Capítulo 183

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Verônica: Tem algo em sua garganta, querido? - perguntou debochada -
PH: Qual é, Verônica? Não é você que sempre fala em educação? Perdeu a sua no caminho até aqui?
Verônica: Você que devia ensinar educação pra ESSA ai, favelada não sabe que antes de se casar, tem que pelo menos... Ela foi cortada por várias câmeras sobre nós, era a imprensa
Jornalista: E então, hoje é o casamento de uma musa de Copacabana, de uma legítima Dornelles, como está se sentindo?
Malu: Estou muito feliz, obrigada.
Jornalista: E os trabalhos como modelo? Vão ser interrompidos?
Malu: Por um tempo, sim! Mas pretendo voltar em breve!
Jornalista: Ok minha musa, obrigado! Bom casamento pra você!
Malu: Bom casamento pra gente! Pode entrar, querido! Divirta-se
Ele me deu um rápido abraço e entrou para o salão de festas.
Verônica: Oh, minha querida! Você é uma Dornelles? Me perdoa, eu..
Malu: Foda-se
Sai andando deixando aquela idiota pra trás. Sério, hoje é o meu dia e eu não vou deixar NINGUÉM tirar o meu brilho.
PH: Maria, espera!
Esperei, mas estava nervosa. Sério que a gente ia brigar no nosso dia?
Malu: Olha, PH, é sério. Eu sei que é a sua mãe, mas viu como ela me tratou? Qual diferença faria se eu não tivesse um sobrenome de família nobre, que diferença faria se eu tivesse nascido mesmo na favela? Isso não me faria inferior a ninguém, assim como, ser uma Dornelles não me faz superior. - desabafei logo, acho que se eu não falasse, ia explodir -
Para minha surpresa, PH me abraçou forte.
PH: Que bom que tenha percebido isso, que bom que seus pensamentos mudaram. Acho que eu não fui o único a deixar coisas ruins de lado. - o abracei forte - Eu não penso como ela, não se preocupe. Nem minha mãe e nem mais ninguém vai atrapalhar o nosso caminho. Eu prometo. - ele beijou o topo da minha cabeça -
1 mês depois.
Isa: Uaaaau! Mãe, pai! Essa é a casa mais linda que eu já vi na minha vida! Parece um castelo de princesas!
PH: Mas é, querida. O castelo das três princesas mais lindas do mundo. Sabe quem são?
Isa: Siiim! Eu, a mamãe e a Laurinha.
PH: Isso mesmo!
Isa: Você fez o que eu pedi? Eu não quero dormir longe da minha irmãzinha. Eu tenho que cuidar dela pra sempre!
Eu sorri boba. Era incrível a sintonia que aquelas duas tinham. A Isa sempre fazia questão de me ajudar em cuidar da irmã e Laura amava toda atenção e sempre fazia dengo.
PH: Claro, meu amor. Vai lá ver o quarto de vocês!
Isa: Vem Laulau, vamos explorar o nosso castelo - ela agarrou na mão da pequena e as duas saíram em passinhos apressados -
Eu estava um pouco nervosa, era um país diferente, eu não tinha minha mãe ou Margareth para me ajudar e meu irmão, estava longe também.
PH: Não se preocupe, vamos conseguir nos adaptar bem. - me abraçou, como se soubesse o que meu silêncio representava -
Sim, eu espero que agora tudo dê certo.
Você deve estar perguntando, como conseguimos chegar até aqui, sendo que somos foragidos da polícia.
Fácil! Se você tem dinheiro, no Brasil, você manda! Você consegue se livrar da lei muito fácil!
Como? Digamos que "molhamos" as mãos de algumas pessoas importantes para dizer que o PH e sua fiel foram encontrados mortos após uma briga de facções. Voltaríamos após a poeira abaixar, e então, já terão nos esquecido.
Afinal, quem suspeitaria que um médico e uma musa de Copacabana seriam envolvidos com o tráfico?
A ficha do Diego Sanchez, continuava impecável, sem uma passagem pela polícia. Seria fácil enganar esses trouxas, bem fácil.

Uma Patricinha No MorroWhere stories live. Discover now