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W I L L I A M

Desligo o celular bolado depois de lê as mensagens da modelo.

Já tinha falado pra eles não colocarem ela nesse meio, mas foram atrás dela só que eu estou pelos meus e não vou deixar otário chegar colocando terro pra cima deles.

Venho tendo muita paciência, tô seguindo firme na minha postura pra depois não sair como errado, mas os caras já estão passando do limite. Sou sujeito homem, não muleque, ninguém vai chegar e ficar que nem investigador colocando minha mulher contra parede não. Tão pedindo meu pior lado e vão conseguir, só depois não quero ninguém metendo marra porque nessas horas ninguém vê eles indo atrás de quem eu já falei mil vezes que não quero metida nessa história.

Cumpri com minha palavras, cheguei no bg e passei a visão, agora eles estão agindo como bobão, tão passando por cima do que falei, não vou aceitar isso não. Vou fazer o que eu quiser e acabar com essa porra mais rápido possível.

Tão mexendo no que é meu caralho, sou de ferro nessas paradas não.

Foguete: ae! Ret - escuto ele gritar lá de baixo, mas continuo em silêncio olhando as escadas por onde ele sobe agitado com um papel na mão - o resultado, tá pronto

Olho o papel na mão dele dobrado, me ajeito no sofá estendendo a mão. Não sabia que essas paradas ficava pronto tão rápido, assim é até melhor, resolvo tudo de uma vez logo.

Ret: ficou pronto rápido - abro o pedaço de papel cheio d e letras em preto. Leio tudo, pulando algumas partes até parar na mais importante, o sangue é compatível com o outro - positivo, ela é mãe dele - falo olhando pra ele se sentando no outro sofá da laje tirando o boné da cabeça.

Foguete: caralho - passa a mão na cabeça - e agora?

Ret: agora que eu vou dá uma viajem pra ela conhecer o filho - ele apoia os cotovelos no joelho olhando lá pra fora - já estava esperando esse resultado

Foguete: e o muleque achando que não tinha mãe esses anos todo

Ret: ter mãe depois de morto é foda - dobro o papel outra vez colocando no bolso junto com meu celular - O arrombado do Colombiano foi atrás da Anna - Daniel me olha com os olhos mais abertos - fico fazendo perguntas sobre o Cj

Foguete: mas ela nem conhece ele

Ret: e quem disse que esse careca quer saber disso? Ele quer mesmo é pegar o delegado que está armando pra cima da facção deles, não importa como seja

Foguete: Ret, esses caras são capazes de tudo pra tirar o deles da reta. Tô ligado que tu está mó envolvido com a Anna, tão no maior love e essas paradas, mas ela já tá entrando na mira deles e pra atingir você, eles vão em cima dela. Se eu fosse você, tirava ela de perto

Ret: mas como eu não sou você, vou fazer do meu jeito - cruzo os braços fixando o olhar nas lajes das outras casas lá de fora - e  a Anna já vai sair daqui amanhã, vai conhecer a família dela lá

Foguete: caô - do de ombros - tu aceito de boa? Aquele cara lá não é de confiança não

Ret: aceita, não aceitei não. Só que ela não vai parar até vê com os próprios olhos que eles não são de confiança, se for pra ter que sofrer na pele, ela vai sofrer

Foguete: isso é arriscado, William. Conversar com ela pô

Ret: mais? - olho pra ele - com ela não tem conversa, Anna tem que vê e sentir pra poder aprender a ouvir. Vou mandar o terro com ela, mas não posso simplesmente obrigada ela a não ir, até porque corro risco de ficar sem ela outra vez se eu fizer isso

Foguete: tá apegadão, né parceiro - rir de lado - tô te vendo todo apaixonado aí, isso é bom, pelo menos você fica menos chato com ela

Ret: vai se foder seu viado - mando dedo - vai fazer ronda - levando vendo ele acender um baseado - agora - vou até ele pegando o cigarro de maconha dê sua mão - sabe onde o terro tá? - coloco na boca vendo a cara de idiota dele - atividade aí - desço as escadas ouvindo ele xingar.

Paro na parte de baixo olhando a mesa com algumas mercadorias, inclino mais lá pro lado de fora vendo o cara sem camisa,  sentado no meio fio da porta com um baseado na mão apoiada no joelho.

Ret: terro - saio pra fora parando do lado dele. Os olhos verdes do cara queimado de sol, vem pra mim soltando a fumaça pela boca e movimenta a cabeça - vou te mandar com a Anna amanhã. Ela vai sair com aquele velho que teve aqui aquele dia

Terro: sair? Mas tu não disse que ele não é de confiança, patrão? - fala colocando a mão na frente do rosto tampando o sol pra conseguir me olhar.

Ret: não importa isso. Amanhã tu vai com ela, não é pra sair de perto um segundo, tá ouvindo? - ele balança a cabeça concordando - e mantém o respeito, não quero papo de intimidade não, é pra fazer tempo trabalho que nem sujeito homem se eu souber que tu fico de gracinha, acabo com tua vida e com a de quem tu mais tem apego nessa porra - aponto com a mão do baseado pra ele - nenhum segundo longe, é pra ser tipo sombra mesmo

Terro: tranquilo, patrão, pode deixar - estico a mão pra ele que aperta forte e solta olhando no meu olho. Mando joinha levando o baseado até a boca e viro saindo pelo beco.

Olho a hora no meu Invicta do pulso vendo que a mãe do Daniel já deve está indo levar o Theo lá em casa, aperto o passo na direção da minha moto parada do outro lado da rua.

Na demora muito eu paro a moto no portão da casa, saio ouvindo os muleque da segurança falar comigo e entro ouvindo a voz suave e mais gostosa do mundo vindo de encontro dos meus ouvidos fazendo meu sangue esfriar da perturbação de minutos atrás.

Anna: amor - sorrio sem mostrar os dentes vendo ela vim nas pontinhas do pé com um sorriso no rosto de princesa dela - tudo bem? - deslizo as mãos até a bunda dela de baixo da calça que ela está vestindo e dou um selinho demorado em sua boca gostosa - estava vendo com a Ju de começar a postar algumas coisas das minha peças autoras - fala inclinando a cabeça pro lado - mas não sei se é uma boa ideia - coça a cabeça desviando o olhar do meu.

Ret: princesa, faz o que tu quer. Já falei que tu é foda no que faz e se isso for ajudar as pessoas conhecer o que você sabe fazer, então faz. Se alguém falar ou fazer merda contigo, me avisa que eu vou resolver - seguro as laterais do rosto dela - valeu?

Anna: valeu - sorri me dando um beijo - te amo, amor, muito mesmo - sorrio - vou mandar na costureira colocar algumas peças pra fazer

Ret: agora não, modelo, bora tomar um banho eu e tu? - faço bico vendo ela rir - sem maldade, só um banho quentinho nós dois..... Tô precisando de tu - encosto a testa na dela - vamo? - sinto as mãos macias dela tocar meu rosto.

Anna: que foi, amor? - nego com a cabeça beijando o queixo dela - vamos lá tomar banho então - ela me puxa pro andar de cima.

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Amante Do Perigo ²- Filipe Ret Where stories live. Discover now