Capítulo 16 - A LUTA CONTRA OS ENVIADOS COMEÇA.

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A apreensão aumentou ainda mais quando começou a ventar fazendo tudo se mexer no bosque, o inimigo poderia surgir sem nenhum indício de movimento que pudesse denunciá-lo.

Keyla adotou uma postura de defesa flexionando os joelhos para pegar uma impulsão para um salto. Aquela altura nossas pupilas dilatadas tentavam enxergar no breu olhando para todos os lados.

— Lembrem-se do que falei, não saiam de onde estão e nem façam nada precipitado – Keyla falou sem sequer olhar para nós, totalmente concentrada como um animal caçando sua presa, embora achasse que as presas fôssemos nós.

Em frações de segundos desesperadores um grande vulto negro saiu da mata correndo em nossa direção. Os movimentos daquela coisa lembrava um macaco correndo, só que tinha uns quase três metros de altura. Aquilo era tão apavorante sendo somente um vulto que não deu a mínima curiosidade para saber como era sua cara. Meu coração disparou numa velocidade incrível.

Sofia, Aline e Alex me agarraram enquanto o vulto crescia cada vez mais ao se aproximar.

Keyla esperou até que a coisa chegasse bem perto e saltou. Com seu salto a coisa ficou a nossa frente a poucos passos de nos atacar quando uma luz se acendeu na mão direita de Keyla na hora que fazia uma volta no ar para atingir as costas do vulto com a luz brilhante caindo bem atrás da fera. No mesmo instante o vulto macaco gigante brilhou e explodiu em milhares de partículas brilhantes e nos atingiu.

Gritamos desesperadamente como se aquilo fosse nos fazer mal.

— Silêncio! – Keyla reprovou nosso desespero. — Isso é poeira estelar. Quando eliminamos qualquer forma de vida que não pertença a este plano dimensional ela se transforma em poeira estelar inofensiva. Preciso que fiquem quietos para me concentrar na chegada dos inimigos.

Falar para ficar quieto é fácil, quero ver vivendo a situação pela primeira vez como acontecia com a gente. Alex como sempre surtando foi até engraçado devido às circunstâncias.

— Estou infectado, vou virar um zumbi extraterrestre com esse troço que me atingiu! – Alex se batia, cuspia e esfregava a boca.

— Isso é resto mortal inofensivo, fique quieto – Keyla não deixava de se concentrar.

— Eu comi os restos mortais de um monstro do espaço? – Alex ficou com ânsia de vômito.

— Fique quieto – Keyla deu um ligeiro sorriso.

Continuando em posição de defesa ela abriu as mãos e dois pontos luminosos surgiram. Não tinha a menor ideia do que aquilo poderia ser, mas deduzi que seria uma espécie de arma pela facilidade com que acabou com a criatura gigantesca.

Ela começou a correr a nossa volta e só conseguimos perceber que inúmeros vultos se aproximavam correndo para cima da gente. Ela os atacava com tanta desenvoltura e graciosidade que parecia estar dançando, aquilo tudo deveria ser muito normal para ela.

Os inimigos eram de várias formas e tamanhos, formatos que não pareciam com nada que já tivéssemos visto. Não importava a quantidade e o tamanho, Keyla os transformava em poeira estelar, várias explosões brilhantes com o pó se dissipando no ar.

O número de vultos começou a aumentar consideravelmente e me fez duvidar se Keyla sozinha daria conta de tantos inimigos.

Quando as coisas estavam piorando, um estrondo nos fez olhar para uma luz amarelada no meio do bosque que ascendeu ao céu e dentre as árvores iluminadas partículas de poeira estelar se dissipavam.

— Conseguiram – disse Keyla ao se distrair olhando a luz.

Partes de nossos inimigos também se distraíram com a luminosidade, mas um pequeno grupo não deu à mínima e aproveitou a distração temporária de Keyla para ataca-la. Sei que ela nos alertou para não fazer nada precipitado, mas não poderia deixar que um daqueles monstros a pegasse por trás de forma tão vulnerável.

O Guardião da Galáxia e a Lenda de Pan KuWhere stories live. Discover now