Capítulo 18 - TEMOS PODERES, MAS PRECISAMOS DE PROTEÇÃO EXTRA.

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Seria muito pedir um pouco de tempo para digerir tudo que aconteceu? Não dava nem para descansar um pouquinho! Era muita adrenalina e meu coração não iria aguentar.

Como rotina, Aline gritou ao meu ouvido quando viu Liu, Ryu, Keyla e Ravi parados na sala. Vocês já viram a expressão de uma pessoa alucinadamente desesperada e com o coração a mil por hora? Pois é, era como Aline se encontrava. Mas tinha certeza de que ela iria se acostumar, assim como Sofia e eu nos acostumamos... quero dizer... acho que nos acostumamos. Ah! Tá legal! É demais para qualquer um. Quem eu quero enganar? Faltava pouco, mais muito pouco mesmo, para um surto generalizado.

Alex andando em círculos não viu que Ravi se materializou bem a sua frente e lhe deu um encontrão o agarrando. Ravi estreitou os olhos para ele e deu um tipo de rugido o reprovando.

— Que isso! Que isso! – Alex pulou assustado como reação ao rugido. Provavelmente pensou que seria devorado.

— Vamos, temos que partir – disse Ravi com sua voz sinistra.

Entreolhamo-nos e nossas expressões continuavam atônitas. Sofia foi a primeira a questionar.

— Não é assim não! Estão achando que isso é bagunça? Que podem chegar do nada e falar vamos, temos que ir – fiz cara de deboche. — Acho que nos devem muitas explicações e nós não vamos a lugar algum sem respostas. Então, comecem a explicar o que aconteceu lá no campo de futebol tim-tim por tim-tim. Quem vai falar? – gente, na verdade eu queria saber por que minhas mãos brilharam e como poderia fazer aquilo de novo.

— Princesinha, acredito que você quer saber se tem poderes não é? – Keyla se aproximou de mim.

— Sim, isso também – eu, hein! Keyla lê mentes agora?

— Como sabem, os enviados virão de todas as partes deste e de outros universos para lutarem contra vocês. A energia que a Via Láctea depositou em seus corpos é surpreendentemente poderosa, mas ainda deverão aprender muito para controla-la. O que aconteceu no campo foi apenas um lampejo, uma reação natural que tiveram ao perigo. Você e seu irmão devem tentar sentir a energia que flui e arranjar um jeito de coloca-la para fora.

— Quer dizer que temos que nos concentrar ou ficar desesperados para usarmos nossos poderes? – olhei para Keyla na doce ilusão de que haveria uma forma mais simples de usar nossos poderes, como... apertar um gatilho ou usar palavras mágicas, sei lá!

— É mais ou menos isso – Keyla passou a mão no meu rosto tentando me tranquilizar.

— Tá! Ok! E o que houve quando voltávamos para casa? – interrompi a conversa entre Sofia e Keyla.

Um silêncio se fez por um instante, parecia que Keyla não havia entendido bem o que eu queria saber, nem ela e nem os outros animais sagrados.

— O que está acontecendo? Vocês sumiram com aquela coisa e foram para onde? – não percebi, mas o tom da minha voz subiu três oitavas.

— Isso é um sonho! Não, isso é um pesadelo! – Alex desiludido falava sozinho.

— Tivemos que levar o ser deste planeta para outra dimensão para lutar, caso contrário, poderíamos destruir boa parte deste planeta com a nossa energia – Ryu parecia feliz ao falar. Dentre os quatros animais sagrados era o que mais se divertia ao lutar.

— Como assim? – questionei perplexo.

— Ao enfrentarmos um ser do mesmo planeta do escolhido temos que usar uma energia pura e maciça para destruí-lo e em razão da forte gravidade que a Terra possui a energia que liberamos impacta o solo e se propaga por quilômetros de distância acabando com toda forma de vida que estiver dentro do raio – Liu explicou.

O Guardião da Galáxia e a Lenda de Pan KuOnde histórias criam vida. Descubra agora