Todas as Formas

CAPÍTULO 55

Quero ver muitos comentários nesse capítulo em, ou eu desapareço de novo 

Elizabeth.

 Qualquer que fosse o sinal eu ainda poderia recebe-lo, ainda dava tempo para desistir. O frio em minha barriga gelava todos os meus órgãos. Ainda não acreditava que estava verdadeiramente pronta para aquilo.

 Ainda não tinha resolvido meus sentimentos comigo mesma por completa, o medo ainda permanecia ali na superfície pronto para sair, a diferença é que agora as coisas estavam mais claras e contidas, os demônios e a culpa que me cercava ainda não tinham me deixado totalmente, mas eu precisava ter esperança.

 Esperança de ser feliz finalmente, de esquecer aquelas lembranças dolorosas, de superar o fato que na verdade eu sempre fugi dos meus relacionamentos, na verdade namorar com caras babacas era tolamente proposital, porque no final quando eles me magoassem não seria uma surpresa. Mas com Jack foi diferente, ele era tudo que um dia desejei e quando percebi que ele nunca me magoaria, eu fugi.

 Fugi com medo, me agarrei ao fato de que a culpa por perder o nosso bebê era somente minha, me agarrei ao medo de nos tornamos como os meus pais. Minha mãe estava certe, Jack não era como o meu pai, ele era melhor.

 Agora eu compreendia aquilo, mesmo depois de tudo eu tinha que superar os meus demônios para que pudéssemos ser feliz, não sei como ele se sente em relação a tudo isso, não sei se agora ele verdadeiramente me odeia o que é uma opção, mas eu queria escutar isso dos seus lábios.

 Eu estava determinada a conseguir o seu perdão.

 Eu nunca fui uma mulher muito religiosa para o terror da minha avó, mas suplicasse aos céus para o Deus ou qualquer um que escutasse, me dê apenas mais uma chance, apenas mais uma chance se ser feliz com o homem que amo, porque se ele aceitar eu estava disposta a provar pelo resto dos meus dias o quanto eu o amava.

 Saí do meu carro, estava onde tudo começou outra vez depois de oito messes separados.

Olhei para a enorme placa escrito 'MILLER DESING AND CONTRUCTION'.

O lugar mudou um pouco desde a última vez que vim, parecia maior e mais movimentado. Passei pelos homens carregando diversas coisas para todos os lados, mesmo no frio parece que as coisas por aqui não paravam.

 Por um tempo conseguia sentir os olhos de alguns sobre mim até que não havia ninguém que não estivesse me encarando, eles não eram nem um pouco discretos, alguns deles até cochichavam com outros.

 Mas que porra estava acontecendo? Eles nunca havia visto uma mulher antes?

— Mas que muvuca é essa? — A voz familiar de Dush chegou aos meus ouvindo.

Ele abriu espaço entre todos e não pude deixar de notar a surpresa em seu rosto quando me viu ali.

— Oi, Liz. — Ele sorriu para mim antes de se virar para os homens ali parados me observando. — Ela é a porra de um circo por acaso, voltem para o trabalho meninas.

 Todos se afastaram voltando para suas funções sem questionar a ordem que lhes foi dada. Eu até ouvi um sussurro perdido de alguém.

— Tem certeza que é ela? — Alguém perguntou.

— Tenho sim, é a mulher dele. — Outra pessoa disse.

 Balancei a cabeça, pelo jeito eu era mesmo um circo por aqui.

— Não ligue para eles. — Dush falou chamando a minha atenção. — Tedd contou para todos sobre você desde a última vez que esteve aqui, eles só estão curiosos.