Capitulo 16

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Milena

Depois que o Massimo me buscou e de brinde me deu um pastel com suco pra eu parar de chorar, ele me levou pro apartamento dele que fica de frente do apartamento do Lorenzo e perto do Vitor. Me surpreendi quando entrei porque tinha pouca coisa ali, o lugar era bem organizado e limpo, tudo em tons cinza, marrom e preto.

Massimo_ Milena você  tá olhando cada canto do apartamento já faz meia hora, oque foi?.

_nada, é que tô surpresa que alguém igual a você seja tão limpo e organizado.

Massimo_ não gosto de sujeira e tenho agonia de bagunça... Milena!

_ oque?

Massimo_ se você continuar andando de um lado pro outro, vou te jogar dessa janela.

Fala e olho pra fora da janela, era muito alto, se eu caísse daqui eu viraria purê.

_ tá loco ?! Massimo Estamos no fucking último andar!...

Massimo_ por isso mesmo.

Fala e me olha sério, aponto o dedo do meio pra ele e me cento no sofá, precisava tomar um banho com urgência então escolhi uma roupa qualquer e procurei o banheiro, mas não achei.

_ onde diabos fica o banheiro desse lugar?

Massimo_ no meu quarto.

Fala apontando o quarto com a cabeça, só aí reparo a roupa que ele está, é estranho o fato de ele usar blusa de manga longa e gola alta nesse calor, eu tô me sentindo fritar mesmo de regata. Entro no quarto dele que é o único lugar no qual eu não tinha futricado ainda percebendo que ele é realmente, extremamente organizado as roupas do cara são separadas por cor, tamanho e marca, os relógios e sapatos a mesma coisa, depois de vasculhar tudo fui tomar banho mas assim que liguei o chuveiro tomei um susto, a água estava gelada como se tivessem colocado ela na geladeira e o pior, eu não consegui alcançar o pino pra mudar a temperatura, então me enrolei em uma toalha e fui atrás daquele doido.

_ Ei, Massimo.... Massimiliano capeta! Arruma o chuveiro pra mim.

Massimo_ hm?

Ele estava tão distraído cortando sei lá oque que nem me escutou, cheguei perto e dei um pulinho pra bater na cabeça dele, esse cara é muito grande então pra alcançar a cabeça dele tenho que pular feito retardada. Ele não falou nada quando bati, só respirou fundo, soltou a faca se inclinando um pouco pra frente com as mãos na pia, virou a cabeça pro meu rumo e me olhou de cima em baixo sem expressão nenhuma.

Massimo_ fala.

_ o chuveiro, eu não alcanço o pino pra mudar a temperatura.

Ele só ajeitou a postura e saiu andando, o filho da mãe só chegou e sem esforço nenhum ele mudou.

Massimo_ morno né?

_ sim...

Falo e Por ele ainda estar dentro do box do banheiro tive a brilhante ideia de ligar o chuveiro com ele lá dentro, ele me olhou de um jeito tão engraçado quando a água caiu no peitoral dele que não me segurei e comecei a rir. Mas o problema é que eu estava lá dentro também  e na hora que fui sair acabei escorregando,  por sorte ele me segurou, se não eu teria caído com tudo e me espatifado no chão.

Massimo_ toma mais cuidado.

_ t-ta, pode me soltar agora.

Massimo_ não.

Ele fala e me coloca em baixo do chuveiro com uma facilidade absurda e sorri, só aí me dei conta da água  que ele tinha voltado pro gelado, me arrepiei toda quando a água entrou em contato com o local que estava coberto pela toalha e senti a toalha pesar.

_ mas que porra... Massimo!

Massimo_ você que começou querida, não aguenta jogar, não me provoque.

Fala se virando pra sair dali mas agarro a blusa dele e o puxo de volta, acabo sendo encurralada por ele que me prende contra a parede do box e sorri.

Massimo_ você devia ter me ouvido Milena.

