Capítulo 56

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Malu: Você não ama nem a si mesmo, PH
Ele não respondeu. Não me xingou, não levantou e saiu com raiva. É, a morte da Isa havia mesmo deixado o PH abalado
PH: Olha pra mim?
Minha mente dizia que não, mas meu coração gritava para que eu o olhasse, minhas mãos estavam frias só em pensar em ter o meu rosto perto do dele.
Não resisti e me virei, ele apenas me olhava. Sentia sua respiração se misturando com a minha
PH: Você é tão linda. Porr*, não tem como dizer não pra você
Ele selou nossos lábios e eu retribui. Era ele. Eu sabia, mesmo que não quisesse aceitar, era o homem que eu amava, que fazia meu coração disparar.
Ele parou o beijo e me abraçou. Passamos o resto do dia assim e eu não reconhecia mais o dono do morro que me maltratava e já me fez tão mal. Mesmo sabendo que era errado, eu queria arriscar, queria ele só pra mim.
No dia seguinte
O pior momento chegou, o dia de enterrar o corpinho da Isa :'(
Eu estava ao lado do PH, que usava uma roupa preta e óculos escuros. Os óculos, claro, serviam para esconder seu rosto inchado. Resultado de uma noite longa, que ele passou no meu colo chorando. Pela primeira vez ele não se fez de forte, não na minha frente.
Chegamos na capela onde o corpo da pequena estava antes de ser levado para o cemitério.
Quando a vi naquele caixão, congelei. Acho que foi naquele momento que a ficha caiu, eu não a teria mais comigo. Nunca mais poderia senti-lá, nunca mais ia ouvir ela me chamar. Fui andando devagar até seu caixão, ela usava seu vestido preferido. Suspirei e preferi pensar que ela estivesse apenas dormindo e logo acordaria e eu ouviria mais uma vez, ela da forma mais meiga dizer que ela me AMAVA.

Uma Patricinha No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora