30Cap

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Playboy Narrando:
Fiquei puto com aqueles mlks falando coisa pra Maju, se eu ainda estivesse lá, eles estariam mortos a essa altura.
-Eu não tenho medo de nada Maju, já passei por coisas piores e aquilo não é nada.- disse passando por ela e subindo até o quarto.
Tava com dor de cabeça e meu corpo doía, teria que dormir. Assim que entrei no quarto, ela entrou e eu me deitei.
Maju: A gente não vai comer?.- ela disse colocando as coisas na cama e me olhando.
-Pede uma pizza, não to bem.
Maju: E ainda queria brigar com aqueles meninos, o que você tem?.- ela logo se sentou perto de mim.
-To com dor de cabeça e meu corpo dói.- ela me olhou sério.
Maju: Tudo bem, fica aqui e não sai por nada, vou tomar um banho e depois peço uma pizza p a gente comer.

Maju Narrando:
Fui pro meu banho e demorei um pouco pq tive que lavar meu cabelo. Terminei e assim que cheguei no quarto o Playboy tava dormindo, abri minha mala com o maior cuidado para não acordar ele e peguei um vestidinho de alça rosa com detalhes brancos, vesti rápido e peguei minha havaiana, meu cabelo ficou molhado, mas como ele já é liso, quando ele secar eu do um retoque nele. Desci e peguei uma das agendas telefônicas que tinha na sala, logo achei o número de uma pizzaria, liguei e pedi uma pizza. Como ia demorar, liguei a tv e fiquei assistindo quando vejo no noticiário.
" Jovem acusado de matar a sua própria mãe em São Paulo, foi preso hoje a tarde em uma operação na favela Heliopolis, o dono da fava também foi preso, ele é chamado de Enzo... "
Vi a foto da minha tia e do meu primo na tv, me senti aliviada em saber que ele foi preso e aquele Enzo também. A única parte ruim, lembrei da minha tia e do quanto ela era boa e não merecia isso, espero muito que o Kauã apodreça na cadeia, ele merece isso e mais. Fiquei pensando nisso e logo a companhia tocou, fui atender e era o cara da pizza, peguei o dinheiro e entreguei pra ele que logo foi embora. Fechei a porte e coloquei a pizza na mesa, subi pra vê se o Playboy tava acordado e para o meu azar, ele ainda dormia.
-Ei, acorda.- disse cutucando ele, logo abriu o olho.
Playboy: O que foi?.- ele me perguntou fechando o olho de novo.
-A pizza chegou, você tá melhor?
Playboy: As dores passaram.
-Vou trazer a pizza aqui.- disse saindo do quarto e indo até a cozinha, peguei a pizza e subi, o Playboy já estava sentado na cama.
Playboy: Obrigado Maju.- ele disse abrindo e tirando uma fatia da pizza, sorri e fiz o mesmo.
Acabamos logo e eu coloquei a caixa na mesa, amanhã tirava, já era 6hrs da noite. Subi e o Playboy tava arrumado, olhei pra ele estranho.
-Pra onde você vai?.- ele me olhou rindo.
Playboy: Pra onde a gente vai, vamo dar um role por Recife.
-Você precisa desencasar,tava sentindo dor, amanhã a gente conhece.- disse me sentando na cama.
Playboy: Eu to bem, vamo, vai se arrumar, daqui a 2minutos eu subo.- ele disse saindo e fechando a porta.
Se ele disse que tá bem né, uma voltinha na praia não ia ser ruim, aliás a gente ia voltar cedo. Fui tomar meu banho, sai e pranchei meu cabelo, usei o babyliss nas pontas, fiz uma make básica, para minha sorte, minha mala já estava aberta, então peguei um short preto desfiado não muito curto e uma blusa de manga longa de seda branca, coloquei alguns acessórios, peguei minha sapatilha branca com detalhes preto e desci.
-Se você sentir alguma coisa, a gente volta.- disse descendo e assim que ele me viu ele sorriu.
Playboy: Tu é linda, sabia?.- ele disse se aproximando e me dando um beijo calmo, acabamos com um sorriso e um selinho logo depois, ele pegou na minha mão e saímos de casa.
Fomos até o calçadão e tinha muita gente, afinal era sexta.

Playboy Narrando:
Tava andando com a Maju no calçadão até que um cara parou a gente, ela me olhou assustada e eu não reconhecia.
XxX: Pô Thiago, não lembra de mim?.- eu realmente não o reconhecia.
-Não.- disse sério e a Maju apertava mais minha mão.
xXx: Lembra daquele menino que brincava com tu no alemão? de pipa, Wallace.- olhei pra ele e finalmente lembrei.
-Como tu lembrou de mim parceiro?.- disse abraçando ele.
Wallace: De infância né mlk, tu tá fazendo oq na minhas áreas?.- disse enquanto eu me afastava e pegava na mão da Maju de volta.
Wallace foi um dos primeiros amigos que eu tive na infância, nossos pais eram amigos também, porém os pais dele foi embora e eu acabei ficando sozinho, não tive mais notícias dele.
-To de bobeira, tuas áreas?
Wallace: Claro né mlk, essa é tua mina?.- ele disse olhando pra Maju.
-É.- a Maju sorriu pra mim.
Wallace: Tá bem ein Thiago.
-Tu mora aqui?
Wallace: Sou sub do Coque.- olhei pra ele estranho, não sabia o que era isso.
-Isso é o que?.- ele riu.
Wallace: Tá parceiro, é uma favela aqui, depois te levo lá pra conhecer.- a Maju apertou minha mão e me olhou como se quisesse ir embora.
-Ah, depois eu apareço lá, vo dar um rolé e a gente se vê.
Wallace: Certo, qualquer coisa aparece lá no Coque.- ele disse e eu balancei a cabeça com um sim, logo sai.
Até ele se tornou sub dono de um morro, percebo agora que não só fui eu que entrei nessa vida.
Maju: Ele não parece ser uma pessoa legal.- ela disse enquanto andávamos.

Maju Narrando:
Não gostei do amigo do Playboy, ele parece fazer mais coisa errada do que o Playboy fazia ou fez.
Playboy: Pq? aquele é das antigas.
-As pessoas mudam.- ele me olhou.
Playboy: Vamo pra casa, já tá na hora.- olhei feio pra ele.
-A gente nem andou direito. vamo beber uma água de coco.- disse apontando pra um lugar onde vendia, ele não falou nada e eu puxei ele até lá.
Pedimos duas e sentamos em uma mesa, não queria acabar com a nossa saída e não queria ir pra casa. Logo o garçom chegou com o nosso pedido, colocou na mesa e saiu.
-Não quero mais ir embora daqui.- disse bebendo a água de coco.
Playboy: Eu quero, aqui não é o meu lugar.- olhei pra ele e fiquei calada.
Ficamos calados até terminar, ele se levantou e eu também. Tava com raiva, ele sempre estraga tudo, na volta ele tentou pegar na minha mão, mas me soltava.
Playboy: Qual foi Maju?.- ele disse parando na minha frente.
-Nada, quero ir pra casa.- disse me desviando dele, porém ele me puxou pelo braço um pouco forte.
Playboy: O que eu fiz agora?.- ele disse ainda apertando meu braço devagar.
-Tá doendo.- disse olhando pro braço e ele me soltou.
Playboy: Desculpa, mas eu não quero ficar nesse clima com você.
-Se você não quer ficar assim comigo, vamo logo pra casa.- disse me desviando dele mais uma vez e andando até em casa, ele veio atrás, não muito longe.

A Princesinha do Alemão • O1.Onde histórias criam vida. Descubra agora