Capítulo 26 - Eu tenho medo

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Oi!

O capítulo está pequeno, mas não se desesperem porque dentro de dois ou três dias já teremos mais um. Isso mesmo: tô de férias.

E se segurem, gente, porque tem uma treta muito grande vindo depois do capítulo trinta. Enquanto isso, aproveitem bem nossos personagens. 

Tchau!

-x-x-x-x-

Devo ficar preocupado porque você não tem respondido minhas mensagens?

Não fiquei surpresa quando uma nova notificação chegou em meu celular. Isso havia acontecido frequentemente nas últimas duas semanas, mas até então eu não conseguira juntar energia o suficiente para responder Noah, porque estava assustada demais; assustada porque não sabia se ele estava com uma simples infecção ou se estava à beira da morte; assustada porque ele poderia ter uma namorada no exterior e eu havia entendido tudo errado, achando que ele ainda tinha algum interesse por mim além de amizade.

As possibilidades eram infinitas, mas eu não me arriscaria a perguntar a ele sobre isso e receber mais um "não estou pronto para falar sobre isso" como resposta. Seria patético demais continuar a esperar por Noah quando nem mesmo ele fazia ideia de quando estaria preparado para contar a verdade. E é por isso que aceitei vir com Olga para mais uma festa na casa de Luiza.

– São tudo uns idiotas, esses homens! – Olga diz alto, e outras três garotas erguem seus copos em um brinde.

A cena me parece tão hilária, que não consigo conter a risada.

– E mentirosos! – as palavras saem de minha boca, e eu só percebo que as falei quando escuto minha própria voz.

Todas as mulheres ao meu redor balançam a cabeça, concordando.

– Eu viveria muito melhor sem eles!

– Cachorros! Só pensam em si mesmos! Egoístas! Estúpidos!

Uma delas se levanta e cambaleia para longe, em busca de mais bebida, e as outras a seguem.

– Você vai me contar o que aconteceu entre você e Sebastian ou não? – questiono minha amiga quando finalmente consigo sentar ao seu lado.

Ela suspira e vira o restante de sua bebida.

– Ele me disse que ainda não está pronto para ter um relacionamento.

Suspiro, olhando para o céu.

– Estou começando a achar que os irmãos Martinelli nunca estão prontos para nada.

Olga abre um sorriso triste, que rapidamente se torna uma gargalhada. Eu acabo rindo também. Ela tem razão; é tão trágico que chega a ser cômico.

– E eu achava que as coisas estavam indo tão bem entre nós dois, sabe? – ela olha para suas próprias mãos. – Já fazia cinco dias que não brigávamos.

– Esse é o recorde de vocês? – eu ergo uma sobrancelha, surpresa.

– Você precisa admitir que é um longo tempo.

Considerando as pessoas envolvidas, pode-se dizer que é mesmo um longo tempo.

– Mas e então? Do nada ele decidiu que não quer um relacionamento?

Ela hesita em responder, e eu deixo que ela tome seu tempo. Dou pequenos goles em minha bebida e aproveito para olhar em volta. Algumas pessoas dançam de um jeito engraçado em volta da piscina; outras tentam desesperadamente chamar atenção do sexo oposto, ou, como eu, estão sentadas pensando se não deveriam ter ficado em casa. Não havia jeito, eu sempre me arrependia de ir a festas, mas mesmo assim continuava indo nelas.

Quando você foi emboraWhere stories live. Discover now