Eu sabia que ele estava com a razão. Eu tava deixando o morro de lado e isso estava começando a me incomodar.
Me afastei do pagode, e peguei meu celular rapidamente no bolso. Disquei os números rápido e liguei para Malu. No terceiro toque ela atendeu.
Malu: Oi, fala - disse seca, certeza que putinha por eu ter saido de lá daquele jeito -
PH: Vou ficar por aqui hoje.
Malu: Ok - e desligou -
Por que a Malu tem que ser tão mimada? Tô sem paciência hoje para as palhaçadinhas dela.
Subi para o pagode um pouquinho, aproveitar né ;) Fiquei olhando uma gatinha muito top, ela usava um micro short jeans e um top estampado. Sambava olhando pra mim, virava aquele rabão enorme pro meu lado e ria safada. Droga, seja forte, PH!
Lembrei que a Malu estava muito infantil e por um instante deixei meu lado putão e vingativo falar mais alto, e cheguei perto daquela morena da bunda grande kk
Ela sorriu vitoriosa e passou seus braços pelo meu pescoço. Retribui com um sorriso malicioso e ela se aproximou para me beijar. Mas veio o perfume da Malu, um bem falsificado, mas era o dela! No mesml instante me afastei com dois passos para trás e a garota ficou me encarando com uma cara de quem não estava entendendo nada. Olhei em volta e os olhares da favela estavam em nossa direção. Mordi o lábio, peguei essa mania da Maria.
Merda, Maria! Some da minha mente! Sai andando dali empurrando todo mundo e fui para minha casa. Tava cansado disso tudo. Cheguei em casa, abri a porta e subi as escadas, estava com a cabeça a mil.
Quando abri a porta do meu quarto, tive uma surpresa.
PH: O que cê quer aqui?
