Capítulo 5

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Emily narrando:

Ninguém havia percebido os hematomas no meu corpo, há não ser a Verônica que até cuidou dos meus hematomas, ela ficou com raiva, disse que iria contar para a minha mãe sobre oque Miguel fez comigo, mas eu implorei para ela não fazer isso. Eu tinha medo do que Miguel poderia fazer comigo depois e até mesmo fazer com que Verônica perdesse o emprego, ele é uma pessoa sem coração, me machuca sem dó nenhuma.

Estava na copa, sentada na cadeira olhando Dolores fazendo o almoço. O cheiro de comida exalava pela minha narina, meu estômago estava roncando de fome esperando pelo esperado almoço.

Mexia no celular que havia ganhado recentemente de papai, ele disse que já estava na hora de eu ter. Gostei muito, além de conseguir me comunicar com as minhas amigas quase o dia todo, eu consigo ter acessos há vários aplicativos incríveis.

-Menina Emily, vá perguntar a sua mãe se é pra por a mesa. -Ordenou Dolores.

Revirei os olhos e suspirei fundo.

-Ande logo, menina. -Disse de modo brincalhão.

Levantei-me sentindo um desconforto na minha barriga, caminhei lentamente para o quarto de mamãe, papai estava na sala olhando seu notebook, ele não notou a minha presença. Segui para o quarto de mamãe, e encontrei sua porta entreaberta.

-O seu psicólogo ligou avisando que você não foi às ultimas consultas. -Dizia mamãe.

Aproximei-me mais da porta e avistei Miguel sentado na cama de mamãe, olhando-a severamente.

-Eu não gosto de ir lá e não quero ir. -Disse

-Você não tem que gostar, você tem que ir. Não quero que você deixe de ir, você como ninguém sabe o quanto é necessário que visite um psicólogo.

-EU NÃO SOU UM DOENTE MENTAL, MÃE. -Gritou furioso.

Mamãe se assustou e deu um passo atrás.

-Eu sei que não, mas é que... -Ela gaguejou, Miguel se levantou e se aproximou mais de mamãe, fazendo-a andar mais para trás.

-Você acha que sou louco? Acha mesmo? Você não sabe nada sobre mim. Eu posso ser muito mais do que um louco, mas eu não sou louco, ou sou? Diz-me você, oque acha que sou? -Perguntou de forma ameaçadora.

Mesmo sabendo que ele não falava aquilo comigo, eu sentia medo. Ele sabia como deixar alguém com medo dele mesmo, ele é uma pessoa horrível.

-Eu só quero que você volte a visitar o seu psicólogo meu filho... É para o seu bem, meu amor. -Argumentou mamãe tentando revirar a situação.

-Eu não vou voltar e não vai ser você, uma velha ridícula, que me fará voltar. Eu estou bem, muito bem. -Disse sorridente, com um olhar inexpressivo.

-Não está... eu fiz tudo por você meu filho, te dei a melhor educação, cuidei de você, adotei uma irmã para você, assim como você pediu....

-Não! Você adotou a Emily porque o imprestável daquele psicólogo pediu, disse que seria bom para eu ter um irmão e como você é uma idiota, me trouxe ela.

-Eu pensei que você gostasse de Emily... pensei que isso te ajudaria a sair da sua zona de conforto e talvez, você melhorasse no comportamento.... -Explicou mamãe.

Pus a mão na boca tampando os meus grunhidos de surpresa ao ouvir aquilo tudo.

Miguel começou a rir sarcasticamente, e depois parou seu olhar para sua mãe.

Obsessão PerigosaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora