3Cap

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Maju Narrando:
Acordei com a Fla me cutucando tentando me acordar, mas não queria nem abrir o olho e nem levantar.
Fla: Amiga, acorda que seu pai tá furioso e eu tenho que ir p casa antes que minha mãe endoide de vez.- Olhei pra Fla e coloquei a almofada na cara.
-to indo, pode ir.- disse a ela apontando p porta.
Fla: ok, mais tarde apareço aqui.
Eu tava cansada, e já eram 4 horas da tarde, me levantei, tomei banho, fiz minha higiene, coloquei um shortinho curto desfiado com uma blusinha, calcei minhas pantufas e desci. A Mari não tava aqui, hoje era sábado e ela ia embora mais cedo. Meu pai tava no sofá vendo tv.
-Oi pai.- disse p ele assim que desci e fui p cozinha, peguei uma maçã e sentei do lado dele, ele me olhou com uma cara de raiva e eu fiquei sem entender o pq.

Flávia Narrando:
Depois que o pai dela quase me bateu por ter levado a princesinha dele p morro ontem, eu decidi melhor ir p casa, pq já sabia o que ia rolar. Cheguei em casa e logo de cara meus pais tinham saído, como sempre me abandonam, fui pro meu quarto, enrolei um baseado e fumei, aquilo me aliava e me deixa tranquila por algumas horas e era ótimo p mim.

Maju Narrando:
Meu pai estava esperando que eu dissesse algo, mas não sabia exatamente o que ele queria que eu falasse.
Joaquim (pai): Filha, posso saber aonde você e a Flávia foram ontem a noite?.- ele desligou a tv e me olhou serio.
-fui p uma festa, como disse p o senhor ontem, pai.- ele se levantou e logo foi falando tudo o que tinha p falar.
Joaquim: Não minta p mim Maria Júlia, eu sei aonde você estava e sei que era na favela, não quero você em favela e muito menos envolvida com aquele tipinho de gente, você sabe mt bem que lá só tem marginal e eu não criei você pra isso.- ele me olhou com um olhar de raiva, por ter mentido p ele, meu pai odeia mentiras.
-mas pai, eu não fiz nada demais, eu apenas quer...- logo ele me interrompe.
Joaquim: QUERIA NADA, você está de castigo Maria Júlia, agora vai ser da faculdade pra casa e de casa p faculdade, vou colocar alguém p vigiar você, caso você minta de novo.- assim que ele terminou d falar, ele subiu com mt raiva e eu fiquei lá sentada, chocada com a reação do meu pai, ele nunca tinha levantado a voz p mim, quem contou p ele que eu fui p favela? como ele soube? fiquei pensando nisso até que decidi ir p ap da Fla, ele não ia me proibir d ir no ap da minha melhor amiga, que aliás, é do lado do meu.

Playboy Narrando:
Acordei cansado e muito cansado, não queria ir p boca, só queria dormir e dormir. Mas né, não posso deixar os mlks lá, caso aconteça alguma coisa na minha favela eu q sou o responsável, então logo me levantei, tomei banho e fiz minha higiene. Assim que terminei alguém entrou, era o Fernando, tinha encomendado p ele uma corrente de ouro puro c as iniciais da minha facção, e ele trouxe. Logo paguei p ele e não foi barato, mais o tráfico na minha quebrada rendia e muito, então dinheiro não era problema. Depois de pago o Fernando foi embora e logo fui p meu escritório, cheguei lá e já tinha fila p comprar as parada. Como sempre, o Daniel trouxe meu café da manhã, todo dia o Daniel trazia minha comida, não comia em casa pq não sabia fazer e preferia comer no escritório que é de baixo da boca.
Daniel: aquele baile ontem estralou ein mlk, fiquei até sabendo que tinha umas patricinha de Copa aqui.- ele falou enrolando o baseado dele e assim que ele falou " patricinhas ", lembrei logo da loirinha, da Maju. Parei de comer e coloquei a carreirinha de pó na mesa.
-é parceiro, o patrão aqui sabe organizar baile.- disse me gabando e ele saiu rindo. Depois de cheirar bastante, acabei ficando entediado e fui dar um role de moto pela quebrada, até que vi um certo tumulto na entrada da favela, fui lá p verificar e vi um homem alterado, parecia estar com raiva e logo me aproximei.
-o que tá acontecendo aqui?.- olhei pra os mlk da minha favela e em seguida olhei p homem.
xXx: coe patrão, o cara aqui tá dizendo q é pai de uma daquelas patricinha de ontem e quer falar com você.
-pq não me chamou porra? quer chamar atenção do povo daqui fazendo tumulto ? vai acabar chamando a atenção dos pm né bando d filho da puta.
Olhei p homem e perguntei..
-eai coroa, o que tu quer me falar?.

Joaquim: eu vim apenas dizer que se eu souber que minha filha Maju pisou nessa favelinha de merda, eu coloco a polícia aqui dentro atrás dela e vai acabar sobrando p vocês.- ele me fuzilava com os olhos. Ele era o pai da Maju e eu não esperava que o pai dela fosse um cara preconceituoso..
-Não tem que envolver polícia aqui não ô coroa, ela vem pq ela quer, ninguém obriga ela a vim e se tu colocar policia aqui na minha favela, tua filha vai tá fodida na minha mão.- apontei a arma p ele e ele parecia ficar com mais ódio ainda, abaixei a arma e sai, não sei se ele foi embora, mas depois dessa ameaça, tenho certeza que foi.

Maju Narrando:
Fui p ap da Fla e não vi mais meu pai. Assim que cheguei lá, ela me abraçou forte e eu chorei como uma criança, ainda bem que ngm estava lá p vê essa cena. Fui p o quarto dela e sentei na cama, ela ficou em pé olhando p mim com as mão na cintura.
Fla: amiga para, seu pai não vai te deixar de castigo sempre, ele vai voltar atrás, agora me conta as coisas d ontem pq eu não lembro de nada.- ela falou sentando do meu lado e limpando minhas lágrimas.
-claro né, você bebeu e derramou bebida no meu salto e foi péssimo.
Fla: só lembro da parte do gatinho de olhos verdes, aquele que tava na facu, lembra? ele é lindo demais.- finalmente eu ri da cara dela quando ela falou isso.
-ele é bonitinho.- sorri forçado p ela.
Fla: bonitinho? cê tá de zoas né amg? o cara é LINDO, mais perfeito não existe, eu sei que você gosta dele, seu olho brilha só de falar dele, amg eu te conheço.- e é verdade , ela me conhecia mt bem, no fundo, achava ele bonito e tal, mas não queria admitir isso a ela.
-que? tá louca?.- disse me levantando da cama e indo p janela.
Fla: Ah para amiga, você tá afim dele, pq não admite logo? é só pq ele é favelado e você é uma patricinha? qual foi Maju, deixa de preconceito.- nessa hora eu virei c uma cara de raiva.
-Não , não sou preconceituosa e quer saber? vou p meu ap que to vendo que já vou me stressar com você falando coisa errada ai.- logo sai do quarto dela e ela saiu atrás d mim.
Fla: Aaaah Maju, para c isso vai.- nem quis ouvir ela, bati a porta com força e fui pro meu ap, chegando lá não vi meu pai, então fui p meu quarto dormir, tava com dor de cabeça e não queria conversar com ninguém mais hoje.

Flávia Narrando:
Maju saiu daqui de casa alterada, acho que falei o que não devia, mas na moral, ela é mt metidinha, gosta do cara e fica de preconceito só pq é favelado, foi bom eu ter falado nisso, só assim ela pode se ligar e para de ser metida. Escutei um barulho de porta se abrindo, eram meus pais, corri p meu quarto e deitei na cama, peguei um livro qualquer e fingi estar lendo, só para parecer uma filha certinha, não demorou mt eu peguei no sono com o livro em cima d mim.

A Princesinha do Alemão • O1.Where stories live. Discover now