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W I L L I A M

Me encosto no capô do carro cruzando os braços e olho pros meus pés cruzando um na frente do outro esperando o Terro sair de dentro da casa.

Tive que sair de casa de manhã cedo, se dormi um horinha foi muito. Foguete me acionou falando que tinha conseguido a placa do carro que atirou contra o Santana e vim parar em Laranjeiras com o Terro.

Essa história não para de rodar na minha mente, coloquei Daniel pra hackear as câmeras da rodovia ontem mesmo depois que eles foram lá no alemão. Não quero me aliar a eles não, mas não vou deixar de ir atrás de quem está tentando me foder só porque vou está ajudando aqueles arrombado.

Colombiano tentou falar comigo, mas não quero muito contato pra depois acharem que tem certo nível de proximidade e querer pintar pra cima de mim. Não engoli eles terem entrado lá e feito o que fez, nunca vou me aliar a quem tenta contra os meus. Os três muleque morreu e o sangue deles não vão ser derramado em vão.

Terro: não tem ninguém na casa - chega do meu lado cruzando os braços enquanto olha lá pra varanda da casa do outro lado da rua - tudo organizado

Ret: manda alguém ficar de escolta, o filho da puta vai voltar e eu não quero perder outra vez - ele afirma enfiando a mão no bolso da calça e puxando o celular - pergunta aí na rua quem mora na casa

Terro: pode ser o gringo? - afirmo olhando pra trás vendo a rua sem movimento e uma placa de padaria um pouco mais no início - vou perguntar ali na padaria

Ret: disfarça - Terro guarda o celular e manda joinha saindo dali. Pego meu celular vendo as mensagens da modelo e respondo guardando outro vez. Quero vê ela saindo e vivendo a vida dela, não deixo de ficar neurótico, mas ela já sabe de tudo e vendo por esse lado se torna até mais fácil. Anna sabe de tudo que está acontecendo, assim ela fica mais atenta e não confia em ninguém que não seja conhecido.

Pensei pra caralho na parada que ela me falou ontem. Sempre agi na maior transparência com todo mundo e por sempre querer proteger ela, eu não gostava de ser cem por cento com ela. Tudo que está acontecendo é muito maluco, tá ligado. Tem gente que eu nem conheço querendo minha cova....

Não queria vê ela andando por aí preocupada porque prometi que daria o mundo sem problema nenhum pra ela e resolveria tudo, mas se eu quero ela perto, vai ter que ser assim até meu último suspiro porque eu sou eu, e só por isso vai ter muita gente querendo usar ela pra me atingir.

Terro: o carinha lá da padaria falo que é uma mulher, ela se mudou recentemente, mas não fica muito por aqui - aperto os olhos por causa do sol pra enxergar ele se aproximando - ela sempre sai de manhã quando ele está abrindo a padaria e volta quando já está fechada

Ret: uma mulher? - afirma esticando o braço no carro. Me desencostei arrumando minhas corrente na gola da blusa e coço a barba no meu queixo negando com a cabeça - ele falo como ela é?

Terro: cabelo cacheado - olha pra cima franzindo a testa - morena.... Não falo muito

Ret: filha da puta - reprimi os lábios pisando forte no chão - tu lembra daquela maluca que foi lá no alemão falando que é mão do Matheus? - ele inclina a cabeça pra trás espremendo os olhos concordando  com a cabeça - ela era assim - bufo passando a mão no cabelo e jogo a cabeça pra trás fechando os olhos pra respirar fundo - tem contato com alguém que conhece o Cj? - ele faz bico pensando.

Amante Do Perigo ²- Filipe Ret Where stories live. Discover now