Capítulo 11 - Boa noite, Serena

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Fiquei tão animada que o bloqueio criativo passou que resolvi escrever mais uma parte! Além disso, eu estava ansiosa para mostrar mais de Noah e Serena para vocês. E olha, tem algumas pistas importantes nesse capítulo, viu...

P.s.: vi pelos votos que temos algumas leitoras novas. Sejam bem-vindas!

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- Eu vou querer dois – Noah diz ao homem de um food truck suspeitosamente sujo e enferrujado que provavelmente não havia nem lavado as mãos hoje. – Sem cebola.

Fico surpresa por ele ainda lembrar que não gosto de cebola. Para ser sincera, não é que não gosto; eu odeio. Por isso fico grata por ter se lembrado.

Eu o observo atentamente enquanto termina de fazer o pedido e suspiro, me sentindo confusa. Nas últimas duas horas, Noah e eu conversamos como se tempo algum houvesse passado e ainda fôssemos os melhores amigos que costumávamos ser. Durante os quase quarenta minutos que passamos na farmácia, foram muitas as vezes em que eu precisei tampar minha boca para que minha risada alta não escapasse.

Enquanto esperamos por algum funcionário que pudesse fazer o curativo, Noah sugeriu que seria divertido brincar de inventar conversas imaginárias para as pessoas que estivessem na fila do caixa. Dessa forma, sempre que tinha um casal que estava longe demais para que ouvíssemos o que conversava, Noah começava a fazer vozes engraçadas, inventando diálogos hilários.

Em certo ponto, minha barriga começou a doer e eu precisei esconder meu rosto em suas costas, porque eu parecia estar chorando. Quando o funcionário nos chamou para dentro do ambulatório, eu precisei pensar em coisas tristes para que pudesse parar de rir e não parecer completamente louca.

Dentro da sala, eu me esforçava ao máximo em não olhar para Noah, porque toda vez que eu o fazia, lembrava de algumas das conversas imaginárias e sentia vontade de rir. Ele, por sua vez, desviava os olhos dos meus e caminhava de um lado para o outro dentro do ambulatório, pressionando os lábios com força para não rir também.

E eu odiava pensar no quanto eu estava amando aquilo. Odiava pensar em como era bom vê-lo sorrir, sentir seu cheiro, ouvir sua voz e, principalmente, em como era bom sentir seu toque.

- No que você está pensando? – Noah me pergunta, parado em minha frente com um olhar curioso no rosto.

Eu pisco algumas vezes e vejo que ele tem nossos lanches prontos em suas mãos. Eu balanço a cabeça, dizendo que não era nada, e ele me entrega um dos cachorros-quentes. Nós então começamos a caminhar pela rua, fazendo o caminho de volta para casa.

- Nossa, isso aqui é um orgasmo em forma de comida – Noah murmura após a primeira mordida.

- Com certeza – eu concordo, contrariando o que vovó havia me ensinado, e falando com a boca cheia. Ele ri e então dá mais uma mordida. – Imagine quantos milhões de bactérias tem aqui.

- Você não faz ideia... – comenta, limpando a boca com as costas da mão. – Eu vi ele provando o molho com o dedo.

- Não! Sério?

Noah balança a cabeça.

- E ele espirrou em cima das salsichas.

Eu o olho, séria, e vejo que ele está apenas tirando uma com a minha cara.

- Idiota.

Ele apenas ri e volta a dar mordidas gigantes no seu pão. Quem nos vê de longe, com certeza deve pensar que fazemos isso todos os dias - saímos como dois jovens que gostam da companhia um do outro. Quem nos vê de longe não imagina como eu sofri por meses com a ausência dele.

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