Anseio

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Quando acordei no dia seguinte, estava só na cama, cocei meus olhos e olhei por todo o quarto. Nada de Brooke, passei a mão na barriga e sorri ao saber que havia alguém ali, pequena, mas uma criança linda, que viria cheia de saúde.

Olhei para frente e Brooke estava parado na porta sorrindo, ao ver a cena. Estava também, com uma bandeja na mão, com várias coisas gostosas.

- Você está melhor? Se aproximou da cama e se sentou na mesma, colocou a bandeja sobre minhas pernas.- Isso é pra você, não vamos querer ver esse pequenino com fome né. Riu.

- Aí bobo, ele nem pode se expressar ainda. Olhei para minha barriga e a acariciei.

- Ela está roncando? Levantou a sobrancelha.

- Um pouco! O olhei.

- Então é ele pedindo comida, pode tratar de comer. Rimos muito, comi as panquecas recheadas que ele havia feito, estavam deliciosas comparadas as torradas.

O Arthur chorou e eu fui lá pegar ele, deveria estar com fome, o peguei no colo e fui até a cozinha.

- Vamos comer, vamos comer! Sorri fazendo então, a mamadeira do Arthur.

- Mamã. Me abraçou pelo pescoço. Sorri.- Mamã cade papa? Sorri e olhei para ele.

- Desde quando você está falando em? Cheirei a barriguinha dele e o mesmo riu todo sapequinha.

Peguei a mamadeira e dei para ele, voltei para o quarto e me sentei na cama. Brooke então pegou ele no colo.

- Desde quando ele fala? Continuei a comer.

- Nosso filho? Brincou com ele. Quando pronunciou a palavra "nosso filho" me arrepiei por inteira.

- Ahan! O olhei.

- Desde quando você sumiu. Acordava todos os dias falando: "cadê mamã, papa?" e daí não parou mais! Sorriu.

- Aí meu Deus, de pensar que eu não estava aqui para ver ele falando as primeiras palavras... Suspirei.- Agora só falta andar né meu bebê! Bati palmas e sorri para ele, e ele sorriu abrindo os braços para mim, o Brooke tirou a mamadeira dele e eu o peguei no colo.

O dia todo foi assim, amor pra cá e amor pra lá, eu e Brooke parecíamos um casal, mas eu não havia esquecido das minhas obrigações, era uma quinta-feira e eu precisava ir na faculdade ver como ficaria minha matrícula, pois o Brooke não queria que eu trancasse a faculdade, mas que até o julgamento, era bom eu não dar as caras por lá.

Mas acho que isso iria demorar um pouco então, eu preferi trancar. Já estava decidido, iríamos lá amanhã.

    Eu queria ver a Laura, mas não posso sair de casa por causa daquele maníaco, teria de chama-la aqui. No sábado quem sabe...

***

No dia seguinte, fomos cedinho à faculdade, resolvemos tudo o que tinha que resolver e enfim, tranquei a faculdade, eu gostava muito do curso, estava me animando até, mas depois eu vejo o que terei oportunidade de fazer!

Ao sair do banheiro da faculdade fui barrada por uma menina, já havíamos estudado na mesma sala, mas eu nunca troquei palavras com ela.

- Toma cuidado, ele vai tentar novamente! Um calafrio passou por mim e a menina saiu correndo, tentei correr atrás dela, mas ela já havia sumido dentre os corredores. O que ela queria dizer com aquilo, voltei para o carro mas não quis dizer ao Brooke o que havia acontecido.

Mandei uma mensagem para a Laura, para que pudesse aparecer lá em casa amanhã, e ela preferiu ir hoje para dormir.

Brooke e eu arrumamos toda a casa, pois estava meio suja, e também lavei as roupas e passei algumas que estavam para passar a algum tempo.

Quando a noite começou a cair, a Laura chegou em casa, estava com uma carinha de cansada, mas também, a viagem que ela fez de lá aqui...

- Oi amiga. Me abraçou.- Me diz tudo o que aconteceu, eu quero saber dos detalhes.

- Vou te contar por cima, não quero lembrar dessas coisas. Retribui o abraço.

- E nem é bom para o bebê né amor?! Ouvi a voz de Brooke atrás.

- Amor? Laura me olhou. - Bebê? O que acontece aqui que eu não estou sabendo? Colocou as mãos na cintura.

- Brooke! Gritei.

- Ué, o que foi? Eu pensei que ela já soubesse! Levantou a sobrancelha.

- Não, não sabia! Ela se sentou no sofá, olhando irônica para Brooke.- É que amiga, eu estou grávida... E o pai é o Brooke...

Formou-se um "o" perfeito na boca de Laura, e então ela ficou lá paralisada.

- Mas... Vocês fizeram...? Me olhou.

- Não, eu menti para você, falando que tínhamos nos protegido. Olhei a mesma e peguei em sua mão. - Me entenda amiga, é tudo muito novo para mim!

- Tudo bem... Mas ainda demorado para cair a ficha! Continuou pouco paralisada.

- Você vai ter um sobrinho. Ri e ela sorriu me abraçando forte.

Brooke fez o jantar para nós e jantamos todos juntos, coloquei o Arthur para dormir, e ficamos conversando até tarde sobre assuntos da vida cotidiana.

A Laura estava quase namorando um menino da faculdade de Arquitetura, que ela estava fazendo. Ele já conhecia seus pais, e agora só faltava a pedir em namoro formalmente pois ela dissera que os dois sempre estavam a se beijar pelos cantos.

Brooke já havia ido se deitar, eram 3h da manhã já, e Laura resolveu ir se deitar, estava com sono.

- Amiga, mas vocês estão ou não namorando? Se levantou e me ajudou a arrumar as bagunças que havíamos feito na sala.

- Não estamos namorando, ele disse que queria tentar... Mas não sei se isso vai dar certo. E tentar o que? Ele não disse nada relacionado a namoro! Coloquei as mãos na cintura e a olhei.

- Ah mas que ele é um gatinho isso é! Riu.- Vou dormir aqui no sofá tá? Você ta grávida e não pode sofrer muitos desconfortos!

- Claro que não amiga! Dorme na minha cama, eu dou um jeito, durmo com Brooke, a cama é bem espaçosa. Sorri

- Ok né. Riu.- Safadinha!

- Amiga, não vamos fazer nada de mais! Vou até deixar a porta aberta para te provar! E o outra ele já deve ter capotado.

Apaguei as luzes e paramos em frente ao quarto de Brooke, ele dormia igual a um anjo, ou pelo menos fingia dormir.

- Viu! Pisquei para ela e a mesma riu baixo, me deu um beijo na testa e foi para meu quarto. Entrei no de Brooke e subi na cama tentando não fazer muito barulho.

Me deitei ao seu lado e me cobri, ao virar para o canto ele veio junto e me abraçou forte por trás.

- Não vai me dar um beijo? Me olhou e beijou meu pescoço, o que me fez arrepiar.

- Achei que estava dormindo! Ri e ele virou meu rosto devagar, fazendo-me olhar para ele. Me deu um beijo lento e eu retribuí.

Ele era tão carinhoso comigo, eu gostava daquele cara protetor que estava disposto a me ver feliz. Finalizei o beijo e me virei.

- Boa noite! Sussurrou em meu ouvido apoiando sua mão sobre minha barriga, e então dormi toda sorridente.

O PadrastoWhere stories live. Discover now