Julgamento

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CAPÍTULO HOT. +18

***

    Estava eu, no tribunal, ao lado de meu advogado, e Brooke na fileira de cima como testemunha. Estávamos esperando somente o veredicto do juiz para ir embora. Brooke tentou puxar algumas palavras, mas eu somente sofria estando ali, o vendo.

- Diante de todo o júri, o acusado Matheus Mendes, é culpado, por sequestro, cárcere privado, violência sexual, e violência fisica, contra a vítima Amanda Miller, pegando 17 anos de prisão, 10 em regime fechado e 7 em regime semi-abero, tendo que cumprir serviços comunitários neste período.

    Suspirei aliviada, sabendo que aquilo teria acabado, e que agora eu poderia ser uma mulher livre, sem ter que ficar me escondendo por aí, de um maníaco sem coração como o Matheus, que neste momento me olhava com uma cara de quem queria me decapitar em pequenos pedaços e me jogar ao mar (ok, fui muito específica nisso).

    Agradeci ao advogado pelo seu ótimo trabalho apesar da demora, e me retirei da sala. Estava disposta a ir embora quando senti um puxão. Olhei e era Brooke, segurou em meus dois braços e não me deixou ir, olhando diretamente em meus olhos.

- Precisamos conversar Amanda! Me encostou em um canto onde ninguém podia nos ver.

- Não temos nada para conversar Brooke, você mentiu para mim. Isso nao tem perdão.

- Nós temos uma filha, o Arthur. Eles também são meus filhos, você não tem direito de os separar de mim.

- A partir do momento em que você e deixou na Itália, parir sozinha, não ter sequer ido conhecer a sua filha, você não tem direito nenhum sobre eles! O olhei com raiva.

- Você não tem esse direito, eu vou entrar em um processo pela guarda deles, e aí veremos quem tem mais direitos.

- Se é isso que quer, veremos quem realmente tem direitos sobre eles Michael Brooke! Me soltei dele e saí andando quando ele me puxou novamente.

- Amanda eu não quero isso! Passou as mãos em meu rosto e por um minuto quase cai sob seus encantos.

- Você ta namorando, é noivo ou sei lá o que! Então, por favor, me deixa ser feliz. Sai correndo com lágrimas nos olhos, e peguei o táxi que já estava me esperando. As crianças haviam ficado na casa de Laura com a mesma.

    Laura estava noiva, daquele mesmo menino que havia me comunicado antes de eu ir para a Itália. Essa uma semana que estive aqui, acho que Guilherme tem ligado todos os dias, e acho que já está na hora de voltar para sua casa, para onde eu disse que não voltaria.

- Se comportaram bem? Perguntei a Laura e peguei a Clara no colo beijando sua testa.

- Sim, muito bem! Sorriu.- E lá no tribunal como foi? Me fez sentar e se sentou ao meu lado.

- Matheus foi condenado. 17 anos de prisão. A olhei desanimada.

- E por que essa cara? Deveria esta feliz, e não assim, abatida. Aconteceu algo lá, no tribunal?

- Não, quer dizer, aconteceu. O Brooke... Abaixei a cabeça.- Estava la. Eu não queria ter o visto, voltarei amanhã mesmo para a Itália. A olhei.

- Não acha que está tomando medidas muito precipitadas? Pegou em minha mão desocupada.

- Não amiga, eu preciso ser feliz, tenho que ir antes que ele entre com o processo contra a guarda das crianças;

- Ele te disse isso? Me olhou preocupada.

O PadrastoWhere stories live. Discover now