2. Céu inquietante

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Mais cedo...

Zayn, Niall e Louis olhavam para a traseira de uma grande carroça no pátio do castelo. Dentro havia pacotes de sementes que haviam sido retiradas do armazenamento a frio.

Eles não haviam sido plantados este ano porque tudo que tocava o solo - exceto em alguns brotos - morreu ou se transformou em algo não comestível. Mas Zayn acreditava que, uma vez que ele e Liam restaurassem um único campo, essas sementes poderiam ser plantadas e brotar simplesmente de sua magia.

— Então nós escolhemos um campo longe do caminho onde nada cresce em mais de dez anos, majestade, — o jardineiro-chefe Roslyn disse, coçando sua barba branca, e impedindo-se de cuspir como ele estava entre a realeza. — Nós lavramos a terra para que fique exposta para que você possa plantar, mas o solo é cinza. Morto. 

— Não será por muito tempo, Roslyn, — Zayn lhe assegurou.
Excitação borbulhava em suas veias. Ele se viu incapaz de ficar parado, então circulou a carroça carregada e deu um tapinha no nariz dos cavalos. Eles acariciaram suas palmas, procurando maçãs ou algo doce.

— Você também montou, ah, estrutura que eu pedi, Roslyn? — Niall perguntou com um piscar de olhos para Zayn.

— Eu realmente fiz, Lord Niall! Embora você preveja que levará tanto tempo que uma barraca será necessária para dormir? — Roslyn coçou a barba um monte.

Zayn soltou uma risada assustada quando percebeu para que servia a barraca, enquanto Louis ergueu uma sobrancelha para o jovem lorde altivo.

— Teremos que ver o que é necessário! Muito obrigado, Roslyn, nós temos isso daqui, — Niall disse, gesticulando para o jardineiro enxotar como se Roslyn fosse um gato curioso chegando muito perto da tigela de creme de Niall.

— Sim, sim, se você precisar de mais alguma coisa, é só gritar, — Roslyn disse. — Estou muito interessado neste tratamento da terra. Eu costumava pensar que tinha um polegar verde. Agora temo ter um preto, já que tudo morre. 

— Não é você, — Zayn assegurou ao homem idoso. — Você não deve...
Naquele momento, o céu foi dividido ao meio por um raio. Todos eles curvaram os ombros. O trovão que se seguiu foi quase ensurdecedor. Roslyn cobriu a cabeça com um braço como se esperasse que partes do céu começassem a cair.

— Não havia sinal de tempestade antes! — Roslyn chorou enquanto mais relâmpagos estalavam e trovões ressoavam.

O olhar de Zayn não foi para o céu sem nuvens, mas para o castelo onde Liam estava. Isso não foi obra da Mãe Natureza. Este era um certo príncipe feerico mostrando uma raiva incomum. Alguma coisa deve estar muito errada. Ele tinha que chegar até Liam.

— Obrigado por sua ajuda, Roslyn. Temos que entrar agora, — disse Zayn.

— Bem, espero que você ainda possa realizar seu experimento com esta tempestade! — Roslyn parecia querer correr debaixo de qualquer coisa com teto.

O céu, porém, clareou tão repentinamente quanto se abriu. Roslyn se desenrolou lentamente e olhou para o céu com a boca aberta, mostrando vários dentes perdidos.

— Eu serei amaldiçoado. Foi embora — sussurrou Roslyn com admiração.

— Sim, sim, está tudo bem agora. — Zayn deu um tapa no ombro do homem enquanto passava por ele rapidamente entrando no castelo.

— Sim! Obrigado, majestade! — Roslyn o chamou.

Roslyn fez uma reverência, mas Zayn mal o reconheceu enquanto se apressava para a entrada do castelo. Niall e Louis estavam no seu encalço.

Cinders and Ashes  - ziamWhere stories live. Discover now