Capítulo 140

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Médico: Ela não vai acordar mais, aceite isso.
Tentei ir pra cima dele, mas o Guaraná me segurou.
PH: ELA VAI ACORDAR SIM!
O médico se retirou dali, puxei a Marcela quando ela passou por mim.
PH: Marcela, tem algum jeito de eu levar a Malu daqui? Transferir ela pra outro hospital, sei lá.
Marcela: Infelizmente ela não resistiria. Entenda que o caso dela é muito grave, é quase impossível que ela viva. E sabe? Você está piorando as coisas, você está criando falsas esperanças.
PH: Eu não vou desistir dela
Marcela: Bom, isso ai é com você. Mas pense nela também, é melhor ela descansar logo de uma vez.
PH: O MELHOR PRA ELA É FICAR DO MEU LADO!
Marcela: Do seu lado em uma comunidade carente? Até ela ser atingida de novo?
PH: Cê não tem direito de falar nada, sua piranha!
Ela saiu dali negando com a cabeça. O que aquele hospital tem?
PH: Esse bando de fdp! Eles não tem direito de falar que não vai acordar. Eu sei que ela vai.
Guaraná: Eles são especialistas, PH.
PH: Você nem ouse vim com essa pra cima de mim também!
Guaraná: Eu espero que ela acorde. - disse por fim e saiu dali -
Fiquei mais uma vez sozinho com minha patricinha ali. Tava com uma vontade louca de quebrar tudo ou fumar um baseado pra me acalmar.
PH: Eu não tô aguentando mais essa espera.
Andei até onde ela estava, coloquei a mão dela sobre a minha. Ela estava tão fria, ainda mais pálida do que os últimos dias, vê-la naquela estado era pertubador demais até pra mim. Eu poderia matar duzentos caras em uma noite e dormir tranquilo, mas não estava em paz com ela assim. Quase morta ;x
PH: Velho, vou te mandar a real. Eu sei que tu tá me ouvindo, eu sei que tá. Patricinha, lembra de quando tu apareceu no morro? Toda cheia de frescuras e viadagens? Foi nesse momento que minha vida começou a fazer sentido. Por muitas vezes eu achei que nosso lance era de corpo, mas era muito mais que isso: era de alma. Você me tornou flágil demais. Porra, eu não era forte o bastante para aguentar olhar seu sorriso sem que meu coração pulasse no peito. Por muitas vezes eu te tratei mal, mas sabe qual foi o motivo? Porque eu tinha medo! Medo do que cê tava fazendo comigo. Medo do que eu tava me tornando

Uma Patricinha No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora