The end...

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— O que?!

— Não se faz de sonso. Eu sei das peripécias que vocês dois fazem por aí, huh! Eu posso não ver, mas sei das coisas e não é bonito pra mim imaginar essas coisas...

Porsche sorriu um pouco sem graça com o comentário do mais velho e olhou para Kinn, que também estava desconfiado.

— Vão! O jantar de vocês está no quarto. Nós que vamos aproveitar a festa a partir de agora.

Kim segurou a mão de Chay e o puxou para quarto. A comida que fora pedida por Tankhun estava em uma mesinha de centro e estava linda. Tankhun pensou exatamente em tudo. As janelas do quarto não haviam sido fechadas ainda, pois a luz da noite estava deslumbrante e os prédios ao longe tinham suas luzes de varias cores, acesas. Até isso pareceu ser feito pelo mais velho. Era como se ele tivesse movido céus e terra para ver seus dois garotos juntos e felizes.

— Você tá bem com isso?

— Por que eu não estaria? — perguntou sentando-se no chão de frente para a janela onde havia a mesa — Está simplesmente maravilhoso... Eu não imaginava que você iria voltar depois de tudo, e olha só pra nós agora...

— Nossa história pode não ter tido um começo muito bom, mas eu quero fazer diferente... Melhor do que venho fa...

— Ei, — falou tocando o queixo do mais alto e o fazendo olhá-lo — tá tudo bem... Você tá sendo incrível. Além do mais, a gente era só muito novo...

Ele sorriu e deixou um selinho demorado nos lábios do outro, mas Kim pôs suas mãos em torno do rosto de Porchay e fez o selinho virar um beijo onde não só seus lábios se tocavam, agora suas línguas também faziam movimentos na boca um do outro, mas Chay se afastou um pouco.

— Tudo bem...? — perguntou ao não entender o recuo do menor.

— Podemos só ficar juntos hoje...? — perguntou inseguro.

— Por que não iríamos poder? Eu não quero te forçar a nada e isso tá bom pra mim... — sorriu docemente — Afinal, você 'acabou' de voltar pra casa, tem que descansar antes de pensar na rotina normal.

— Hoje eu só quero aproveitar você... — falou encostando a cabeça no ombro do mais velho — Desse jeito... Só nós... Aproveitar que tudo passou...

— Vamos ver um filme, comer... Não importa oque fazemos ou deixamos de fazer, eu só quero ficar com você. Nós temos um ao outro.

Depois de jantarem, Kim e Chay trocaram suas roupas e o mais velho fechou as janelas como Tankhun havia lhe dito e se juntou ao lado do menor na cama. Não existia mundo lá fora. Não havia mais o barulho alto das caixas de som de Khun, não havia mais barulho. Porchay deitou-se no peito de Kim e ouviu seu coração bater desacelerado. Seu corpo estava quente e o aquecia com facilidade, enquanto a história do filme na tv tomava um rumo que Chay não entendeu como havia chegado lá.

— Como estão seu braços?

— Ah, não doem mais, não... Eu não me sinto mal, nem nada do tipo...

— Eu quero me desculpar por tudo que eu fiz no passado... de novo... Quero que saiba que você é a pessoa que eu quis pra minha vida desde o primeiro dia que vi você... Eu quero ser seu lugar seguro, sua zona segura...

— Não precisa se desculpar mais. Eu te perdoei quando você voltou e me fez ver que não ia embora de novo... A gente viveu muito de lá pra cá. Tivemos mais bons do que maus momentos. Nós podemos fazer tudo certo daqui pra frente, só não vai embora.

— Eu prometo não ir... Não deixar você sozinho de novo... Eu vou cuidar de você até onde eu conseguir. Tudo que estiver ao meu alcance eu vou fazer por você...

— Eu te amo, Kim...

— Eu também te amo, Chay... muito, e eu tô aqui... Tudo aquilo acabou...

Kim e Chay ficaram deitados em silêncio e só ouvindo os murmúrios da tv, enquanto suas respirações e batimentos sincronizavam.

Algumas horas depois a festa de Tankhun chegou ao fim e as luzes da casa foram todas apagadas automaticamente. O silêncio pairava no ar. As leves ventanias entravam na mansão e soavam como um assovio fraco que percorria delicadamente os cômodos mais grandes e mais vazios. O som dos ponteiros passando de um número para o outro nos vários relógios de parede que haviam na casa era a música daquela madrugada. Eles não estavam sincronizados por apenas alguns segundos, então completavam voltas no círculo em tempos diferentes. Por poucos segundos de diferença eles não se encontravam no mesmo horário. Os cômodos estavam vazios, com exceção dos quartos e os dois garotos dormiam no seu.

Tudo havia acabado... Literalmente tudo...

"Aquele dia eu senti como se o tivesse perdido, e eu perdi... Mas também aprendi que se algo é realmente nosso, mesmo depois de perdido nós passamos a encontrá-lo em algum lugar.
Nossa história pode não ter tido um final muito feliz quando tudo foi pelos ares, mas ela está tendo um final feliz, agora.
Espero que isso nunca chegue ao fim de novo, como um dia chegou. E que essa história de final feliz seja pra todos e não só pra nós..."



Bom, é isso... Aqui eu termino mais uma história e eu sinceramente nunca sei oque dizer quando isso acontece. Eu sei que pode ter sido uma história fraca de ações e acontecimentos e eu quero me desculpar caso tenha sido.
Mas obrigada por tudo. Pelas leituras e votos, também os comentários; eu sempre lia alegremente todos eles.
Eu sempre fico um pouco mal quando algo chega ao fim, e eu morrooo de medo de decepcionar vocês... Mas, enfim, espero que tenham gostado e mais uma vez, desculpa se os decepcionei.💜

KimChay: Por Que Você Não Fica? Where stories live. Discover now