estava indo pro meu quartinho no sótão depois daquele jantar de merda e assim que chego na escada percebo que a portinha na qual eu entro estava aberta e não quebrada mas sim arrebentada, subo praticamente correndo quando escuto um estrondo, assim que entro vejo minha mãe com um machado quebrando as poucas coisas que eu tinha lá.

_ que porra você tá fazendo sua maluca descontrolada?

Mãe_ te dando oque você merece sua pirralha ingrata, eu te pus no mundo e você ainda me envergonha dessa forma?

_ do que você tá falando sua maluca? Pirou de vez foi?

Mãe_ sabe, eu tive que carregar você por nove meses, vomitei, senti dor e você tinha que ter vindo mulher?!, porque foi tão ingrata assim comigo e ainda vai se casar com um Al Capone de merda pra me infernizar?,  tenho nojo de ter tido você, NOJO!, seu pai não gosta de mim por sua causa, se você tivesse vindo homem tudo seria tão mais fácil...

_ Não entendo porque você é tão obcecada nisso, o Lorenzo nasceu homem e meu pai trata a outra esposa igual trata você, porque você sabe muito bem que ele não ama nem uma nem a outra, para de ser trouxa mulher! Tem noção dos absurdos que você fala!? Eu não tenho culpa de ter nascido mulher, eu nem se quer queria ter nascido cara...

Mãe_  você acha que eu queria ter tido você? Eu fui obrigada a ter você porque se não aquela vaca iria ganhar de mim, mas no fim das contas você não servil pra nada, sempre foi uma inútil nem seu pai suporta olhar na sua cara, você é uma decepção... você devia ter seguido os meus conselhos e ter ficado longe dos Al Capone....

Fala e joga o Machado no chão com força fazendo ressoar um estrondo, depois se abaixar e pega meu urso, eu gelei na hora em choque, ela podia tocar, destruir, fazer o escambal que quiser com qualquer coisa como ela sempre fez, mas com meu urso não!.

_ n-não o bolinho não mãe, solta, solta ele, por favor...

Falei sentindo o ar sumir dos meus pulmões e um desespero que nunca senti antes tomou conta de mim, nisso comecei a chorar sem perceber, mas só as lágrimas que caiam, porque eu estava paralisada. Aquela velha asquerosa só olhou pra mim e riu, segurou na cabeça dele e começou a tentar puxar,  por reflexo e raiva que senti quando vi aquilo fui pra cima dela  e a empurrei com tudo, nisso ela soltou meu urso e agarrou meu cabelo, depois começou a dar joelhadas e chutes quando eu tentava prender as pernas e braços dela, no que consegui prender os braços ela soltou um deles e me deu um tapa na cara, depois uma cabeçada me fazendo ficar tonta por alguns segundos, quando me recuperei ela estava se levantando mas não deixei e quando consegui fiquei por cima dela e dei um tapa na cara dela com tanta força e ódio que ardeu minha mão e a marca ficou na cara dela, fazendo ela me olhar chocada e tenta se levantar mas empurro a cabeça dela contudo de volta pro chão fazendo a cabeça dela bater contudo fazendo um barulhão.

_ VAI TOMAR NO  MEIO  DO  SEU  CU  SUA  VADIA MALUCA, VAI  A MERDA VOCÊ, SEU EGO FRAGIL E AS PORRA QUE  VOCÊ  PENSA , VOCÊ  NÃO VAI  DESTRUIR  MAIS NADA QUE É MEU, NADA!, EU TE ODEIO TANTO, MAIS TANTO!, TEM SORTE QUE EU TENHO RESPEITO AO CUZAO DO MEU PAI, SE NÃO EU ARREBENTARIA SUA CARA NO SOCO....

Falo tentando me controlar, me levanto e pego meu urso, ela tenta da um chute na minha perna pra tentar me derrubar mas pega em falso e ela solta um xingamento que nem se quer tentei entender, apenas piso no pé dela e me viro escutando ela gritar de dor.

