Capítulo 19 - SEGUIMOS PARA O PALÁCIO DO DEUS HADES.

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Foi extremamente difícil ficar de olhos abertos durante a viagem. A adrenalina era tanta que a reação foi de gritar... e nós gritamos muito.

Em fração de segundos, já havíamos chegado ao submundo teletransportados e diante de nós um rio, um gigantesco rio.

— É aqui que encontraremos Hades? – perguntei achando que seria simples e rápido.

— Não – respondeu Liu.

— Aqui é o início do submundo. Estamos às margens do rio Aqueronte, o rio das dores – disse Keyla.

— Espera aí! Pensei que vocês iriam nos levar diretamente ao palácio do Deus Hades? – questionei preocupado.

— É impossível! Hades criou barreiras que impedem teletransporte e abertura de portais. Todos que querem chegar ao Hades devem passar pelo rio – disse Ryu com sorriso estampado. Ninguém avisou para ele que não tinha graça nenhuma? Ou que não era nada divertido?

— Calma, tem algo muito errado... nós não podemos passar por aqui. De acordo com a lenda... quero dizer... com a história, para passar pelo rio Aqueronte as pessoas deveriam estar... estar... mortas! Não é verdade? – uma corrente elétrica percorreu minhas veias.

— Sim, realmente é isso – disse Lyu. — Além de estar morto, tem que pagar com uma moeda, um óbolo, para que Caronte faça o transporte para o outro lado da margem. Porém, Hades o proibiu de atravessar os vivos.

— Então como vamos passar? – perguntou Alex.

— Temos o óbolo e uma causa justa para que Caronte nos atravesse – disse Ravi.

— E qual seria a causa justa? – Alex tirou as palavras da minha boca.

— Com o fim da galáxia o submundo também deixará de existir – respondeu Ravi.

— É uma boa causa – concluiu Alex.

Ficamos tão preocupados que não vimos às pessoas chegando aos montes às margens do rio.

— Quem são estas pessoas? – Aline segurou meu braço assustada.

— São as pessoas que morreram e querem fazer a passagem do rio – Keyla respondeu com Sofia agarrada no seu braço esquerdo. Pessoal, na verdade Sofia parecia até perereca grudada e que só soltaria Keyla se caísse um raio.

[— Ora, ora GG, muito engraçadinho! Ficou se borrando todo e quer falar de mim.

— Sofia! Já falei para não me chamar de GG!

— Então não começa! Estressadinho. Continue narrando o que aconteceu.

­— Ok!]

Bem, Aline quando ouviu o que eram aquelas pessoas apertou ainda mais meu braço. Tudo aquilo era aterrorizante demais, ver todas aquelas pessoas mortas. As expressões constituídas em desespero e agonia.

Depois de alguns minutos, uma embarcação sinistra e cercada de névoa chegou e atracou num pequeno píer. As pessoas numa grande fila passaram a entrar na embarcação com o consentimento do que parecia ser o Caronte e outras tentavam a força embarcar e eram escorraçadas por ele, por não pagarem pela travessia e corriam sem destino até desaparecerem em meio ao nevoeiro, vagando por toda a eternidade.

Os animais sagrados ignoraram a fila dos mortos e se dirigiram até Caronte e nós fomos quase que escondidos atrás deles.

— Precisamos falar com Hades – disse Ravi.

— Vocês não estão mortos. Voltem agora mesmo de onde vieram – reprovou Caronte ao se curvar para nos encarar. A voz era medonha, intimidadora e horripilante, deu vontade de sair correndo e eu quase corri quando retirou o capuz negro. Sua pele áspera, cheia de cicatriz e deformidades realmente repelia qualquer um.

O Guardião da Galáxia e a Lenda de Pan KuOnde histórias criam vida. Descubra agora