Capítulo 174

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Acordamos tarde no dia seguinte. Cocei os olhos e olhei no iPhone, 12:35.
Senti minha barriga roncar. E agora? Almoço ou café da manhã? Olhei para o lado e PH não estava mais lá. Me levantei preguiçosamente e fui até o banheiro. Tomei um banho, fiz minhas higienes. Fui até meu closet e coloquei um vestido soltinho, uma rasteirinha e prendi o cabelo em um coque. Estava passando um pó no rosto quando sinto um cheiro horrível de queimado. E logo, o detector de fumaças começa a apitar. Droga! O que está acontecendo?
Desci as escadas correndo e quando chego na cozinha, tenho uma ataque de risos.
PH estava com algo queimado em mãos, os detectores de fumaça estavam dando um banho nele e ele resmungava enquanto tentava achar um botão que desligasse aquilo.
Malu: O botão verde, perto do balcão.
Ele apertou e logo, a água cessou. Eu ainda ria da situação.
Malu: O que aconteceu aqui?
PH: Eu queria fazer um almoço pra você, mas enquanto eu cortava a salada, essa porcaria de carne queimou! - ele rosnou -
Malu: Tudo bem amor. Agora vamos limpar essa bagunça.
PH: Precisamos limpar agora? Eu tô morto de fome! Vamos em um restaurante? Na volta limpamos tudo.
Rendida pela fome, aceitei ir. PH pegou sua carteira, entramos na minha Mercedes e fomos. Comemos em um ótimo restaurante, estava tão cheia e feliz. Estava ansiosa para chegar em casa e ver minha menininha. Já estava morrendo de saudades dela.
PH dirigia, conversávamos animadamente sobre os preparativos para o casamento, paramos em um sinal vermelho, quando um jovem de quinze anos mais ou menos passava pela faixa de pedestres, um carro acelerou ultrapassando o sinal vermelho e o atropelou.
Malu: Droga! -Abri a porta do carro e desci, vi PH fazendo o mesmo -
Uma pequena multidão se formava em volta do menino.
PH: Abram caminho, eu sou médico!
Olhei para o PH com uma cara de surpresa, uma enorme interrogação se formava em mim. Médico?
PH: Amor, ligue para o resgate.
Sai dos meus devaneios e disquei o número do resgate.
Malu: Por favor, um jovem acaba de ser atropelado em Ipanema!
Passei todas as informações e desliguei. Fiquei olhando o PH, ele sabia mesmo o que estava fazendo.
PH: Venha, Maria. Segure a cabeça dele, assim. Isso.
Ele sabia tudo o que deveria fazer. Eu estava concentrada em ajudar o jovem, mas na minha cabeça, ecoava um: "Eu sou médico". Em alguns minutos, o resgate chegou.
xxxxx: O senhor é médico? - um cara do resgate perguntou ao PH -
PH: Quase isso - ele sorriu de lado -
xxxxx: De qualquer forma, obrigado. Nos ajudou muito com esse rápido atendimento.
PH sorriu em resposta, eles pegaram o garoto e levaram dali. Entramos novamente em nosso carro e fomos a caminho de casa em silêncio.
Chegamos em casa e mamãe e Laura já estavam lá. Nos abraçamos e eu quis agarrar um pouco a minha gordelícia.
Percebi que PH discretamente subia as escadas. Pedi licença a mamãe e subi atrás. Quando eu abro a porta, ele estava deitado na cama.
Laura: Papa, papa, papa!
PH: Oi minha gordinha! - ele a pegou no colo e começou a brincar com ela -
É, a nossa conversa terá que ficar mesmo pra depois.

Uma Patricinha No MorroWhere stories live. Discover now