29 - António Venturini

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António Venturini

Ver aquela carta queimar foi uma sensação diferente, não estava me importando com o que poderia estar escrito, minha única preocupação era que minha linda esposa pudesse encontrar aquela maldito papel em algum lugar. Não quero que minha condessa se magoe, a desejo sempre de cabeça erguida com o olhar feliz que a vejo a cada dia.

Para a minha maravilhosa surpresa, ela surgiu no escritório, viu o que havia feito e claro que ela ficou furiosa e insegura, afinal ela é filha de Marilia Marcondes. Mas fui sincero e contei a ela o porquê estava fazendo aquilo.

E como sempre Luna me demonstrou o quanto não se iguala aquela mulher, mostrou a sua força em aceitar o que havia acabado de dizer e principalmente o quanto estava emocionalmente me envolvendo com a minha esposa.

Na verdade, estou começando acreditar que o que senti por Carmem nunca foi amor, talvez tenha sido apenas a facilidade de ter uma mulher bonita para dizer que é minha. Sem contar que não faço ideia se realmente ela não recebia visitas de outros homens, me fazendo de trouxa.

Com Luna em meus braços no alto da madruga, ela já dormia tranquilamente, deslizava a minha mão com carinho em meio as suas costelas e a sentia ressonando, Luna foi esplêndida durante toda a nossa noite, para uma garota sem experiência ela está começando a se soltar.

Que noite foi essa com a Luna, é o único pensamento que tenho, ver o quanto minha esposa se entregou ali no escritório foi lindo. Foi como se ela tomasse posse de quem ele é e, isso foi maravilhoso.

Senti um pouco de remorso ter que acordá-la tão cedo, eu mesmo não consegui dormir muito, acredito que apenas umas duas horas. Acordo minha esposa com um beijo em seus seios, descendo em direção ao meio de suas pernas.

Mesmo que desejasse possuir o corpo de minha esposa novamente, temos que levantar e ir para a casa do meu tio, tenho muitas propriedades para passar hoje e avisar como as coisas serão a partir de hoje.

Saímos de nossa casa assim que Luna termina de tomar esse chá, algo que não está me agradando muito, quero ver nossa casa feliz com crianças correndo, me chamando de papai e minha mulher de cabelos claros de mamãe.

A perda do meu pai fez com que me sentisse ainda mais sozinho, tenho apenas o meu tio Pedro que também já tem uma idade avançada, agora com Luna estou começando a sentir que quero ter a minha família.

Assim que chegamos na casa dos meus tios, o vejo se despedir de sua esposa Cecilia e fico sem entender o porquê ele estava todo carinhoso com ela. Abraço minha esposa por trás e beijo o seu ombro.

— Cuidado caso decidam sair, não quero que se machuque! — Digo preocupado.

Afinal, quase ninguém conhecem a minha esposa e não quero que mais ninguém cobicem a minha esposa.

— Que tanta preocupação é essa? — Ela me pergunta com um sorriso no rosto.

— Nada de mais, apenas cuidado! — Ela concorda.

O que me deixa um pouco mais tranquilo. Finalmente vou com meu tio para a nossa primeira propriedade aqui mesmo em Sevilha, era um casarão com três pisos no meio da cidade.

Um comércio bem grande no andar inferior e nos de cima é um depósito e a casa do comerciante com a sua família, meu tio já havia dito os valores que meu pai cobrava.

— Acho um absurdo que ele cobrasse apenas o valo do comércio, deveria estar cobrando o três vezes o valor já que ele ocupa todo o espaço.

— O senhor tem razão, vou resolver isso ainda hoje. — Digo descendo do cavalo.

A PROMETIDA DO CONDE - EM ATUALIZAÇÂO -Where stories live. Discover now