Capítulo 32 - O OCULTADOR DE ENERGIA NÍVEL 5.

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O meu coração disparou, mas acredito que não somente o meu que quase entraria em colapso naquele instante, pois os monstros começaram a ganhar forma quando saíam dos bosques próximos, uma reprise do que ocorreu perto da minha casa no campo de futebol quando os enviados apareceram para nos atacar.

Esperei que viessem descontrolados para cima da gente, porém, pararam a uma distância "segura", apenas dava para ver os contornos dos enviados.

— O que estão esperando? – perguntei intrigado.

— Talvez queiram conversar – disse Alex acreditando mesmo que isso pudesse ocorrer.

Certamente ninguém deu atenção ao que Alex sugeriu.

— Fiquem atentos, pode ser um truque – disse Keyla.

Keyla mal terminou de falar e do alto da Muralha da China, aproximadamente sete metros e meio acima das nossas cabeças, uma voz quebrou a mais remota chance de paz que Alex imaginou.

— Ora, ora! Eu diria que estou surpreso se não houvesse planejado tudo até aqui.

Na base da muralha olhamos para o seu topo. Inicialmente não víamos nada.

— Cuidado! – disse Ravi.

Sobre o parapeito da muralha um homem apareceu. Ele deveria ter uns dois metros de altura, cabelos grisalhos e longos, forte e moreno com roupas em tecido branco e azul que flutuavam com a brisa.

— Os animais sagrados... quanto tempo! – a voz do homem era forte e grossa, embora suas palavras fossem pronunciadas de forma muito lenta e tranquila.

Olhei para os animais sagrados estranhando a possibilidade de conhecerem o nosso inimigo.

— Quem é você? – Ravi com sua voz rouca emanava hostilidade.

— Ravi... ou melhor... o Deus dos humanos – senti provocação no tom usado pelo inimigo.

Ravi ficou pensativo. As palavras devem ter acionado um gatilho na sua mente para buscar uma lembrança que pudesse associar.

— Perdoe-me, talvez seja melhor me apresentar para que suas lembranças venham à tona. Sou aquele que os humanos da cultura Maia chamaram de Deus do Sacrifício TOHIL.

No mesmo momento em que Tohil disse seu nome a expressão no rosto de Ravi mudou. Agora, seu olhar absorto demonstrava que havia conseguido ligar o nome a alguma recordação do seu passado distante.

— Tohil, o Deus Maia do Sacrifício – disse Ravi lentamente engasgando as palavras.

Os outros animais sagrados olharam assustados para Ravi.

— Agora parece que vocês já conseguiram se lembrar de mim – disse Tohil.

— Não pode ser – Ravi olhava perplexo para Tohil.

— Vocês me deram muito trabalho. Devo admitir que são adversários a altura – Tohil reconheceu a destreza dos animais sagrados ao mesmo tempo em que tentava mexer com seus sentimentos.

— Ravi calma... – disse Keyla preocupada.

Certamente Aline, Alex, Sofia e eu não conseguimos fazer nenhum tipo de associação e muitos menos sabíamos qual era a relação entre Tohil e os animais sagrados.

— O que você quer? – gritei para Tohil ao perceber que os animais sagrados ficaram estáticos.

— Guardião da Galáxia que prazer conhecê-lo. O que eu quero é sacrificá-lo para os Deuses Érebus e Nix. Vou matar você Guardião da Galáxia – Tohil respondeu com satisfação.

O Guardião da Galáxia e a Lenda de Pan KuTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang