CAPÍTULO 12

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A redor se ouvia, vários gritos e gemidos, mas no momento ele não conseguia abrir os olhos ou mover a cabeça para o lado. E assim ele apagou de novo. Acordei tampo depois, já não sabia nem quanto tempo havia se passado, tinha cordas amarrando minhas mãos, estava jogado no chão frio de uma cela,comigo mais quatro homens amarrados todos estavam ruins ,todos muito machucado, e num canto estava o capitão, também amarrado ,ele tinha hematomas no rosto e aquilo não foi feito pela granada que os atingiu naquele dia. Sim ele foi espancado. O que estava acontecendo? Onde estamos? Fomos capturados? Eu tentava pensar, mas minha cabeça não estava ajudando. Antes que pensasse em qualquer outra coisa, a porta da cela se abriu e seis homens armados entraram, eles agarraram o capitão e o puxaram para fora da cela. Ele foi jogado numa sala, onde várias perguntas foram feitas e uma chuva de socos e chutes sendo distribuídos. Algumas perguntas foram respondidas, mas nada que pudessem prejudicar os outros policiais acampados nos territórios do Norte. Ele reconheceu um dos bandidos, era da gangue dos Tolliver, junto haviam alguns de outras gangues pois estavam como fugitivo o procurados em cartazes. E espantava ,o quão perto vários homens maus de várias gangues estavam .Após minutos intermináveis de agressão ao capitão ,eles o trouxeram desmaiado e jogaram no chão da cela .Davam gargalhadas e zombavam dos que ali estavam ,passando e dando vários chutes nos prisioneiros .Minhas costelas doíam tanto ,era uma falta de ar, ouvi o trinco da cela sendo fechado. Olhei para o capitão e vi sangue escorrendo de seu nariz e de sua boca, ele havia sido muito agredido, rastejei pela cela e cortei um pedaço de minha camisa, e tentei limpa-lo. O homem ficou inconsciente por horas, quando enfim acordou, gemeu e murmurou:

- Temos de sair daqui, ou eles vão nos matar.

Suor escorria em todo meu corpo quando despertei assustado. Pela milésima vez, esses pesadelos horríveis estragavam meu descanso, mas desta vez foi tão realista que Philip não sabia o que fazer.

Desceu as escadas, após um banho frio, e foi para a cozinha e tomou um grande gole de água, indo para a sala onde pretendia ler e ficar até o amanhecer do dia.

Quando o dia clareou, Philip já tinha resolvido a passar mais a tarde na casa de Elizabeth e ver como ela estava. Ela não saia de sua cabeça. Passou cedo no café e pediu a Clara os muffins e lanches que Elizabeth gostava e foi para sua casa .Demorou algum tempo para reunir coragem e bater na porta, mas quando estava com as mãos em posição de bater ,aquela porta foi aberta de uma vez e Elizabeth com olhos negros apareceu...Suas marcas ,todas elas estavam muito escuro no momento, seu rosto ainda tinha um pequeno inchaço ao lado ,as marcas de dedos em seu pescoço era uma visão aterrorizante. O coração de Philip falhou ao sentir a dor daquela mulher, daria tudo na sua vida para que pudesse retirar aquela dor dela, quanto mais olhava para ela mais raiva sentia daqueles monstros, os olhos de Philip brilharam ,mostrando todo o ódio pela situação dela, foi quando ela deu um sorriso mais lindo que ele já tinha visto ,fazendo sua alma encontrar uma paz enorme .Ela tinha um poder sobre ele com um simples sorriso ,Ela pegou a cesta que ele trazia e convidou a entrar ,arrumou a mesa para eles lancharem ,enquanto no fogão um chá já estava quase pronto.

-Hum, você chegou bem na hora de pegar um chá fresquinho, seu policial.

- Eu marquei o horário do meu estomago. E riu de sua piada quando sua barriga roncou alto.

- Desculpa Elizabeth, eu não comi nada desde seu acidente ontem cedo, minha raiva foi tão grande que esqueci.

Elizabeth colocou sua mão sobre a mão dele, que estava na mesa, dizendo que ela e o bebe estavam bem e que ele e Bill ,chegaram no momento certo e mais uma vez ela olhou nos olhos dele e agradeceu .Os dedos de Elizabeth formigavam, seu corpo formigava, somente Jack fazia isso com ela. Ela olhou nos olhos dele novamente, seus olhos examinando o fundo de sua alma e disse:

- O que tiver de ser será. Deus sabe o que está fazendo, deve ser somente uma provação.

Philip, nunca havia sentido aqui, um calor em seu corpo, quando as mãos dela vieram em cima das suas, seus dedos formigavam e sua boca secou; Era uma sensação tão maravilhosa, mas ao menos tempo aterrorizante, como ela tinha esse poder sobre ele? Ele não sabia explicar o que estava acontecendo. Ele olhava para Elizabeth, o azul dos olhos dela, iam mudando de cor, enquanto ela o encarava, eles pareciam que o estavam questionando. Era a coisa mais maravilhosa que ele já tinha visto, ela comunicava com os olhos, eles pareciam dizer confio em você ou algo assim.

- Calma policial! Talvez um dia nós dois iremos entender isso...

Ela passou o dedo em sua aliança de casamento e sorriu. Ele sentiu uma sensação boa naquele momento, podia se dizer que ele se sentiu amado.

Eles lancharam e comeram muito, vários assuntos sobre Hope Valle e outros em geral foram abordados, ele perguntou como estava as dores ,foi quando ela disse que não estava tomando nenhum medicamento, porque não queria prejudicar o bebe e ela era forte iria aguentar. Ele não resistiu e levantando a mão acariciou o rosto dela, onde havia um hematoma enorme, um misto de sentimentos e calor passando em seu corpo e mente. Elizabeth segurou sua mão e deitou o rosto nela, como sentindo o carinho dele, uma lagrima solitária escorreu de seus olhos, o qual ele secou, falando para ela que tudo iria dar certo. Quando perceberam as horas, já estava tarde, já passava da hora da ronda de Philip, ela tinha uma conversa tão agradável que ele nem percebeu as horas passando. Sabia que tinha de ir embora, mas seu corpo e sua mente não queriam sair de perto dela. Philip se sentia ansioso, não sabia quando mas desenvolveu um senso de proteção por ela e quanto mais conhecia aquela mulher, quanto mais conversava com ela mais queria saber. Mas precisava ir para suas rondas, seu trabalho não parava, ele sabia as terríveis dores que ela estaria sentindo, por isso pediu para que ela descasasse e se cuidasse um pouco, que se alimentasse bem pois assim as dores seriam menores e seu corpo iria reagira logo. Então ele despediu e seguiu seu rumo. Elizabeth só não havia contado a ele, que Rosemary iria substitui-la por três dias a uma semana, os quais ela iria ficar em casa até que os hematomas começassem a clarear.

EU ESTAREI AQUI (quando chama o coração )Where stories live. Discover now