6Cap

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Flávia Narrando:
O Playboy sendo fofo, ofereceu para deixar a Maju em casa, no fundo, eu sabia que ela queria aceitar, mas só pq ele é favelado e pelo preconceito dela, ela iria recusar. Então, não pensei duas vezes em interromper ela e pedir para que ele levasse ela, me afastei logo antes que alguém falasse algo, fui pro meu carro, fiz questão de passar por ela com o vidro abaixado e dando xau, ela parecia estar furiosa, mas ela iria me agradecer mais tarde.

Maju Narrando:
A Flávia me deixou ali e eu queria apenas matar aquela vadia.
-Então né, vamos?
Antes que ele pudesse responder, o celular dele tocou e ele se afastou pra atender. Fiquei uns minutos longe dele, deu tempo de mandar uma mensagem pra Fla.
"FLÁVIA NASCIMENTO, VOCÊ IRÁ MORRER ASSIM QUE EU CHEGAR EM CASA."
Assim que enviei o Playboy voltou com o celular na mão.
Playboy: Vou te levar pra casa, mas antes vou passar no morro pra resolver uma coisa importante, tem problema?.- assim que ele disse isso, me lembrei que eu tenho que matar a Flávia duas vezes, uma morte lenta e dolorosa.
-Morro?.- disse olhando pra e ele fez que sim com a cabeça. - Não é perigoso?
Playboy: Não Maju, eu sou o dono de lá e você comigo ninguém mexe.- depois que ele disse isso, me senti segura com ele, então decidi ir..
-Ok, vamos.
Ele subiu na moto e meu deu o capacete, ele colocou o dele e me olhou rindo, eu tava toda enrolada, não sabia colocar aquilo, não tinha nenhuma ideia de como colocar isso.
Playboy: Quer ajuda?.- disse ele estendendo a mão para que eu desse a ele o capacete, não pensei duas vezes e dei, ele colocou e em seguida sorriu pra mim.
Subi na sua moto e segurei forte nele, o morro era longe da minha faculdade, mas, não demoramos 20 minutos.

Playboy Narrando:
Os malotes de arma chegaram no Alemão e o Daniel me ligou, ele não dava conta de tudo aquilo e não sabia como dividir, então tinha que ir lá o mais rápido possível, levei a Maju sabendo que se o pai dela descobrisse eu seria um homem morto. Cheguei no Alemão e ela desceu olhando aos redores da favela, tirei meu capacete.
-Não vai tirar o capacete?.- perguntei e ela me olhou rindo, veio pra perto, tirei o capacete e mesmo com o cabelo desarrumado, ela continuava linda.
Nossos olhares se cruzaram mais uma vez, até que coloquei uma mecha do seu cabelo rebelde para atras da sua orelha, peguei ela pela cintura e a puxei para mais perto de mim, nossos corpos se colaram, senti sua respiração cada vez mais perto, até que ela se afastou.

Maju Narrando:
Não tava certo o que a gente tava fazendo, ele é favelado e eu tenho um futuro brilhante pela frente, me envolver com ele poderia ser perigoso, poderia engravidar aos 20 e ele poderia me matar e não queria isso para a minha vida, então me afastei.
-Não ta certo isso, desculpa.- ele não reagiu, apenas escultou e permaneceu calado.
Ele deixou a moto lá e foi subindo, não sabia para onde ele iria e o que ele ia fazer aqui, então segui ele, mesmo não me chamando.
-Você tá com raiva?.- disse parando na frente dele.
Playboy: Não, não vou forçar nada, faça o que tem vontade.- ele me respondeu e desviou de mim, continuou subindo e eu fiquei lá sozinha.
Decidi ir embora, fui descendo sozinha mesmo, algumas pessoas ficavam me olhando feio ou falando alguma coisa, mas, não prestei atenção.

Playboy Narrando:
Depois da Maju ter se afastado, fiquei chateado, eu pensei realmente que ela sentia alguma coisa por mim, mas pelo visto, não sentia nada. Assim que percebi que ela não tava mais me seguindo olhei pra trás, ela tava descendo o morro sozinha e não queria deixa-la ir embora, mas a decisão foi dela. Nunca devia ter começado a sentir alguma coisa por ela, queria ela comigo, queria ela do meu lado, mas já devia ter adivinhado que ela é igual ao seu pai, cheio de preconceitos, devia ter me afastado desde o começo.

A Princesinha do Alemão • O1.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora