Capítulo 161

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Cheguei na casa da Malu e estacionei o carro na garagem. Desci e quando estou entrando, Flávia estava saindo, provavelmente pro trabalho. Dei um "bom dia", mas ela nem pra minha cara olhou. Ué, velho. O que eu fiz? Perua maluca, eu heim -.-
Subi as escadas e Malu ainda estava dormindo, estava com o rosto vermelho e inchado, como se tivesse chorado. Será que aconteceu algo? Talvez ela e a Flávia tenham tido uma briga.
PH: Malu? - beijei sua testa - Acorda, preguiçosa!
Ela se mexeu um pouco, bocejou e coçou o olho. Assim que me viu ali, sua expressão mudou, parecia com raiva.
Malu: O que você está fazendo aqui? SOME! EU NÃO QUERO TE VER!
PH: Para de gritar, krl. Tá maluca? O que eu fiz, merda?
Malu: Você ainda pergunta? - vi seus olhos brilharem com as lágrimas -
PH: Olha Malu, tudo bem que você esteja chateada por eu não te levar na favela, mas está exagerando, querida.
Malu: QUERIDA? ME POUPE!
Ela se levantou transtornada, eu realmente não sabia o que estava acontecendo.
Malu: Você realmente me fez acreditar que estava mudando! Você é tão cretino, eu te odeio tanto, tanto, PH! - vi duas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, mas ela logo tratou de limpá-las -
Meu coração se apertou quando percebi que mais uma vez eu estava a fazendo chorar. Droga, porque mesmo quando eu tento fazer a coisa certa, eu erro?
PH: Vem cá, não chora. - disse puxando ela pra perto -
Malu: Me solta! Não encosta em mim. A pior coisa que eu fiz na minha vida foi ter te perdoado. Eu não quero nunca mais olhar pra você.
Fiquei ali, estático, paralisado. Aquilo doeu em mim. Foi como um soco na cara. Na verdade, eu preferia que ela me batesse a me tratar assim. É que as palavras machucam mais que uma agressão física.

Uma Patricinha No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora