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W I L L I A M

Saio de casa deixando ela lá com o Theo, já está mais calma, então eu saio pra falar com o Camillo dentro do carro prata parado rente a calçada do meu patrão.

Puxo a fumaça do cigarro e assopro dando a volta por trás do veículo e abro a porta entrando, bato e coloco o braço com o cigarro pra fora.

Ret: solta a voz - olho pra ele do meu lado, Camillo tira o boné preto com o símbolo da nike da cabeça, coça e coloca outra vez ajeitando a aba - fala logo, porra

Camillo: tio tá mandando te levar em um galpão daqui - aperto os olhos pra ele que não me olha e liga o carro saindo dali passando pelos muleque da segurança da Anna.

Ret: ele não estava fora? - bato na ponta do cigarro derrubando a gimba - o que tu tá sabendo que eu não tô? - não responde - bora Camillo, vai ficar fazendo a suspense...

Camillo: ele volto pra controlar a situação do pai de perto. Tem um bagulho rolando pra cima de tu, por isso a ligação insistente do pai, ele queria te avisar antes de você descobrir da pior forma - fala tudo rápido mantendo a atenção na frente, passa a macha e gira entrando em uma rua de chão - tem a ver com o assalto da concessionária - jogo o cigarro longe passando o olhar em volta e vendo só mato - não falo pra eles que tu ia roubar a concessionária?

Ret: não né, eu falei que ia sair dessa merda. Não falei porque não interessa a eles o que eu faço ou deixo de fazer quando já não estou mais trabalhando com a facção

Camillo: mas você ainda está dentro, porra - diminui a velocidade parando em frente de um portão grande preto de uma contrução não acabada - tu foi inconsequente - rio passando a mão na barba no meu queixo - tô falando cara. Essa parada de ficar negando voz pra eles te meteu em um bagulho complicado

Ret: e você não vai me falar que bagulho não? Fica rodando e não fala, pô, não fode - abro a porta batendo logo em seguida, só tem o carro que a gente veio - cadê ele?

Camillo: lá dentro - aponta com a cabeça pro portão, pego meu celular mandando a localização pro foguete e terro, guardo e começo a andar - tô aqui fora - não respondo. Abro o portão fazendo um barulho assim que ele desliza pelo trilho e vejo tudo vazio no lugar, uma porta lá no final abre e ele entra de terno e óculos escuro.

Tio: qual é o problema de vocês de ficar desligado na cara dos outros? - caminho pra dentro, cruzo os braços parando e vendo ele vindo até mim - tenho cara de idiota...

Ret: tem - corto da fala dele que levanta o óculos colocando no topo da cabeça - agora eu tenho certeza

Tio: engraçadinho você - sorrio falso - o que você tava na cabeça quando assalto a concessionária sem permissão? - levanto as sombrancelha franzindo a testa - não se faça de idiota, Ret. Você sabe que essas decisões tem que passar pelos lá de cima primeiro

Ret: o negócio é que eu já não estou mais trabalhando com vocês - passo a mão o nariz inclinado a cabeça pra frente - meu papel com vocês já deu dois anos, tô metendo o pé

Tio: agora você tá mais dentro que todo mundo - ele olha o relógio no pulso e abaixa a manga longa do palito tampando o ouro do rolex - sai do Brasil com o pai pra deixar a poeira abaixa, só que os outros dois líder da facção descobriram sobre a Anna e que ela está com você, já ficaram sabendo quem matou o rei e por você ser muito inteligente, assalto a porra da concessionária de um deles - falo a última parte debochando - então não vem me dizer que está fora

Amante Do Perigo ²- Filipe Ret Where stories live. Discover now