Ⓔ01 Ⓒ05 ✖ STOKER & KAT

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N/A: Finalmente chegamos ao final do 1º Episódio com esse 5º capítulo e as apresentações dos principais foram quase todas feitas. A abertura dessa história foi lançada nas vossas mãos e cabe a vocês decidirem se vão querer entrar nessa montanha russa de drama, mistério, crimes hediondos e luta!

Para esse último capítulo, peço que leiam com moderação, pois terá uma cena erótica - ainda que levemente descrita e não tão explícita.

Espero que, no entanto, gostem e votem no final.

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Seus olhos castanhos esverdeados se perdiam na imensidão do horizonte emoldurado pela janela do seu escritório. As luzes de Amsterdã faziam toda a cidade parecer mais colorida naquela noite tão escura. E não era escura por causa das nuvens cinzentas que cobriam o céu. O motivo da noite ser tão negra, para si, era outro e tinha nome, sobrenome e um rosto inesquecível. Na verdade agora o seu nome era outro. Sua identidade mudada e camuflada para esconder o seu passado trágico. Passado esse causado por ele mesmo: Theodore Stoker.

Braços femininos envolveram o seu corpo de forma íntima e ele não precisou de se virar para saber a quem pertenciam. O seu perfume adocicado impregnara em suas narinas e isso bastou para ele reconhecer sua amante, Katherina.

Amante era uma palavra um tanto distorcida para definir a relação deles. Ela não era nada mais que a sua prostituta particular, a única que ele voltara a deixar entrar em sua cama mais do que uma vez, depois de tantos anos só. Pelo menos era isso que ele se dizia a fim de acreditar.

— O que você quer? — Ele questionou rudemente, afastando os braços dela de si.

— Preciso querer alguma coisa, além de você? — A ruiva questionou com um bico falsamente entristecido, o contornando até ficar de frente para ele.

— Já passamos da fase de joguinhos de conquista, Kat. Quando eu quiser você, eu lhe chamo.

— E eu pensei que tínhamos passado da fase de que eu não sou como as outras Musas. — Ela não estava magoada com a forma como ele a tratava, estava acostumada, mas ainda assim não podia fingir que não estava cansada daquilo.

— Se você espera uma relação séria, a porta da rua é serventia da casa. — Ele apontou a saída do escritório, percebendo-a trincar o maxilar e um relampejo de ódio faiscar no seu olhar.

— Se eu quisesse uma relação séria, eu não a procuraria com você — respondeu na tentativa de o magoar, mas isso parecia algo impossível, visto ele parecer não ter mais sentimentos.

— Diga logo o que você quer — inquiriu impaciente.

— Eu queria ver você, só isso. Você tem andado sumido nesses últimos dias. Ultimamente você não quer ver ninguém, falar com ninguém e eu consigo ver em seu rosto que tem algo te atormentando. — Ela havia tocado no ponto certo! Parecia ler a alma dele. Certa notícia da chegada de uma certa pessoa do seu passado o havia deixado naquele estado de melancolia e entorpecimento.

— Virou analista — sardonizou, indiferente.

— Pare de ser tão grosso e estúpido comigo, isso me magoa!

— Como se você se importasse com algo mais que não o meu dinheiro.

— Eu vou fingir que eu não ouvi isso e vou embora. Quando você parar com essa sua crise existencial, por favor me procure. — As lágrimas beiravam a deslizar por seu rosto, mas ela engoliu o choro. Era mais forte que isso, mas tinha se apegado demasiado à pessoa errada.

Amsterdam [PT-BR] ▬ Versão WattpadOnde as histórias ganham vida. Descobre agora