28Cap

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Maju Narrando:
Acordei no dia seguinte e o Playboy tava na cama dormindo, o que era um milagre. Já era meio dia, fui logo tomar meu banho e fazer minha higiene, peguei um vestido florido de seda que era lindo e uma sapatilha branca. Terminei de me arrumar por completo e fui atrás da Gabi, ela não estava em casa, sabe-se lá aonde essa menina dormiu. Desci e fui comer alguma coisa na rua, assim que sai de casa, dei de cara com a Flávia, ela sorriu e fui até ela.
-Como foi ontem?.- disse andando com ela até uma praça perto.
Fla: Daniel não sabe me ajudar bêbada, ele quase me deu uma queda, acredita?.- ela riu e logo chegamos na praça.
-Não sei o que vou fazer, acho que vou na casa do meu pai.- ela me olhou assustada
Fla: Você não pode, não pode mesmo, você escutou o que o Playboy disse.
-Escutei, mas ou eu me entrego ou isso continua até alguém morrer.- nesse momento o Daniel chega e a Flávia olha pra ele.
Daniel: O que aconteceu?.- parecia que ele já sabia o que se passava, só queria a confirmação.
-Nada, vou indo.- dei um beijo na testa da Fla e sai.
Fui até a frente do alemão, tinha os meninos na frente com armas, como sempre. Me aproximei e eles perceberam que eu estava ali.
-Vocês acham que a polícia entra aqui?.- disse olhando pra eles e eles me olharam.
XxX: Tá tirando onde com a nossa cara patroa? aqui verme não entra, se entra é tudo fuzilado.- ele disse levantando o fuzil e voltando ao " trabalho " e alias, patroa? de onde esse menino tirou isso?
Continue na frente olhando e decidi que iria visitar meu pai ou ligar pra ele. Voltei até em casa e o Playboy já estava acordado.
Playboy: Aonde você foi?
-Eu vou comer fora.- disse pegando o meu dinheiro na bolsa.
Playboy: Fora da favela? tá doida?
-Não.- assim que ia sair ele ficou na frente da porta impedindo minha passagem.
Playboy: Você quer se matar?
-Você quer me trancar aqui?
Playboy: Se for possível, sim.- dei as costas e me sentei no sofá, ele não podia me prender.

Playboy Narrando:
Maju não iria sair da favela por nada, ela acabou ficando com raiva e eu fui até ela. Antes que dissesse algo o meu celular tocou e era o Daniel.

(Ligação)

Daniel: O pai da Maju tá na frente do morro e com os policiais.
-Cadê os mlks?
Daniel: Tão lá conversando, mas o pai dela disse que só saia daqui com a Maju.
-Vo descer, me encontra lá em 10 minutos.

(Ligação finalizada)

Não acredito, era só o que me faltava, o pai dela não iria levar ela daqui.
-Vou sair, fica aqui, não sai por nada- disse pegando a pistola em cima da mesa e colocando na cintura, abri a porta e ela ficou calada apenas me olhando.
Desci até o alemão e logo encontrei o Daniel. Cheguei na frente do morro e os policiais filhos da puta estavam lá com um dos mlks que trabalham pra mim como refém.
Joaquim: Eu quero a minha filha aqui e agora.- ele disse me olhando e eu olhei pro Daniel.
XxX: Solta a menina e nada acontece.- disse um dos policias que com certeza criou isso tudo com o pai da Maju.
-Vocês tão pensando que ela tá presa aqui é? ela veio pq ela quis doutor, ninguém obrigou a nada.- nessa hora a Maju aparece do meu lado, olhei pra ela e ela olhava pro pai.
Maju: Pai

Maju Narrando:
Estranhei o comportamento do Playboy e segui ele, ele desceu até a entrada da favela e me deparo com meu pai e uns policiais na frente. Desci e fiquei do lado do Playboy. Assim que meu pai me viu ele abriu um sorriso e seus olhos encheram de lágrimas e logo os meus também fizeram a mesma coisa.
-Pai.- disse do lado do Playboy e ele me olhou.
Playboy: Eu pedi pra você ficar em casa Maju.
-Pai tudo bem, tira esses caras daqui.- disse apontando p os policiais
Joaquim: Filha volta comigo, por favor, me desculpa pelo o que eu fiz
-Pai solta o menino.
Joaquim: Vai ser uma troca, ele por você.

Playboy Narrando:
Ele não ia levar a Maju daqui e eu não ia trocar ela por nada. Cheguei mais pra trás enquanto a Maju conversava com o pai, Daniel me olhou e fiz um sinal para ele ir pra trás também.
-Tá pronto?.- disse baixinho pra ele
Daniel: Maju tá aqui Playboy, vai fazer isso mesmo?
-No primeiro eu coloco ela atrás de mim e aí tu tira ela daqui que eu e os mlks terminam.
Daniel: Beleza
Voltamos a ficar do lado na Maju e olhei pro Daniel que balançou a cabeça com um sim. Peguei a pistola e atirei no polícia que tava com o mlk de refém, empurrei a Maju pra trás e os policiais logo começaram. Daniel tirou a Maju dali e os mlks já tava na atividade.

Maju Narrando:
Playboy deu o primeiro tiro e me empurrou pra trás, logo o Daniel me tirou dali pra um lugar seguro.
-Não, meu pai.- gritei pro Daniel e bati nele, porém ele era mais forte e não deu pra se soltar, até que ele vacilou e eu corri até meu pai no meio dos tiros.
-Paaaaaai.- disse gritando e quando reparo o meu pai não está mais ali.
Playboy: Maju sai daqui.- ele disse ainda atirando.
Fiquei tentando achar meu pai até que o Playboy se virou pra olhar aonde eu tava e quando menos espero ele cai no chão sangrando. Assim que eu vi eu não acreditei, Daniel correu e acabou colocando todos os policiais pra correr. Fui correndo até o Playboy que perdia muito sangue, acertaram ele no braço e na perna.
-Playboy por favor, não morre, não morre.- disse chorando e Daniel correu pra pegar um carro e levar o Playboy até um hospital.
Logo o Daniel chegou e colocou ele dentro do carro, me sentei atrás com ele que não conseguia falar nada.
-Por favor Playboy, não fecha os olhos, não faz isso comigo.
Daniel correu muito até que chegamos no hospital, minha roupa estava toda ensangüentada. Logo levaram ele pra dentro e eu não pude acompanhar ele. Acabei chorando nos braços do Daniel.
-Ele vai ficar bem, não vai?.- disse olhando pro Daniel ainda chorando e logo a Flávia chegou, me afastei do Daniel e abracei.
Fla: Amiga vai ficar tudo bem.- me afastei dela e me sentei.
Eles tentaram me acalma mais foi em vão. Logo a notícia se espalhou na favela e a Gabi apareceu. Daniel foi falar com ela enquanto a Fla estava comigo o tempo todo do meu lado. Fiquei a tarde toda com a roupa todo suja de sangue, alguns me olhavam com nojo por estar vestindo aquilo, mas não liguei. Fiquei até a noite naquele hospital, a Fla e o Daniel tinham ido em casa pra comer alguma coisa e a Gabi estava comigo. Logo um médico chegou.
Médico: Vocês duas são da família do Thiago?.- eu e Gabi balançamos a cabeça com um sim.- Ok, me chamem de Bruno, sobre ele, ele está bem, já está acordado, a bala não foi tão profunda e ele disse que queria ver uma menina chamada Maju, qual de vocês é a Maju?.- olhei pra Gabi e ela apontou pra mim, logo ele me levou até o quarto do Playboy.
Ver ele naquele estado foi horrível, ele tava no soro e tinha mil aparelhos no corpo dele. Me aproximei e assim que ele me viu ele sorriu.
-Me desculpa, se não fosse por mim, você estaria no alemão sem nenhum ferimento.
Playboy: O médico disse que vou poder sair daqui logo, não se culpe.- ele disse pegando na minha mão e logo a Gabi entrou.
Gabi: Você está melhor? acho melhor vocês sairem da favela por enquanto.- logo o Daniel e a Flávia chegaram.
-Pq sair do alemão?.- perguntei olhando pra Gabi.
Daniel: É uma boa, os policiais vão querer invadir atrás de você e o Playboy não pode fazer esforço.
Playboy: Tá maluco Daniel? eu não posso sair da favela assim.- logo o médico entrou.
Bruno: Legal vocês todos estarem aqui, Thiago vai receber alta amanhã se tudo estiver ok, mas não pode fazer nenhum esforço, ele deverá descansar e se sentir alguma dor, tragam ele de volta imediatamente, alguma pergunta?.- ninguém falou nada e ele saiu.
-Vamos ficar fora da favela.- eu disse olhando pra cada um e principalmente por Playboy que me olhou feio.

A Princesinha do Alemão • O1.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora