CAPÍTULO 7

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Elizabeth


 Encarei aquele homem que tinha sua total atenção direcionada á mim. Ele ficou lá parado me olhando enquanto falava ao telefone com alguém.

 Juro que estava ouvindo as batidas do meu coração, estava ficando tão acelerado que parecia que tinha acabado de correr uma maratona. A sangue estava correndo ainda mais rápido nas minhas veias que sentir o meu rosto queimar de nervosismo. Por que ele estava ali? Não tinha motivos para me ver, principalmente depois da última vez que nos vimos.

 Certeza que estava com uma expressão que parecia que tinha acabado de ver um fantasma. Apesar da distância de estávamos um do outro, já que não conseguia ouvir o que ele falava, vi Jack dá um sorrisinho de lado, talvez fosse coisa da minha cabeça ou não. Mas aquele sorriso era o mesmo que sempre dava quando achava algo em mim engraçado ou sexy, meu rosto esquentou mais ainda ao me lembrar daquele mesmo sorriso em uma situação que não era nada apropriada para o momento.

— Lix, está tudo bem?

 Ele desligou o telefone guardando o mesmo no bolso do jeans surrando que usava. Começou a dar passos largos e apressados na minha direção, como se estivesse com urgência para isso.

— Ligo para você depois, Kat.

 Não esperei por sua resposta e desliguei a chamada. Ela poderia ficar irritada comigo depois por ter desligado na sua cara, não arriscaria a chance de Kat de conversar Jack.

 Coloquei o celular no bolso do jaleco junto ao cartão de crédito a tempo de ver o meu ex marido parar a meros dois passos de mim. O encarei consciente de que talvez fosse um erro. Quase soltei um suspiro, porque ele tinha que ser tão lindo. Mesmo com o jeito rústico pelo qual eu gostava de chamar quando ele saia do trabalho.

 Sabia que tinha acabado de sair do trabalho, a blusa branca suja, o boné verde escrito MILLER CHEFINHO que Dush o tinha presenteado de Natal e o cheiro de madeira cerrada entregava isso. Só que a minha mente estava demorando processar o motivo dele está ali.

— Oi, bunny. — O apelido que tinha me dado depois de me fantasia de coelhinha no halloween do mesmo ano na qual nos conhecemos. — Podemos conversar?

 Oh Céus, ele queria conversar. Sobre o que?

 Minha mente rapidamente se voltou na proposta maluca que tinha feito para ele. Não, Jack não aceitaria isso, não depois de tudo. Tinha que se outra coisa, mas o meu subconsciente não queria que fosse outra coisa.

— Conversar? — Minha voz saiu aguda demais.

 Ótimo, a minha menta estava começando a bugar.

— Sim.

Ele parecia nervoso, se não o conhecesse desde os meus 19 anos. Diria que estava calmo, afinal  seu rosto não indicava o contrário, sua expressão era neutra. Só que anos de convivência me ensinaram coisas sobre Jack Miller, como ele odiava qualquer tipo de café, que sua comida preferida era tudo que envolvia morangos ou molho de tomate, como tinha a mania de assistir tv com uma almofada de baixo dos pés ou como aquela pequena veia que ficava no canto direito do seu pescoço pulsava quando estava nervoso ou irritado.

— Tudo bem, vamos entrar.

 Apontei para a clínica e ele me deu um aceno com a cabeça, concordando.

 Comecei a andar e ele me seguiu. Só precisava dá um jeito urgente no meu rosto, sei que ele estava no seu nível máximo de vermelhidão, não queria que ele me visse assim.

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