_ porque? vai fazer oque? Em?

Ele fica sério de novo e me aperta com o corpo dele contra a parede, não sei porque mas aquilo fez meu corpo esquentar, ainda mais quando ele me beijou, aquele beijo quente e intenso fez com que meus pensamentos sumissem, quando deixei ele colocar a língua oque fez o beijo intensificar mais, minhas pernas bambearam, mas fui segurada com força pela cintura e sem querer soltei um suspiro entre o beijo oque fez ele me apertar ainda mais, mas logo as mãos dele foram pra minha bunda me apertando ali e uma das pernas dele pro meio das minhas pernas, sem querer soltei um gemido quando minha parte íntima entrou em contato com a perna dele coberta pela calça molhada e gelada. Quando por impulso coloquei minhas mãos por dentro da blusa dele, senti o corpo dele estremecer contra o meu aquilo foi tão bom que eu não conseguiria explicar oque senti com palavras, mas segundos depois disso ele finalizou o beijo mordendo  meu lábio inferior de leve e  me soltou, depois se afastou de mim sorrindo e saiu do banheiro fechando a porta.

_ caralho... Oque foi isso?!.

Depois que terminei de tomar banho na água gelada mesmo, ainda chocada com oque tinha acontecido,  sai do banheiro já vestida e fui botar a toalha pra lavar, sorte que ali dentro do banheiro tinha uma toalha reserva pra eu me secar. Quando cheguei na cozinha senti um cheiro bom pra caramba, olhei pro Massimo que já tinha trocado de roupa e estava na sala em frente a janela, fumando e pensando na morte da Bezerra, fui até ele e tomei o cigarro dele que tava na metade, ele não disse nada, só me deixou terminar de fumar.

_ levanta a blusa.

Massimo_ não.

_ porque?

Massimo_  não gosto que as pessoas vejam meu corpo.

_ hmm foda-se, levanta logo.

Massimo_ levanta você mesma então.

Ele se vira escorado na parede com os braços cruzados e  apago o toco de cigarro no cinzeiro que estava na janela o deixando ali e vou pra frente dele. Assim que levanto a blusa dele que é igual a que ele tava antes só mudando a cor, me assusto quando vejo aquele tanto de cicatrizes algumas pareciam ser bem recentes, assim como as das mãos dele que dês de mais sedo não estava usando luva como de costume.

_tira a camisa.

Massimo_ espera, vou desligar o fogo.

Fala e sai andando, vou atrás dele e me deparo com ele fazendo uma manobra doida pra virar a comida na outra panela.

_ oque isso?

Massimo_ tentativa quase fracassada de ravióli.

Fala e começa a rir alto com a mão no rosto, escutar a risada rouca dele me faz arrepiar dos pés a cabeça gosto dessa sensação, mas dessa vez senti algo diferente que não sei ao certo oque é. Apesar do ravióli ter ficado feinho até que estava bom, mas não dava pra olhar porque a cada vez que olhávamos caiamos na gargalhada, depois de comermos ele fez oque pedi, tirou a camisa, mas o folgado se deitou no sofá e riu da minha cara enquanto eu o excomungava.

Ele tinha cicatrizes de todos os jeitos e tamanhos, Do pescoço até o fim da barriga, ombros, braços e mãos cheios de cicatrizes, estava passando o dedo em algumas quando ele resmungou algo que não entendi e segurou minha mão.

Massimo_ não passa os dedos assim.

_porque? ficou duro só com isso?

falo brincando mas fico surpresa porque ele só da um sorriso de canto o que significa que estou certa e tampa o rosto com o braço soltando um longo suspiro

Massimo_ você me faz sentir coisas estranhas quando me toca... pode acreditar, estou surpreso comigo mesmo.

Fala suspirando de novo, tento segurar o riso, mas Caio na gargalhada quando nos encaramos e ele começa a rir também.



A Mafia- Massimo al Capone Onde as histórias ganham vida. Descobre agora