Capítulo 17

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Massimo

Não entendo ao mesmo tempo que a Milena me irrita ela também me faz querer fazer coisas que nunca pensei antes com ela, naquele momento no chuveiro eu não devia ter beijado ela, nem se quer devia ter encostado nela, porque isso fez algo novo e estranho surgir dentro de mim e minha mente ficou cheia de pensamentos do que eu queria fazer com ela naquele momento,  naquela hora achei que eu não ia conseguir me controlar, mas consegui e me praguejei por isso. Depois que sai do banheiro e troquei de roupa, depois fui pra cozinha continuar oque eu estava fazendo antes aproveitando pra tentar limpar minha mente daquelas coisas absurdas e obscenas que eu estava pensando e imaginando involuntariamente. 

Assim que terminei de fazer um dos molhos acendi um cigarro e fui pra janela, tentei ao máximo deixar minha mente focada em coisas que eu tinha que resolver e nos planos que  vou por em pratica, mas todos os esforços foram  por água a baixo, Milena apareceu no meu campo de visão pegando  meu cigarro  e deu um trago longo depois inclinou a cabeça um pouco pra trás soltando a fumaça lentamente me fazendo perceber a camisa larga que ela estava usando na qual deixa o pescoço e um dos ombros dela a mostra, eu queria a morder naquele exato momento, mas o pensamento sumiu quando ela me olhou com uma expressão de duvida, nesse momento prendi a respiração por alguns segundos com uma imensa vontade de me jogar daquela janela. Do nada ela chegou mais perto e me mandou levantar a blusa, neguei e falei que não gosto que vejam meu corpo mas ela insistiu, então falei que se ela quisesse que ela mesma levantasse minha blusa se estava tão curiosa, me escoro na parede do lado da janela enquanto ela apaga o toco de cigarro, pensando e me lembro das minhas mãos, não me sinto desconfortável sem as luvas quando estamos só nós dois, então não deve fazer diferença ela ver minhas outras cicatrizes.

Assim que levantou minha blusa ela fez uma expressão engraçada e ficou encarando minhas cicatrizes, depois falou pra que eu tirasse minha blusa, porem cortei o assunto porque me lembrei da outra panela que eu tinha deixado ligado pra reduzir o molho, assim que chegamos na cozinha misturei os dois molhos e o ravióli juntos que apesar de ter ficado feio até que estava bom, ri muito ao pensar na frase "tentativa quase fracassada", porque isso me define na cozinha.  Depois que terminamos de comer tirei minha blusa e me deitei no sofá,  não me aguentei com as excreções de ódio e a birra que a Milena fez por eu ter deitado, acabei rindo de novo,  logo ela se abaixou e começou a passar as pontas dos dedos nas minhas cicatrizes,  a cada toque eu sentia meu corpo vibrar e se esquentar, aqueles simples toques estavam me deixando louco e ereto então a impedi de continuar segurando na mão dela a pedindo para parar de passar os dedos daquele jeito e ela me faz uma pergunta tão obvia que só consigo sorrir e tampar o rosto suspirando involuntariamente, não por vergonha mas sim por frustação, acabo confessando que ela me faz sentir coisas estranhas quando me toca.

De repente escuto ela fazer um barulho engraçado e a encaro, nisso nós dois começamos a rir que nem dois malucos, quando paramos de rir, sem pensar muito a puxo pra mais perto fazendo nossos rostos ficarem muito próximos.

Milena_ oque foi? tem algo na minha cara?

_ não, mas seus cabelo esta engraçado, metade ruivo e metade loiro.

Milena_ to quase pintando de preto essa porcaria... mentira, vou continuar no loiro ou vou rapar, tenho que economizar dinheiro então você que vai comprar as coisas pra mim pintar.

_ porque você não deixa a cor natural dele?

Milena_ Não quero ser comparada a minha mãe sempre que os parentes do meu pai me veem, só por causa da cor do meu cabelo ser igual o dela, isso me irrita.

fala fazendo um bico fofo com os lábios e estremeço,  por impulso a beijo e fico surpreso porque ela retribui na mesma hora e com a mesma intensidade, a cada vez que nossas línguas encostavam uma na outra eu estremecia, a química entre nós dois é coisa de louco, é tão intensa que chega a ser sufocante. Quando  nos separamos do beijo pela falta de ar percebi que ela estava sentada em cima de mim, os olhos que encarava  meu corpo enquanto ela tentava regular a respiração logo encararam meus olhos.

Milena_ isso tá virando uma mania nossa.

_ não esta virando, já é uma mania.

Milena_ temos uma amizade colorida agora ou oque?

_ não sabia que éramos amigos.

falo tentando me manter serio mas começo a rir quando ela faz uma careta e me bate me sento e seguro os braços dela os prendendo de trás das costas da mesma.

Milena_ me solta seu cabeça de balão...

_hmm não.

falo e acabo cedendo as minhas vontades e mordo o pescoço dela, não muito forte para não machucar mas forte o suficiente pra deixar uma marca mesmo que não muito visível no  local,  ela pigarreou  e se inclinou me mordendo também no pescoço, mas logo depois ela se soltou me fazendo cair pra trás e segurei na cintura dela pra ela não cair já que o sofá é pequeno e ela fez um movimento brusco.

Milena_ mas que porra,  isso vai ficar marcado seu idiota!

_isso também e bem mais que o seu.

falei indignado apontando pro meu pescoço que agora latejava, ela só riu  e se deitou em cima de mim mesmo.

Milena_ não queria ir trabalhar hoje.

_ porque? você estava tão animada com o bar.

Milena_ sim, mas hoje foi um dia de merda, só queria ficar sem fazer nada...

_ mas você tem que se animar, porque antes de você ir trabalhar temos que ir na corretora.

Milena_ eu tenho mesmo que ir? a gente não pode morar nesse apartamento não?

_ sim tem que ir, não vou escolher sozinho, se quiser podemos só pegar alguns catálogos de referencia e ver as casas depois, se quiser pode ficar aqui até nos casarmos.

Milena_ mas é claro, não volto praquela casa nem morta.

depois de conversarmos mais um pouco fomos nos arrumar, levei ela pro bar e a ajudei a arrumar as coisas, depois fui comprar as coisas pra Milena pintar o cabelo e em seguida na corretora pegar os catálogos, pra termos pelo menos uma ideia do que queremos. Ela estava tão desanimada quando deixei ela no bar, é a primeira vez que a vejo assim e isso me incomoda, fui mandar mensagem pro Lorenzo falando que não daria pra eu ir na boate hoje ajudar ele, mas ele falou que ele e o Vitor já tinham resolvido as coisas, então ele me ligou pra contar oque rolou, enquanto isso eu estacionava em frente ao bar novamente.

Ligação on.

Lorenzo_ to pensando em fazer merda...

_ Me conta o plano que eu te ajudo... 

Lorenzo_ sério? mas você não parece ligar pra isso.

_ E não ligo, mas não vou deixar você fazer merda sozinho.

Lorenzo_ agradeço por isso, mas eai como a Milena tá ?

_ ainda mal e cabisbaixa, mas esta melhor do que quando fui a buscar.

Lorenzo_ ela tá no bar?

_ sim, apesar de que ela não queria vir trabalhar hoje.

Lorenzo_ ela não queria ir?!... então foi mais serio do que imaginei.

depois de mais um tempo conversando desliguei e entrei no bar,  rindo da expressão de descaso que ela estava fazendo pra um dos clientes, ela realmente não tenta nem disfarçar o deboche.

A Mafia- Massimo al Capone Where stories live. Discover now