Conjecturas

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KATARA


Não se lembrava de quando foi a última vez em que havia dormido tão bem. O cansaço acumulado sem dúvidas tinha ajudado, mas acreditava que o verdadeiro motivo tinha um nome... Ainda sustentava um inevitável sorriso bobo quando o encontrou no café da manhã.

Era muito cedo, então, como de costume, o salão estava vazio e sossegado. Tiveram uma refeição tranquila e silenciosa, mas cheia de olhares significativos e exageradas gentilezas... Não precisavam falar, da mesma forma que não precisavam conter o excesso de felicidade eufórica que sentiam... Não tinha ninguém ali, mesmo se tivesse alguém ali...

Poderiam facilmente ficar sentados naquela mesa por horas a fio, apenas observando um ao outro com fascínio, sem se cansarem... Contudo...

Contudo a doce quietude logo foi abalada pelo dever, com o primeiro tópico a ser tratado no dia...

-Mas Katara, isso significaria colocar todo o exército sob julgamento! - Zuko exclamou quando ela apresentou o requerimento de Gilak do dia anterior. Ele tinha um tom de indignada resistência e então Katara soube que não só a quietude estava arruinada, mas a aura de encanto também...

Estavam na sala de reunião e acertavam os posicionamentos entre si antes de se reunirem com o conselho. Havia pilhas e mais pilhas de pergaminho à mesa, classificar as declarações e confissões dos homens que Toph alegava já terem dito tudo que sabiam, iria dar trabalho. Posteriormente ainda precisariam seguir para os últimos interrogatórios e, só aí, finalmente dar abertura oficial os julgamentos.

- Não exatamente todo o exército. - Katara tentou atenuar. - Bem... Só os pelotões envolvidos na conquista territorial do Reino da Terra e os responsáveis pelas invasões e perseguições na Tribo da Água...

-Resumindo... - Ele lhe lançou um olhar que demonstrava uma evidente conclusão. - Todo o exército.

- Ah, Zuko... - Precisou respirar fundo. Não tinha dúvidas de que aquela conjuntura era extremamente complicada. - Sei que seria trabalhoso, e sei que criaríamos mais desgastes com os oficiais... Mas frente as outras Nações... Nada além disso poderia mostrar maior boa vontade e justiça... Não acha?

-Claro, eu entendo que seria o mais justo, teoricamente falando... Mas...

-Mas... - Ela preencheu a pausa dele. Tentou não soar opressiva antes de ouvi-lo, mas era difícil. Afinal, mesmo Gilak sendo um homem horrível, tinha razão ao se indignar com o fato de haver maiores punições para crimes superficiais do exército, do que para os crimes sérios por eles praticados, por tanto tempo, e de forma tão bárbara, em todos os cantos do mundo...

-Katara, tem alguns limites que, como governantes, não podemos ultrapassar... - Ele se levantou e se pôs a andar pelo aposento, pensativo. Katara o aguardou, até que por fim ele se virou, a encarando novamente, e completou - Estamos em um momento que precisamos garantir estabilidade e gerar confiança na população. Submeter tantos, e de forma tão generalizada, ao risco de serem presos e banidos... Essa posição iria contra tudo o que prometi no dia em que recebemos a marinha na capital pela primeira vez. E você se lembra quando me falou em respeitar os cidadãos? Que eles não tinham culpa pela guerra?

Livro 4: O Novo MundoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt