18 - Luna Marcondes

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Luna Marcondes

Vê tudo o que aconteceu com o Conde em frente de casa foi horrível, mas ver meu noivo destruído e sofrendo por ver o pai morrer em seus braços foi dolorido demais.

Me mantive ao seu lado para trazer um pouco mais de conforto, me surpreendi quando ele falou com meu pai e pediu para que ficasse ao seu lado. Não podia negar ao seu pedido, pode parecer errado, mas quero estar com ele nesse momento difícil e poder ajudar enquanto ele enfrenta os problemas que vão aparecer até que encontrem aquele capataz.

Consegui convencê-lo a comer algo, Izabel já estava preocupada com ele e minha mãe mais ainda. Seus tios, havia conhecido em um momento que havíamos ido até a sua casa na cidade e ele não estava.

Pedro e Cecilia Venturini são uns amores, eles decidiram nos fazer companhia essa noite, já que nosso casamento que será amanhã. Estou tão cansada que apenas quero me deitar um pouco, foi um dia complicado de diversas formas e como passamos a noite velando o meu sogro não consegui tirar nenhum cochilo.

— António estou indo me deitar um pouco sinto uma leve dor de cabeça, se precisar de algo ou resolver sair me chame por favor. — Digo ao seu lado.

Estávamos na sala fazendo companhia para os tios de António, meus irmãos e minha mãe já haviam retornado para a nossa casa. Apenas meu pai e meu irmão Marcos estavam ainda ali conosco, até mesmo Henriqueta já havia voltando para casa com seus pais.

Me aproximo de meu pai pedindo sua benção, recebo um beijo carinhoso em minha testa, me despeço de meu irmão que também avisa que logo estaria indo embora. Sorrio para Cecilia que parecia tão cansada como estava e decide subir comigo.

A levo até um dos quartos de hóspedes, ainda bem que Izabel arrumou os vários quartos, já que não fazíamos ideia de quem poderia ficar aqui para o velório e o enterro do meu sogro. Me despeço e vou em direção ao quarto que havia escolhido para ser o meu e de António.

Entro no quarto e sinto o cheiro do quarto arejado e cum uma fragrância de lavanda, provavelmente coisa de Izabel que limpou o quarto hoje pela manhã, retiro as cobertas da cama e encosto um pouco as janelas para escurecer o quarto. Com a porta fechada começo a me despir e fico apenas com minhas roupas de baixo, ficando confortável sem ter nada me apertando.

Deito abraçando um dos travesseiros, em pouco tempo sinto meu corpo relaxar e a dor de cabeça começa sumindo. Não ouço barulho da porta, apenas a fragrância forte de António, que se faz presente dentro do quarto. De olhos fechados, sorrio em saber que ele estava no quarto.

Sorrio quando sinto o peso de seu corpo ao me lado, sua mão pousa sobre a minha cintura assim como sinto a sua respiração em minha nuca, viro lentamente em sua direção, nos deixando um de frente para o outro. Deposito a minha mão em seu rosto e vejo suspirar.

— Como se sente meu noivo? — Pergunto preocupada com ele nesse momento.

António fechou os olhos e colocou sua mão sobre a minha e deixou que visse suas lágrimas escorrendo.

— Agora sinto a raiva crescendo dentro de mim, estou muito assustado, não tenho noção de como administrar tudo o que meu pai nos deixou! — Ele diz preocupado.

Sei que os negócios do Conde são muito vastos, ele tinha acertos até mesmo com o rei da Espanha fornecendo vinho para a corte, fora os que não sabia.

— Eu estou aqui, logo poderemos resolver tudo com calma, o que não souber fale com meu pai ou até mesmo com seu tio, mas não carregue esse fardo ou dúvidas sozinho. — Digo com carinho.

Sua mão aperta a minha cintura, puxa o lençol que estava me cobrindo, sorrio quando vejo o seu olhar pousar sobre os meus seios que estavam praticamente expostos. Minha respiração começa a se acelerar com o calor que sinto entre minhas pernas subindo até meus seios que começam a ficar rígidos.

A PROMETIDA DO CONDE - EM ATUALIZAÇÂO -Where stories live. Discover now