Dois jovens irmãos descobrem inesperadamente que Deuses do início da Criação do Universo desejam destruir as várias formas de vida das galáxias. A cada Universo duas Galáxias são consumidas e, agora, chegou a vez da Via Láctea.
Will descobre ser o...
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Eu tentei imaginar o tamanho do cansaço dos animais sagrados depois de tudo que tínhamos passado, até porque eu, uma adolescente de apenas treze anos, cheia de energia, tinha ficado extremamente esgotada.
Olhei para eles e suas expressões traduziam uma grande fadiga que dava para notar pela dificuldade que possuíam para andar.
Aline chegou mais rápido que os demais e se ajoelhou ao lado do meu irmão, temerosa com seu estado. Ela me olhou aflita e nem precisou perguntar nada para que eu entendesse o que queria: saber como meu irmão estava.
— Ele está bem Aline, só está dormindo – tentei tranquilizá-la.
— E você? Tudo bem?
— Acho que sim. Eu só estou cansada, na verdade, estou toda moída – dei um ligeiro sorriso.
— Será que acabou? – Aline olhou ao redor.
— Sinceramente? Espero que sim.
Pouco tempo depois os demais chegaram.
— Muito bem princesinha! – disse Keyla com voz de alívio.
— Foi incrível! – disse Ryu.
— Parece que vocês gostaram do que eu fiz, não é?
— Você conseguiu evitar uma tragédia. Você agiu bem – disse Ravi meio que sem graça em razão de todos agora saberem seu segredo, da sua dor, sua história com Ariadne.
— E agora? O que vamos fazer? – perguntei.
— Teremos que descansar um pouco para que possamos voltar para sua casa – respondeu Keyla.
— Eu vou ficar encostado na Muralha da China. Preciso sentar um pouco – disse Ryu.
Alex já conseguia andar sozinho, Liu pegou meu irmão no colo e todos caminharam para perto da grande muralha. A ideia de Ryu nos seduziu.
Sentamos e nos acomodamos fazendo a muralha de encosto para nossas costas. Confesso que o cansaço era tão grande que aquele monte de rocha pareceu uma almofada confortável.
Respirei fundo e olhei para o céu. O sol que havia ficado completamente negro com o eclipse total começou a iluminar o local aos poucos quando a lua terminava de passar por ele.
A brisa fresca juntamente com os raios do sol trouxe uma sensação de conforto fantástica.
Depois que nos ajeitamos e o eclipse se desfez, perguntei ao Alex:
— Você está bem Alex?
— Tirando o fato de estar todo arrebentado? É, estou bem – disse sorrindo.
— E agora? Quanto tempo teremos que esperar para voltarmos? – perguntei olhando para o bosque.
