11 - Luna Marcondes

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Luna Marcondes

A tarde foi ótima na companhia de meu noivo, o beijo que trocamos revelou que realmente estamos dispostos a tentar. Minha mãe está certa, percebi que estou começando a me envolver com António, estou deixando que entre em meu coração aos pouco.

Me alegrei ao notar que ele está conquistando espaço e espero de verdade que ele cuide bem de meus sentimentos. Antes de voltarmos para nossa casa, passamos primeiro na vinícola, já que meu irmão esqueceu seu chapéu.

Nunca havia entrado na grande casa da vinícola Venturini, fique surpresa em ver o quanto ela é enorme, deve dá muito trabalho para arrumar e organizar tudo. Gostei dos móveis rústicos com almofadas com alguns bordados. António estende a mão a minha frente.

— Seja bem-vinda a nossa futura casa, Luna. — Diz ao depositar seu chapéu no suporte.

Sorrio na sua direção e segura em sua mão, mesmo que estivesse desejando beijá-lo novamente. Meu irmão olha na direção a cozinha e entendo que ele deseja ficar sozinho com o meu noivo.

— Se nos derem licença deixaremos as cestas. — Digo e puxo Henriqueta em direção à cozinha enquanto os dois iam beber algo.

Sigo pelo corredor e vejo que havia vários quadros fotográficos, com o conde e a condessa pousando alegres, em alguns havia um menino sentado no colo da condessa com um sorriso lindo, noto o quanto ela era linda, António puxou a beleza dela com toda certeza. Não que o conde não tenha o seu charme, mas é claro que ele é parecido com a sua mãe.

— Boa noite, viemos deixar a cesta que meu noivo pediu para prepararem. — Digo estendendo a cesta.

Uma senhora estava na cozinha e preparava algo no fogão, estico o pescoço na tentativa de ver o que havia na panela, o cheiro estava maravilhoso. Notamos o seu sorriso carinhoso em minha direção e de Henriqueta, ela havia percebido meu interesse no que cozinhava.

— Boa noite, senhora, espero que tenha apreciado no que preparei na cesta. — Diz com um tanto receosa.

Vou me aproximando do seu fogão curiosa para saber o que tinha em suas panelas dela. Um pouco receosa, por experiência de casa, sei que as cozinheiras têm ciúmes de suas panelas enquanto estão preparando algo.

— Estava tudo ótimo, me diga o que está preparando? — Respondo e pergunto curiosa.

A senhora pegou a colher, colocou na panela e me deu para provar. Fecho os olhos me deliciando com o cheiro maravilho que exalava pela cozinha.

Pego a colher com confiança, aproximando dos meus lábios, o sabor era único, algo que não saberei descrever, mas os temperos estavam em harmonia, o ponto do sal deixou o caldo ótimo.

— Hum é delicioso, o que é? — Me aproximo tentando ver o que está cozinhando.

— Um tempo atrás conheci um escrava que veio para Sevilha e ela me ensinou algumas coisas que eles fazem da terra que veio, gostei desse prato, aprendi e sempre faço para o menino António e decidi fazer hoje. — Ela me responde com gentileza.

Fico admirando a beleza da cozinheira, ela não é jovem, mas também não é uma senhora, tem uma aparência de ser bem cuidada.

— Está de parabéns, espero que me ensine a cozinhar essa delícia outro dia. — Digo e vejo os seus olhos demonstrarem surpresa com o que falo.

A vemos se assustar, olho para Henriqueta preocupada que a mulher tenha um passamento aqui em nossa frente. Me aproximo da doce mulher e ajudamos para que ela se sente no banco a nossa frente.

Decido ir chamar meu noivo, já que não faço ideia do que fazer, mas quando viro de costa o António vinha chegando com meu irmão. Sinto as mãos fortes do meu noivo passando por minha cintura e um sorriso surgir em seu rosto, Retribuo o mesmo olhar carinhoso por ele.

A PROMETIDA DO CONDE - EM ATUALIZAÇÂO -Where stories live. Discover now