Cinders and Ashes - ziam

11. Perdido há muito tempo

Os cascos de seus cavalos trovejaram sobre as ruas de pedra de Aymar. Zayn se inclinou sobre o pescoço de Tempest enquanto o poderoso garanhão avançava.

As pessoas pularam e rolaram para fora de seu caminho. A estrada fazia uma curva e Tela e Thomas haviam desaparecido além dela, mas, quando dobraram a esquina, os dois assassinos não estavam a dez metros deles.

Ryleth enviou duas cargas elétricas atrás deles. Pouco antes de o primeiro atingir as costas de Thomas, as cargas se abriram no que pareciam ser redes.

O primeiro atingiu Thomas e o fez tombar na parte de trás do sicen. Ele foi imobilizado no chão pela rede depois. Ele gemeu e ficou imóvel. A segunda carga quase atingiu Tela, mas ela se virou no último momento e estendeu a mão esquerda. Algo disparou da ponta de seus dedos e fez a rede girar para longe.

Mas Ryleth já havia enviado outro raio mágico em sua direção. Este era verde como ácido e bateu em seu lado e nas costas. Ela saiu voando do sicen e rolou na rua de pedra antes de parar. Ela ficou lá, imóvel, e Zayn se perguntou se ela estava morta ou apenas inconsciente.

Zayn puxou as rédeas de Tempest. O grande cavalo de guerra recuou, mas depois parou. Niall e Louis pararam seus cavalos perto dele.

Foi então que ele percebeu que Liam não estava com eles. Sua cabeça disparou para olhar de volta para onde eles tinham vindo, mas Liam não estava à vista.

— Liam! Algum de vocês o viu? Ele não estava conosco? — Zayn exigiu. 

Niall e Louis olharam em volta freneticamente procurando o jovem.

— Ele estava logo atrás de mim no portão, — disse Niall. — Não entendo-

— Precisamos tirar esses dois da rua! — Ryleth exigiu. — Vamos lidar
com a ausência de Liam depois de lidarmos com eles. Dificilmente está desamparado. 

— Mas alguém pode tê-lo capturado! — Zayn gritou.

— Alguém pode nos capturar se não lidarmos com isso e então não podemos fazer nada por ele, — Ryleth apontou. — Vamos tirar esses dois daqui e então... não, oh, não.

O olhar de Ryleth deslizou rua abaixo. Zayn olhou para onde ela estava olhando e viu um grupo de seis Feérico vestidos com aquelas vestes roxas e douradas familiares do sacerdócio.

Ryleth fez uma careta enquanto se endireitava e, em seguida, colocou um sorriso no rosto. Aquelas poucas pessoas na rua que não haviam fugido quando Ryleth usou magia agora fugiam desse novo grupo, deixando-os sozinhos para enfrentar os membros da ordem religiosa de Ryleth.

— Faça o que fizer, fique em silêncio. Basta ir com o que eu disser, — ela murmurou para eles. — E mantenha esses capuzes levantados. — Ela então se dirigiu à mulher à frente do grupo. — Lyari! Que bom ver você! 

Lyari parecia estar na casa dos quarenta ou teria se fosse humana. Sua pele era de uma cor amarelo-ouro. Ela tinha olhos vermelhos amendoados e uma aparência delicada de boneca de porcelana. Seu cabelo ruivo estava cortado nas laterais e depois trançado em uma trança longa e elaborada, mais longa que a de Ryleth. Ela observou a cena diante dela com uma espécie de desinteresse frio. 

— Esse é o seu aprendiz no chão, Ryleth? — Lyari perguntou.

— Sim, — Ryleth respondeu sem entrar em mais detalhes.

Lyari acenou com a cabeça ligeiramente. — E um de seus escravos humanos também! Meu Deus, isso deve ser uma história. 
Não, na verdade não. Bastante comum, — Ryleth afirmou enquanto suas mãos faziam um movimento complicado que transformou a rede que prendia Thomas ao chão em um conjunto de algemas para seus pulsos e tornozelos. — Escravos, pegue-o e coloque-o sobre uma de suas selas.