_ Solo un avvertimento, se vieni dietro a me o pensi di darmi l'inferno, sappi che non starò zitto e sarò sicuro di fartelo pentire amaramente.        (só um aviso, se você vier atrás de mim ou pensar em me infernizar saiba que não vou ficar quieta e vou ter a certeza de te fazer se arrepender amargamente.)

_Ah! e fique ciente de que neste momento estarei totalmente foda-se pras leis de merda da Máfia, facção ou o caralho que seja.

Falo e saio andando escutando ela gritar várias coisas, mas não fiz nenhuma questão de escutar nenhuma delas, assim que desço dou de cara com um dos Capo, em específico aquele da balada que essa maluca pagou pra me vigiar, empurro ele e o mesmo se assusta. Depois ele sobe que nem um cachorrinho pra ajudar minha mãe, nisso vou direto pro meu quarto arrumo uma bolsa com tudo oque eu precisava enquanto escutava aquela velha chata ralhar na porta do meu quarto por eu ter trancado a mesma. Depois disso pulei pela janela que dava direto pra sala, já que a outra essa doente mandou cimentar e vejo meu pai em pé escorado na parede de braços cruzados.

Pai_ aonde você vai?

_ pra casa do caralho.

Pai_ não seja assim Milena, estou tentando conversar com você...

_ AGORA?! Sério isso? Tá de palhaçada com a minha cara?  Você  sempre viu as coisas que essa maluca fazia comigo e nunca quis conversar comigo, a única coisa que você já fez foi passar por mim e me olhar com cara de pena e me dar presentes pra compensar sua ausência, eu não quero sua pena, não quero seus presentes, não quero mais nada de você, pode ficar com os carros, joias, tudo, aquilo não serve de nada pra mim e sobre o bar, semana que vem te passo o resto do dinheiro não se preocupa.

Pai_ Milena...

_ Milena o escambal!, vai se foder você e a minha mãe, vocês dois se merecem, dois falsos do caralho que estão foda-se pro real problema que tá na cara de vocês, dois merdas que não sabem assumir a responsabilidade das burradas que faz e fica culpando os outros fazendo eles acreditar que são os verdadeiros culpados das porra que vocês fazem.

Falo procurando meu celular na bolsa e  em seguida disco o primeiro número que me vem à cabeça, nisso minha mãe aparece mancando toda dramática na sala.

Mãe_ você não vai fazer nada? Ela é sua filha! Você não pode deixar ela ir assim!!!.

Fala e meu pai abre a boca pra falar algo mas o calo apenas levantando meu dedo indicador e olho com nojo praquela mulher que nem podia ser considerada uma mãe, depois olhei pra ele  novamente.

_divorziare presto da questi due, sappiamo tutti che non li ami, questo ti farebbe risparmiare più angoscia.
( se divorcie dessas duas logo, todos nós sabemos que você não ama elas, isso pouparia mais sofrimentos.) 

Falo isso e saio dali o mais rápido que consigo, assim que chego na rua escuto a vós de alguém e me lembro que eu tinha ligado pra alguém no celular.

Ligação on

_o-oi, tem como vir me buscar?

Massimo_ aonde você tá?

_ a praça do tubo.

Massimo_ ok, estou indo.

Ligação off.

A praça do tubo foi onde reencontrei o Massimo depois de ele ter voltado a morar com os pais dele, nessa época aquele lugar ainda era um pedaço de terra com apenas matos e alguns cavalos que passeavam por lá, meu pai queria construir algum tipo de comércio ali e o pai do Massimo por ser muito amigo do meu pai foi ajudar, por consequência nós dois fomos junto com nossos pais. Eu e ele apelidamos de praça do tubo porque apesar de ter virado um lugar  todo bonitinho ainda tinha um tubo gigante bem no meio da praça e envolta tinha algumas flores depois vinham os banquinhos pichados, assim que cheguei lá me sentei em um deles e acendi um cigarro.

A Mafia- Massimo al Capone Onde as histórias ganham vida. Descobre agora