EPÍLOGO

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Elizabeth

Um ano depois.


Impossível dizer quando meu tornei uma perfeccionista, depois de alinhar o pano perfeitamente, consegui me levantar com certa dificuldade.

O bolo tinha uma cara ótima e já estava me dando água na boca, junto com as outras delícias que o meu marido preparou com tanto carinho. Tínhamos bolo, uvas, torta de maça, torta de frango e sanduíches de atuam, que inclusive eu seria a única a comer. Era bastante coisa para duas pessoas, o que me alegrava sabendo que poderia comer o quanto quisesse.

Olhei para o lago, a água brilhava refletindo a luz do sol naquele dia extremamente quente de verão. Foi ideia minha querer fazer um piquenique ao ar livre, Jack não contestou, ele nunca se opunha as minha ideias e desejos.

Viemos a primeiro parque agradável que achamos, não havia muitas pessoas presentes, por mais que hoje fosse domingo. 

— Como pode gostar desse suco? — Ouvi a voz do meu marido, ele havia indo no carro pegar as coisas que faltavam. — Tem gosto de xarope.

Observei enquanto ele resmungava mal do meu suco de uva favorito.

Jack estava ainda mais bronzeado por causa do seu trabalho, ele também havia cortado o cabelo em típico estilo militar, foi um choque para mim, porque ele ficou ainda mais bonito, com o bônus de que agora estava deixando a barba crescer totalmente.

Era difícil  controlar o ciúmes, todo lugar que íamos ele chama extrema atenção. Principalmente quando ele usava aquele seu jeans surrado e a camisa branca que marcava aquele peito e braços enormes, não era necessário detalhar que ele usava isso hoje.

Ele nunca ligava para toda atenção que recebia, mas abria um enorme sorriso quando percebia o meu ciúmes e dizia:

"Não se preocupe, bunny. Eu sou todo seu"

Sorri para ele.

— Eu gosto, principalmente porque me lembra vinho. — Coloque as mãos dentro dos bolsos do macacão florido que usava naquela manhã.

Jack colocou o suco e o restante das frutas junto as outras coisas, que estavam sobre o pano estendido na grama.

Ele se aproximou, sorrateiro como sempre. Levou ambas as mãos enormes para agarrar minha cintura e depois me puxou para si.

— Nos dois sabemos que você não pode beber vinho. — Disse. — Então é melhor se contentar apenas com o suco.

Ao meus tempo, nos dois olhamos para a enorme barriga, que nos separava apesar de estarmos de juntos.

— Ele está morrendo de fome. — Admiti a verdade, eu estava faminta.

— Ele vem comendo dobrado nas últimas semanas. — Olhei para o meu marido que sorria genuinamente para mim.

Max. — Pensei.

Gostava de repetir seu nome em minha mente sempre que podia, parecia mais real.

Cinco messes atrás foi um surpresa descobrir que os meu enjoos diários não eram intoxicação  alimentar. Foi uma surpresa ver dois tracinhos no teste de gravidez.

Tentei não entrar em pânico ou chorar, mas tudo foi em vão. Enfim, me apaguei ao me diagnostico da primeira vez, pensei que não poderia mais engravidar. Acontece que não tem nada de errado com os meus óvulos ou útero, tenho as mesmas chances de engravidar como qualquer outra mulher saudável. O problema é o meu próprio corpo acha que o bebê é um invasor e não quer ficar com ele, felizmente há tratamento para isso, que só fiquei sabendo quando me consultei com o médico.

Estamos sendo bastantes cuidadosos, seguindo todos os protocolos médicos, tomando todos os remédios. Até agora tudo tem ocorrido bem, estou caminhando para o sétimo mês gestacional e o nosso menino, Max. Está crescendo firme e forte.

Isso não impede Jack de ser extremamente protetor, simplesmente não tenho permissão para subir ou descer as escadas de casa sozinha, não posso ficar no sol por muito tempo, não posso comer nada industrializados, ele tem cuidado das minha refeições. Era engraçado até vê-lo me acompanhar até o banheiro nas primeiras semanas, era como um sombra, até brigar com ele, desde então ele tem sido "menos" protetor, mas ainda assim, não posso fazer muita coisa. Ele faz tudo. Desde manter a casa em ordem a decorar o quarto do bebê.

Eu fico apenas dizendo o que fazer.

Também estou trabalhando apenas duas vezes na semana, algo que está me dando nos nervos. As meninas estão gerenciando a clínica para mim enquanto não posso fazer esforço. Porque se dependesse do meu marido, ele me trancava em casa, no quarto de preferência.

A mãe dele me disse para ter paciência, seriamos pais oficialmente pela primeira vez. É normal toda essa proteção.

Porém, lá no fundo. Eu ficava com medo, por mais que tudo estivesse certo para os médicos, eu ainda não me sentia 100%.

Jack chamou minha atenção quando segurou meu rosto em suas mãos.

— Não pense muito nisso. Vai ficar tudo bem. — Beijou de leve os meus lábios.

Ele sempre sabia o que eu pensava, e dessa vez tê-lo ao meu lado tornava tudo mais fácil. Eu tinha medo sim, mas aquele sentimento de paz que ele me trazia sempre que me consolava era algo único. Isso me dava coragem para afugentar esse medo e ser mais confiante, falta menos de três messes, tudo iria dar certo.

Ele alisou as minha bochechas carinhosamente.

— Você pode dar a notícia a todos, sabe que apoio você.

Outra questão, apenas a mãe de Jack sabia sobre a minha gravidez. Alice estava morando em nova York temporariamente, Lili estava fora do país, a minha família não morava perto. Por mais que a nossa relação tenha melhorado muito, não contei para ninguém.

Uma velha mania devo dizer.

Eu não quero tanta pressão em mim, quero curtir esse momento apenas com Jack, depois de tudo que aconteceu, essa era uma experiência nossa, por isso vou manter segredo até o nascimento do bebê.

— Não precisa. — Eu disse. — Ele vão saber na hora certa.

— Claro que vão, imagina explicar um criança idêntica a você, minha querida esposa. — Brincou.

— Como sabe que ele será idêntico a mim?

Jack inclinou o rosto para o lado e abriu aquele seu meio sorriso sínico, que era responsável por arrancar a minha calcinha todas as noites.

— Eu apenas sei. — Disse confiante.

E ele estava certo.

Porque três messes depois, Max nasceu pesando exatamente 3,96kg e medindo aproximadamente 56 centímetros, o nosso bebê gigante como gostamos de chamar. Ele tinha os meus olhos castanhos, cabelos pretos e bochechas rosadas, era o bebê mais lindo do mundo.

E nos anos seguintes, Max teve a companhia de Ash, Agatha e Lucy, que para mim e Jack, eram os bebês mais lindos do mundo.

Fim.


Que coisa bonita. Meu amores, o meu casal conforto.

Obrigada a todos por lerem 'todas as formas', espero ver vocês novamente no meu novo livro 'A farsa de amor mais verdadeira da história', que já está disponível.

Todas as FormasOnde histórias criam vida. Descubra agora