Capítulo 8 - Monitor e namorado

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Oi, minha gente!

Estou indo viajar essa noite e vou voltar dentro de alguns dias. Se tiver internet no lugar aonde vou (e se eu conseguir terminar de escrever a próxima parte), eu posto mais ainda amanhã. Senão, esse é o último capítulo do ano e voltamos com mais na semana que vem, ok?

Desejo a todos um feliz ano novo, e que 2016 possa ser muito legal, porque 2015 foi o fim da picada, viu? 

Abraço!

P.s.: segurem seus forninhos porque o Noah tá meio ciumento nesse capítulo. #indignado

P.s.2: já perceberam como eu gosto de colocar "p.s."?

-x-x-x-x-x-

A aula se arrastou como uma lesma andando de salto alto. Não é possível que duas horas pudessem magicamente se converter na sensação de ter se passado dez dias; dez longos dias ouvindo Alfredo falar sobre intestinos. Quando finalmente estamos livres, tenho vontade de gritar de alegria.

Guardo meus livros rapidamente na bolsa e Olga e eu saímos da sala o mais rápido que conseguimos. Na sequência, eu teria meia hora livre antes de encontrar com Mathias nas salas de monitoria da biblioteca, e queria aproveitar o tempo para continuar a conversa com minha amiga, visto que não havia sobrado tempo para que ela me contasse como fora sua noite com Sebastian na sexta–feira.

– E daí no final de semana nós conversamos pelo whatsapp – ela fala, precisando conter sua animação.

– Conversaram sobre o quê?

– Não te interessa.

– Olga! – eu reclamo, acertando-a com meu cotovelo. – Me conta, vai!

Ela ri.

– Nós só conversamos sobre como foi divertido passar aquele tempo juntos, conversamos sobre você e Noah e...

– O quê?! – eu a interrompo. – Por que conversaram sobre Noah e eu?

– Ele só me perguntou se eu sabia se alguma coisa tinha acontecido entre vocês dois, porque Noah estava muito sério em casa depois da festa, e não quis conversar com ninguém – ela dá de ombros.

Eu franzo o cenho, tentando lembrar de todos os detalhes de nossa conversa naquela noite. Eu não havia dito nada para ofendê-lo, ou que pudesse tê-lo deixado magoado. Fui madura, diferentemente do que eu esperava que aconteceria quando nos encontrássemos.

Eu engulo em seco.

– Ele disse mais alguma coisa sobre Noah? – pergunto, olhando para as paredes do corredor.

– Não, só isso – responde. – Daí chegamos à conclusão de que ele estava daquele jeito apenas porque talvez estivesse se sentindo deslocado, já que passou tanto tempo fora.

Eu aceno com a cabeça, concordando, e percebo que estou encarando meus tênis enquanto ando. Duvido que o silêncio de Noah seja porque ele se sentiu deslocado. Seria mais fácil chover chocolate do céu do que vê-lo excluído em uma festa ou qualquer que seja o evento.

Noah tem esse "imã" que chega a ser perturbador. Ele tem esse jeito, esse sorriso, um olhar, que faz com que você deseje nunca mais sair de perto dele. Eu sabia disso, as outras garotas sabiam disso, e até mesmo os garotos sabiam disso. Por isso não demorou tempo algum para que na festa de Luiza ele estivesse logo na roda de brincadeiras, embora não parecesse que estava completamente feliz lá.

Sinceramente, acho difícil interpretá-lo. Passei três anos acreditando que ele era um completo babaca e que os meses que passamos juntos não passaram de uma farsa. Agora, desde que voltou, nas poucas conversas que tivemos ele parece tão arrependido que se torna difícil não acreditar nele. É difícil ficar com raiva pelo o que fez quando ele parece tão machucado quanto eu.

Quando você foi emboraWhere stories live. Discover now