CAPÍTULO 8

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Quando o culto terminou, fomos todos para fora da igreja, eu vi Elizabeth se despedindo rápido de algumas pessoas e sorrindo para todos. Bill não havia chegado e isso era estranho. Quando todos perceberam ela já havia seguido rumo ao fundo da igreja e subido em sargento e saiu cavalgando...

- Elizabeth! Gritou Abgail...

Bill chegou com a carroça e questionou a todos:

- Gente porque vocês não a seguraram? Sabem que ela faz isso sempre, e evita o máximo para a gente não a levar para a cidade.

Philip curioso, foi perguntando:

- Realmente, nem eu e nem meus homens nunca a vimos lá na cidade e nem no mercado, por quê?

Bill respondeu seco e de cara fechada:

- Devido a alguns casacos vermelhos que trazem nela certas lembranças, ela decidiu não ir à cidade.

- Mas nem fazer compras? E o médico? Perguntou o Philip.

- O dr Carson tem ido à casa dela ou a enfermeira. Quanto a compras...Ned, Lee ou eu, sempre resolvemos, mas ela preferiu não te ver para evitar emoções desnecessárias ou como ela disse para não lembrar da última vergonha.

- Ainda bem que estou sem meu uniforme, assim ela não vai me reconhecer. Você quer que eu a siga e a chame?

- Sim, por favor, disse Abgail; Estaremos na casa dela esperando.

Philip subiu em duque e galopou atrás dela, atingindo rapidamente o vale, onde viu a cena mais linda do mundo. Havia um lago, o cavalo preto sargento deitado ao chão e Elizabeth deitada em cima do cavalo, eles tinham uma harmonia, ela confiava totalmente naquele animal e o cavalo parecia que queria protegê-la, ele estava protegendo aquela mulher e seu bebe. " Nunca imaginei ver um afeto tão grande entre gente e animal. Fiquei ali por algum tempo até que percebi meus olhos cheios de lágrimas."

Vi, a professora se levantando com cuidado e o animal após se levantar colocou sua cara no ombro dela e recebeu um beijo e um afago. " Esse cavalo era inteligente, ali deveria ter um cheiro incrível de lavanda, uma macies fora sentir aqueles lábios... credo... o que ando pensando? Ela é viúva de um policial morto e eu sou um homem honrado que não que mulher nenhuma. "Então, descendo do cavalo, fui ao encontro dela e falei:

- Senhora Thorton?

- Eu sou..., mas fui interrompido por ela que disse olhando para o lago.

- Eu sei quem você é?

E quando eu dei por mim, ela já estava em cima do cavalo sargento e só consegui gritar:

— Abgail, precisa de você?

Vi naquela hora que seus olhos me procuraram, isso chamou sua atenção, ela me olhou bem nos olhos e vi preocupação neles, mas tive de falar:

- Ela pediu para você ir imediatamente ao terreno do seu falecido marido, ela precisa de você lá e é urgente.

- Ela está bem? Elizabeth perguntou com a voz tremula.

Mas antes que Philip pudesse falar, ela já estava galopando em seu cavalo.

- Espere, tome cuidado! E corri atrás dela. "Gente como uma grávida de cinco meses pode fazer aquilo. Ela parecia flutuar no cavalo". Graças a Deus, eu a vi chegando no terreno, fiquei apavorado de medo dela acidentar e cair, mas foi um alívio quando a vi chegando bem que todos ajudavam a descer do animal, ela procurou Abgail e a abraçou forte. Olhei para Bill e disse:

- Eu não consegui fazê-la vim devagar, não consegui detê-la.

Bill sorriu e dizendo que ninguém conseguiria e ninguém vai conseguir essa proeza nunca mais, isso somente Jack Thorton teve o privilégio e riu alto.

Somente aí, que Philip percebeu que Elizabeth estava muito preocupada com Abgail, ainda nem havia notado a construção enorme daquela casa e aquela multidão de pessoas ao seu redor. Só quando abriram uma clareira na multidão que ela percebeu a casa, caindo no chão num choro convulsivo ao reconhecer a casa do desenho de seu falecido marido. Todos ficaram ao seu redor e choravam muito. Ela dizia baixinho "Jack, o meu Deus Jack"... Ela falava com tanto amor em sua voz que dava arrepios. Aquela mulher tinha um sentimento muito nobre, com amigo, com o Jack, com suas crianças, e agora Philip via que tinha de protegê-la, ele sentiu até sua alma arrepiar, não sabia explicar, mas ela lhe despertava um lado desconhecido dele, e era um lado muito bom.

A emoção dela, seu choro, fazia todos os presentes ficarem arrepiados; homens, mulheres e crianças, eu vi em seus olhos que todos participaram da dor e de sua alegria. Eles a amavam e percebi que ela amava a cada um ali.

Rosemary e Abgail ajudaram Elizabeth a se levantar, quando várias crianças começaram a cantar a música Dany Boy. Não sei porque, mas eu também gostava muito daquela canção, ela chorava muito, quando uma pequena criança estendeu a mão para Elizabeth. Ela aceitou e juntou a cantar com as crianças.

"Que voz essa mulher tem?" Aquela canção virou um coro, pareciam anjos cantando e assim ela entrou na casa junto com seus alunos. Todos os adultos ficaram do lado de fora, todos estavam maravilhados com a cena, parecia irreal, a emoção daquela viúva era de deixar arrepiados e aquela voz tocava na sua alma.

Logo ela saiu com as crianças e na porta com as mãos na barriga ela falou com muita emoção:

- A todos vocês que me conhecem há tanto tempo, eu só posso agradecer; desde o primeiro momento que cheguei aqui, A todos as amizades que fiz, a todo carinho que eu e Jack sempre recebemos, a todos que sabem da minha dor, quando Jack foi para o território do Norte e que até hoje sabem do meu sofrimento pela morte dele, mesmo sabendo que ele não vai mais voltar, e isso me faz sentir um grão de areia sozinha no meio do oceano. Eu realmente agradeço muito a todo carinho e pelo apoio e pela amizade. A Deus agradeço por esse bebê lindo que foi fruto do meu amor por Jack, e só posso pedir a Deus que nasça com saúde. A vocês, meus amigos, minha grande família, mais agradecida ainda por nos dar essa casa, esse lar que Jack desenhou; eu amo muito vocês.

E quando ela viu um monte de crianças estavam abraçando-a. Elizabeth sorrindo muito com olhos ainda brilhando devido às lágrimas, era uma imagem que Philip iria guardar em seu coração para sempre, ela parecia um anjo.

- Professora, quando a senhora vai mudar para sua casa nova? Perguntou Cody, um de seus alunos.

Ela sorriu, e parecia que todo o mundo ali sorriu com ela, e simplesmente correu para seu cavalo e disse ao subir...

- Agora, e quem quiser me ajudar, siga-me... E saiu a galopar numa alegria que ele nunca tinha visto.

Foi um tumulto... um sai e entra da casa geminada levando carroças e mais carroças até a nova moradia de Elizabeth. Abgail e Rose já estavam preparadas para isso, elas nem ficaram surpresas com a atitude de Elizabeth, mas Philip ainda rindo baixinho não conseguia para de admirar aquela mulher. Todos ajudaram até tarde, era uma alegria só, todo mundo rindo o tempo todo, a alegria de Elizabeth era contagiante e fazia todos ao seu redor explodirem de felicidade.

EU ESTAREI AQUI (quando chama o coração )Where stories live. Discover now