Capítulo 171

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Três meses depois.
Três meses foi o meu tempo de "descanso". O tempo que eu levei longe de todas as brigas e confusões do morro. O tempo que eu pude dedicar mais a minha família. O tempo que levei para tomar coragem, para fazer algo que está prestes a acontecer. Hoje é um dia extremamente importante pra mim. Minhas mãos estão suadas e trêmulas, estou impaciente, ansioso e feliz.
Estou fazendo algo que jamais imaginei fazer. Sinceramente? Nem eu acredito que eu vou mesmo fazer isso!
Olhei o relógio pela milésima vez, agora é a hora! Espero que tudo dê certo!
Peguei meu celular, e digitei uma mensagem para Gabriela.
PH: Tá na hora! Que dê tudo certo ;s
Gabriela: Relaxa, VAI dar certo! Ela não desconfia de nada! Vou dar o primeiro passo agora. Fui!
(Malu narrando)
Hoje eu sai bem tarde da agência. Estava cansada, mas com uma paz incrível! Fui andando para pegar meu carro, quando ouço Gabriela me berrando.
Gabriela: Espera, tenho que te entregar uma coisa! Vou pegar na minha bolsa.
Malu: Ok!
Fiquei em frente a agência esperando, sentia uma brisa bem leve e a noite? Estava maravilhosa. O céu estrelado e uma lua cheia que me deixava sem fôlego.
Em poucos minutos, Gabi volta, com um cartão vermelho em mãos.
Malu: O que é, Gabi?
Gabi: Leia no carro! - ela me abraçou forte e entrou novamente na agência -
Ué, que estranho. Resolvi fazer o que ela falou, andei até meu carro, e assim que entrei, abri rapidamente o cartão.
" Esses dias, li em algum lugar por aí que: "O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforma no melhor que podemos ser". E acho que essa é a frase da minha vida! Eu mudei, estou em um período de mudança ainda, e pretendo mudar mais a cada dia, por amor. Por você. Ei, sabia que te amo? Vem devagar, cuidado com a estrada. Estou em casa te esperando. Com saudades. O amor da sua vida. "
O que houve com ele? Amor da sua vida? Pouco convencido, heim? Apesar de ser verdade, vou esperar chegar em casa para tirar isso a limpo. Liguei o carro e antes que eu saia, um menino de uns 11 anos, bate na janela do meu carro, com um buquê enorme, muito lindo.
Céus, o que está acontecendo? Em instantes, o menino sai correndo e novamente, eu estou sozinha.
Abro o cartão.
" Lembra-se do primeiro beijo? Da primeira vez que seus olhos se encontraram com o meu? Lembra-se de como tudo era difícil no começo?
Você se manteve forte. Você sempre tão certa do que queria e eu tão cheio de confusões.Você tão dama e eu tão vagabundo. Eu realmente não te mereço, mas já que você é louca o suficiente para gostar de mim, vamos ir até o fim?
Tem uma caixinha em baixo do seu banco, pega pra mim?" As lágrimas já tomavam conta de mim. Me abaixei e puxei uma caixinha com um lindo laço em cima. Abri e era um colar de ouro, com o pingente de uma família. Nela estavam um casal e dois filhos. Dentro, mais um bilhete.
" Esse é um agradecimento, por nunca desistir da nossa família. Por sempre acreditar que um dia, tudo se ajeitaria. Percebeu que tem mais um membro na família? É a promessa que eu faço de que nossa felicidade vai aumentar, em breve!
Ei, olhos verdes, já não aguento mais de vontade de te ver. Acho que já está na hora de sair dai. Coloque o colar no pescoço e venha!
P.S: Preste muita atenção na estrada, talvez você tenha algumas surpresas.
P.S. 2: Eu te amo!"

Uma Patricinha No MorroWhere stories live. Discover now