Amante Do Perigo ²- Filipe Ret

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W I L L I A M

No dia seguinte, passo a mão no olho coçando enquanto estico meu corpo na cama, olho pra modelo do meu lado dormindo em cima do meu braço que nem um anjinho que de santa não tem nada. Passou a noite toda fodendo comigo, botei gostoso nela em uma sequência que fez nós cair na cama e dormir só quando o sol nasceu lá fora.

Ret: princesa - viro de lado beijando o nariz dela, entre as sobrancelhas e dou um selinho tentando acordar ela - tenho que sair princesa - ela resmunga fazendo bico - deixa eu sair, vai - levanto sua cabeça devagar tirando meu braço - pode continuar dormindo - beijo a boca dela levantando da cama.

Vejo o horário no meu celular e vou pro banheiro, tô sem roupa mesmo então só entro no box tomando um banho gelado. Coloco uma bermuda preta, pego as pratas na cômoda colocando no pescoço, passo o perfume e deixo a camisa no ombro.

Anna: amor....- olho pra ela enquanto coloco o kenner no pé, Anna abre os olhos fechando outra vez e resmunga alguma coisa que não deu pra entender e vira de bruços no colchão - vai onde?

Ret: tô indo pra boca - me inclino por cima dela na cama - da um beijo aqui - ela vira me dando um selinho com bafo - qualquer coisa me liga - do um tapa na bunda dela virada pra cima, rio dela reclamado e pego meu caminho pra boca.

É maneiro gostosinho ficar de bobeira que nem fiquei ontem, mas meus problemas não vai ser resolvido sozinhos não. Tenho que descobrir quem é o delegado que tá cuidando  do caso da família, ele tá trabalhando com o Cj.....esse viado é outro que vou bater um papo olho no olho. Ele tá achando que eu não sei que ele tem dedo no atentado contra o Santana, mandou a mulher se meter nisso e os dois vai rodar por querer crescer pra cima de mim.

Entro no barraco movimentando a cabeça pros muleque enrolando maconha e subo as escadas olhando o Daniel junto com o Terro na laje fumando.

Terro: tranquilo chefe - faço um aperto de mão com ele pegando o baseado dê sua mão e sento no caixote encostado na pilastra.

Foguete: tentei falar com o Gomes hoje - puxei a fumaça olhando o beco lá em baixo,  passa rindo com acerola pra mim aqui em cima - acho que trocou de número - faço joinha pra ele que vai direto.

Ret: ele deve saber quem é o delegado, mas não vai ficar dando mole por aí não, ele tá ligando que tem gente querendo queimar arquivo.....- solto a fumaça voltando a olhar pra dentro, estendo a mão fazendo o Terro levantar e pegar o cigarro da minha mão - quero levar um papo com o Cj, se ele não quiser, vou ser obrigado a ser com a mulher lá

Começa a tocar o barulho de celular e o Terro pega o dele do bolso começando a mexer, olho pra ele parado em pé esperando ser alguma coisa até ele virar a tela pra mim.

Terro: essa é a mulher que veio aqui? - aperto os olhos olhando a foto da mulher morena do cabelo cacheado parada abrindo a porta da casa - gringo mandou agora. Ela foi a única que entrou na casa desde daquele dia que fomos lá

Ret: é ela mesmo.....- pego o aparelho dando um zoom na foto, os olhos, o cabelo..... é ela mesmo - fala pra ele entrar na casa e pegar alguma coisa que tenta o dna dela. Caneca suja, escova de cabelo, uma parada assim

Foguete: como você vai fazer o teste sem o sangue do Matheus? - devolvo o celular pro Terro, ele leva até a orelha caminhando lá pra baixo - tem alguma coisa?

