Amante Do Perigo ²- Filipe Ret

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A N N A

O carro para na frente de uma das enormes casas do condomínio, toda em branca com uma algumas plantas em volta dando vida ao verde.

Na porta, o tio está parado de braços cruzados olhando para o carro. Terro abre a janela do seu lado fazendo um movimento de cumprimento com a a cabeça na direção do homem do lado de fora.

Terro: vou estacionar o carro - ele fecha o vidro outra vez e vira a cabeça para o meu lado olhando nos meus olhos. Seus olhos verdes ficam bem acesos com a luz do sol batendo no seu rosto, o que me faz prestar atenção na vermelhidão em seus olhos - Ret  mandou ficar na sua cola - reviro meus olhos desviando a atenção dele para meu celular vibrando sem parar com as notificações das mensagens do William.

Anna: vou te esperar lá fora - abro a porta ainda olhando as mensagens pela barra, fecho a porta e abro a de trás tirando meu menino do banco - vem filho - pego na não dele indo pra calçada e o carro sai da nossa frente.

Tio: oi Estrella - sorrio sem mostrar os dentes, coloco meu celular no bolso da calça e ajeito minha bolsa no ombro me aproximando dele com o Theo - vem, vamos entrar - o homem com os cabelos grisalhos, empurra a porta abrindo ela e estende o braço na direção lá de dentro.

Não respondo nada. Mudo minha visão pro cara alto e queimado de sol vindo na nossa direção. Terro ajeita a camisa na parte de trás me fazendo despertar a possibilidade dele está armado.

A gente sobe os degraus até ficar mais próximo do tio, ele me olha com um sorriso largo no rosto e se abaixa falando com o Theo que fica todo encolhido do meu lado.

Anna: não usa essa coisa aí - falo entre dentes com o dono do cabelo com reflexo do meu lado, ele me olha apertando os olhos e eu aponto com a cabeça pras costas dele - não com o Theo aqui

Terro: segurança, patroa - reviro os olhos negando com a cabeça.

O tio volta a olhar pra mim e movimenta o braço pra dentro outra vez. Passo da linha da porta vendo o quanto a parte de dentro é bem grande, decorada e luxuosa.

No sofá todo branco, tem um homem sentado, ele encosta o braço nas costas do sofá enquanto cruza as pernas e solta a fumaça me fitando de cima a baixo trazendo um arrepio desconfortável pelo meu corpo.

Pai: Estrella - respiro fundo encarando a fumaça sair pela boca dele. O mesmo pega um copo na mesinha de vidro ao lado do braço do sofá e toma um gole da bebida, sem desviar os olhos dos meus, ele coloca o copo no lugar e da mais uma tragada no charuto entre seus dedos e desvia a visão para o meu menino - oi garotão - sorri largo fazendo o Theo se esconder atrás das minhas pernas e apertar elas.

Anna: fala com ele, filho - ele nega mordendo os dedos na boca - oi, Gibson

Pai: pensei que não vinha....- fala em um tom de deboche soltando a fumaça e inclina a cabeça um pouco pro lado levando junto o a mão com o charuto até o cinzeiro no braço do sofá - fiquei realmente surpreso

Anna: não vim por você - sorrio fechada vendo ele revira os olhos escuros e sorri sarcástico.

Tio: então pessoal, clima agradável.... - olho pra ele esfregando as mãos e sendo interrompido por uma voz masculina nas escadas de vidro atrás do mesmo.