Manipulações

350 19 24
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


KATARA

Eram as últimas pessoas do, antes, grande aglomerado que os circundaram na saída.

Mas, mesmo numerosos, todos eles chegavam em pequenos grupos, divididos por conveniência ou apenas para demonstrar compostura diante a guarda e aos seus Senhores.

Se aproximavam como se tivessem como único objetivo exaltar a peça recém apresentada, mas Katara captava as sutilezas em cada abordagem.

Haruki por exemplo, um clássico homem de negócios, a parabenizou especialmente por libertar o campo de trabalho forçado de Mo Ce junto a Haru. Mas ele queria mesmo era falar sobre isenção de impostos para suas minas de carvão, agora que as atividades marítimas supostamente diminuiriam e consequentemente seu lucro.

O magistrado Haruto por sua vez começou seu assunto concordando com o quão era difícil lidar com piratas e terminou pedindo maiores impostos para que melhorasse a guarda de seu porto.

E teve o Capitão Jun que se apresentou acompanhado de um menininho quase soterrado por uma pilha de brinquedos recém adquiridos na barraquinha de suvenires. Ele foi o mais breve entre todos os anteriores. Admitiu ter se divertido com a peça mas que esse fato, ou mesmo o fato do diretor dela ser cunhado do Senhor do Fogo, não o isentaria da necessidade de punição. Sokka devia sofrer as consequências por ter se passado por um Soldado.

Zuko mostrou destreza e aproveitou bem a conveniência da formação daquele grupo, assim como de inúmeros outros anteriores. Informou ao Capitão Jun que precisava de um destacamento disciplinado para reforçar a patrulha marítima dos portos do Magistrado Haruto, e para manter bem abastecidos os navios, acreditava poder contar com a excelente produção das minas de Haruki. E por fim os dispensou dizendo que, se todos estivessem satisfeitos, a troca de governos havia feito o crime de Sokka prescrever.

E assim foi. De barriga cheia, ambos seguiram seus caminhos.

Mas agora só restava esse discreto casal, que havia ficado distante o suficiente para não se misturar aos demais grupos, mas perto o suficiente para alertar Zuko e Katara de sua presença e da intenção de aborda-los quando a chance finalmente surgisse.

Katara respirou fundo e se aproximou. Gostaria de estar reunida a sua família, uma hora dessas já no palácio, certamente apenas os aguardando para iniciar o banquete de despedida. A última refeição que dividiriam juntos por um bom tempo...

- Minhas saudações Minha Lady! Meu Senhor! – o homem de meia idade se abaixou em uma profunda reverência acompanhado pela mulher ao seu lado. Tinha uma voz tranquila e controlada, como a maioria dos outros nobres. – Eu sou Zoh Kong e essa a minha esposa Yang.

- Um nome deveras familiar. – Zuko os saudou respeitoso e Katara o acompanhou entendendo prontamente que aquele casal estava um grau acima frente dos demais que havia conversado naquela noite. – Fico feliz de finalmente conhece-los. Afinal são há muito tempo amigos da coroa, correto?

Livro 4: O Novo MundoWhere stories live. Discover now