Ret: aquele arrombado vivia pegando minhas correntes - falo apoiando meus cotovelos na perna, passo a mão no nariz olhando pra ele deitado no sofá - deve ter alguma parada dele nas da vó também

Foguete: hm - sinto meu celular vibrar no meu bolso e ignoro, me encosto na pilastra fixando o olhar nos meus pés com o kenner preto. Não queria tá mexendo em assunto morto não, Matheus tá muito bem há sete palmos e essa história era uma que não me interessa em desenterrar. Mas a pedra que taquei na cruz e grande, mesmo eu sem ter nada com a parada, tem gente querendo me sujar. Cj tá vindo lá da puta que pariu de bangu, do cú do rio  de janeiro pra me atentar. Se eu sair daqui pra ir até ele, eu volto com a cabeça do corno e da piranha da Sthefany.

Vou fazer o teste mesmo, fodasse, já estou desenterrando esse bagulho mesmo. Pode até ser mãe do muleque, mas querer pagar de justiceira não vai dá certo comigo, se for filho do Cj, ele vai saber que o filho foi um fodido e morreu como merecia. Foi ser mal agradecido e morreu sem nem chegar nos dezoito.

Ret: tem como tu levar pra fazer pra mim? - respiro fundo pegando meu celular enquanto falo com ele - acho que vou trocar uma ideia com o Colombiano 

Foguete: eu acho bom, querendo ou não, os cara são grandão no sistema. Deve ter informante, abertura em toda a porra do país......

Ret: a parada que eu quero saber é quem que falo pro delegado sobre eles, tá ligado. Meu problema é com o Cj, isso eu resolvo em dois tempos, mas é se quem esta informado a polícia dá os nomes de todo mundo que faz e fazia parte da organização

Foguete: papo reto - desbloqueio o celular vendo a mensagem que o Terro mandou, a foto da mulher que ele me mostrou e do copo que o gringo estava trazendo da casa. Saio da conversa dele entrando na da modelo me mandando o monte de foto de vestido desenhados no caderno, eu fico meio confuso mas vou entendido quando ela manda uma mensagem de texto falando pra eu escolher o melhor.

Ret: tanto faz, minha modelo, os três são bonitos - envio entrando outra vez nas fotos dos vestidos verder - é pra mulher do camillo?

Anna: sim, mas nenhum está ficando do jeito que eu quero - rio escutando o áudio dela com a voz toda chorosa - me ajuda amor

Ret: pergunta ela, modelo
Pra mim os três são bonitos

Foguete: é um fodido apaixonado mesmo né - viro a cabeça franzindo a testa quando escuto ele falar rindo - tá até rindo pro celular

Ret: vai procurar uma buceta pra comer, Daniel

Foguete: falando nisso eu vou metendo o pé pra vê meu bombonzinho azedo - aperto os olhos vendo ele levantar colocando o boné na cabeça - já sei que vou ouvir pra Caralho

Ret: tu tá comendo a filha de quem Daniel?

Foguete: a sua que não é - mando dedo pra ele - quando chegar às para eu vou lá na tua casa pegar pra levar no bagulho lá

Ret: hm - ele desce as escadas rindo. Não demora muito ele aparece lá em baixo indo na direção da rua parecendo uma criança, todo feliz que vai vê uma buceta, só falta solta fogos.

Volto minha atenção pro celular terminado de falar com a Anna quando desce uma notificação do número do Camillo, abro a mensagem lendo ele falar que o pai estava no Brasil. Quando termino de lê, minha neurose vai se concluindo e vários pontos de interrogação entra na minha mente.

Como ele volto se a pista ainda está quente pra ele? Porra, esse velho não morre nunca, só serve pra duas coisa, atrasar meu lado e bagunça minha vida. Resumindo, uma pedra no meu sapato que tô doido pra taca longe.

Ignoro o Camilo e mando uma mensagem pro Terro falando pra ele conseguir o número do bg pra mim. Sei que o cara não quer papo, mas eu dei minha palavra de ajudar o cara e se cair no ouvido do Cj ou do delegado que ele me ajudou, o comando dele tá fodido, mas eu não vou deixar não. Quem quiser peitar ele vai ter que passar por mim primeiro.

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