XXV

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[dia 54]
• Maiara Carla •

Eu estava tão, mas tão feliz que não conseguia parar de olha-la e sorrir. Ainda mais depois de ter me lembrado de tudo, foram muitos dias na angústia, pedindo aos céus que eu me lembrasse pelo menos de uma vírgula, e nada. Agora era definitivamente real, eu estava cem por centro recuperada, nos braços da mulher que eu amava, pensando em mil formas de fazer tudo totalmente diferente, principalmente de jamais voltar a cometer os mesmos erros do passado.

- Você tá pensativa. - ela disse, levantando e indo até a adega, pegando uma garrafa de vinho.

- Não é nada. - eu disse, segurando uma das taça nas mãos. - Você tá linda demais, não tem como pensar em outra coisa a não ser você.

Ela se derreteu toda, se sentando novamente ao meu lado e despejando o líquido em ambas as taças.

- Para, assim vou ficar sem graça.

- Paro não. Você tem que saber que é a mulher mais maravilhosa desse mundo, Deus do céu, como eu sou apaixonada! - eu mantinha um sorriso bobo no rosto, fazendo-a abaixar a cabeça envergonhada.

Dei um gole no vinho, ela fez o mesmo.

- Amor - ela me chamou, com aquela voz sensual, me fazendo tremer na mesma hora. - Porque você não me leva pro quarto? Estou com tanta saudades de você!

Ela disse manhosa, indicando que nossa noite seria o mais romântica e carinhosa possível. Nada de pressa, nada de brutalidade. Assenti, me levantando e segurando em uma de suas mãos.

- Levo, vida.

Andamos até a porta do quarto, ela ainda com a taça e a garrafa de vinho entrou primeiro e eu parei bem atrás dela, envolvendo seu corpo com um abraço, afundando meu rosto no pescoço dela. Que mulher cheirosa, o perfume dela me embriagava mais que qualquer taça de vinho. Dei uma fungada, soltando o ar lentamente e depositei um beijo naquela região, antes de girar seu corpo para ficar de frente para mim.

Coloquei uma das mãos em seu rosto, aproximando minha boca da sua, iniciando um beijo calmo, apenas experimentando as sensações. Apertei a cintura fina, trazendo-a o mais perto possível, aprofundando meus movimentos, descendo minha mão para a bunda exageradamente grande dela, procurando pela barra do vestido para que pudesse puxar para cima, detestando ele ser tão longo naquele momento.

Quebrei o beijo com inúmeros selinhos, descendo meus beijos para o decote, mordiscando levemente a pele branca. Eu ouvia os suspiros saindo da boca dela, e sentia que ela estava se segurando para não ir mais rápido. Com pressa, ela colocou os itens que tinha na mão em qualquer canto do quarto, pegando a taça da minha mão dando o mesmo destino.

Notando seu desespero, passei minhas mãos pelas costas dela procurando pelo zíper e descendo totalmente. Passei as alças pelos ombros e deixei que caísse no chão, revendo aquele corpo que eu era tão apaixonada e sentia falta de tocar. Era como se fosse a a primeira vez, eu estava nervosa, mãos suando, corpo tremendo, boca seca. Busquei seus olhos, ela estava vidrada em mim, e eu vidrada em seu corpo, completamente hipnotizada, desenhando cada detalhe, desejando-a da forma mais profunda que poderia existir.

- Vem cá, quer tomar um banho de banheira comigo? - ela perguntou, eu assenti.

Fizemos o caminho até o banheiro, ela colocou para encher com água morna e jogou alguns sais minerais junto com sabão, deixando a água cor de rosa e com bastante espuma.

Não era pra ser assim - MAIARA E MARÍLIA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora