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A N N A

Escuto o patrão abrir e olho pro William passar o portão me olhando enquanto guarda o celular dentro do bolso da bermuda.
Desligo meu celular deixando no sofá e levanto indo na direção, quando fico na sua frente, ele fecha a cara cruzando os braços.

Ret: É isso que tu quer mesmo? - inclino a cabeça pro lado franzindo a sombrancelha - quer ter contato com aquele velho mesmo?

Anna: amor, a gente conversou......

Ret: não quero ele aqui, quer ter relação de filhinha e papai, vai ter lá fora. Se ele aparecer aqui eu mato - me corta passando por mim. Viro seguindo ele com o olhar até ele se sentar no sofá onde eu estava.

Anna: não quer saber como foi a conversa? - ele nega com a cabeça pegando o celular do bolso outra vez - tá bom. Só quero te pedir pra não fazer nada com os meninos da segurança, eu que mandei eles deixarem os dois entrar - falo vendo ele não dá muita importância e vou pra cozinha.

Como dizem, o alemão é dele, só entra e sai quem ele quer e deixa. Então eu não posso fazer muita coisa. Quero e vou manter contato com o tio porque é uma curiosidade que despertou em mim, é minha vida e se o William não aceita aqui dentro, eu vou lá pra fora.

Tomo a água em um gole só deixando ali na pia e percebo que o copo que o William bebeu água hoje antes de ir não estava ali como estava quando eu vim aqui, mas não dou muita importância porque o foguete deve ter lavado quando veio aqui na cozinha. Pego o copo que está dentro de uma sacola que eu coloquei no balcão hoje mais cedo e afasto da beirada voltando na geladeira, pego o pote de sorvete, uma colher e saio pra sala outra vez.

Anna: como foi lá? - sento do seu lado com as pernas no sofá tirando a tampa do pote - conseguiu resolver? - mexo a colher no sorvete gelado e levo um pouco até a boca.

Ret: resolvi o que tinha pra resolver, agora não tenho mais nenhuma ligação com eles - desvia o olhar do aparelho em suas mãos e franzi a testa me olhando - tirou isso da onde?

Anna: pedi pro Terro comprar quando ele veio aqui trazer alguma coisa - olho pra coloração branca com pedaços de bombom sonho de valsa misturados no pote - quer um pouco? - estendo pra ele que nega.

Ret: se liga nessas tuas confianças com esse muleque, modelo - faz bico voltando a olhar pro celular - quero dor de cabeça não

Anna: ele só comprou o sorvete pra mim, amor

Ret: tu que pensa - reviro meus olhos mastigando o gelado que desce congelando tudo.

Anna: foguete veio aqui também, estão aprontando o que? - passo a pontinha da colher na borda do pote e levo na boca olhando ele digita na tela.

Ret: ele pegou alguma coisa aqui? - resmungo em resposta terminando de engolir o sorvete - corrente? - olha pra mim.

Anna: não sei, ele foi lá no seu quarto, pegou o negócio que o Terro trouxe e depois desceu falando que ia resolver alguma coisa

Ret: Hm - estico o olho na direção do celular tentando vê alguma coisa, mas ele sorri virando o cabeça pro meu lado - nem é curiosa, né - desliga vindo na minha direção - tá procurando o que?

Amante Do Perigo ²- Filipe Ret Where stories live. Discover now