12 - António Venturini

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António Venturini

Depois da nossa tarde de ontem fico satisfeito em como eu e Luna estamos nos entendendo e não poderia ser melhor, ela é uma moça linda e educada. Depois que eles saíram, Isabel ficou impressionada como minha sogra a tratou como alguém da família e não como uma simples escrava.

— Eles são assim Isabel, a moça que estava com ela é sua futura cunhada, ela está de compromisso com o Marcos. — Noto em seu rosto uma felicidade e sorrio para ela.

Hoje pela manhã decidi ir tratar com os trabalhadores, estamos entrando no auge da colheita, e assim que terminamos aqui, sempre ajudamos na colheita do "La Luna", as coisas por lá são um pouco mais demorados, já que o vinhedo deles é quatro vezes maior que nossa propriedade. Por isso sempre conseguimos fazer com que as produções de vinho alcance uma boa quantidade para podermos vender na cidade.

Peço ao capataz para selar o meu cavalo e em pouco tempo o vejo voltando com o cavalo pronto. Monto no cavalo e vou em direção ao nosso pequeno vinhedo, o dia estava amanhecendo e com curiosidade olho em direção à casa de minha noiva, já havia uma pequena movimentação na casa e ao redor dela.

Respiro fundo olhando mais uma vez em direção da casa e decido ir para o nosso vinhedo, está na hora de ir para a lida com os meus trabalhadores e colher o máximo que puder.

— Bom dia, senhores. — Cumprimento a todos.

Me aproximo e desço de meu cavalo, vou em direção de onde os homens estão para começar a colheita das uvas, me entusiasmo com meus homens que estão animados. Não apenas com a colheita que se inicia, mas também por saberem que vou me casar com a Luna.

Eles tem a esperança que comece a pagar os valores como o meu sogro Marcondes paga os seus serviçais. Começo a pensar sobre essa possibilidade, acho que deixaria minha futura esposa muito satisfeita se começar a tratar nossos trabalhadores com mais dignidade.

— Homens venham aqui um minuto antes que comecem. — Os chamo.

Os vejo se aproximando, retirando seus chapéus e colocado seus instrumentos de colheita no chão encostado na videira.

— Homens algumas mudanças vão acontecer nos próximos meses, para quem não sabem me casarei com a senhorita Marcondes no fim desse mês. — Vejo os homens festejando e jogando os seus chapéus para o alto.

Nossos trabalhadores estão conosco há muitos anos, lembro que desde que venho a propriedade, alguns deles já estão aqui com suas família. No início todos eram escravos, mas tenho quase certeza que meu pai já os libertou.

— Quero fazer como o meu sogro fez com os seus funcionários em suas terra, então após essa colheita farei seus primeiros pagamentos, algo justo, tudo bem? — Digo olhando para todos que estavam a minha frente.

Seus olhares eram de felicidades, assim que Luna me contou como funcionava no vinhedo de sua família, tinha certeza que os nossos trabalhadores esperavam que meu pai fosse fazer o mesmo aqui com ele. Sorrio olhando para os homens que vibram na minha frente, pulam e jogam seus chapéus para cima em comemoração.

— Acho que chegamos em boa hora, me diga quais as boas novas meu cunhado! — Marcos e Felipe aparecem com seus cavalos em minhas costas.

Um dos trabalhadores se aproxima dos cavalos e ajudam meus cunhados a descerem, o vejo lhe entregando as rédeas. Marcos se aproxima e cumprimento os meus cunhados.

— Comuniquei aos homens que depois da colheita começarei a fazer pagamentos a eles como o seu pai faz. — Felipe bate em meu ombro.

— Isso, meu cunhado, verá que quando eles estão felizes, nossas vidas também ficam mais felizes, e nos protegem também. — Viro na direção de Felipe e me surpreendo.

A PROMETIDA DO CONDE - EM ATUALIZAÇÂO -Where stories live. Discover now