Obsessão Perigosa

Capítulo 56

Escutem a música!!! É LINDA DEMAIS BIXO. 

***

Emily narrando

Acordo um pouco tarde do que o normal. O relógio apontava dez horas no ponteiro, quando vi o tanto que dormi me surpreendi comigo mesma. Geralmente acordo mais cedo, por volta de sete ou oito, mas dado à noite anterior há uma boa justificava. Quase não preguei os olhos, senti muita dor no pé da barriga. A doutora avisou que isso seria normal já que estou entrando nas trinta e sete semanas e com um piscar de olhos o bebê virá ao mundo. No entanto, as dores aumentaram nessa madrugada. Não contei para o Arthur, até porque o mesmo dormia tranquilamente e eu não queria de forma alguma atrapalhar seu sono. Depois de horas, a dor passou e por fim consegui dormir.

Esfrego os olhos retirando o resíduo de remela grudada no canto do olho, me despreguiço lentamente. Arthur não estava na cama e nem no banheiro pelo o que parecia. Olho para o lado da cama aonde ele dorme e encontro um bilhete escrito à mão.

''Fui resolver a parada do serviço. Volto mais tarde.

P.s1: Não levante-se da cama, Verônica e sua mãe estão te vigiando.

p.s2: Isso não é um pedido, é uma ordem.

Te amo, passa fome. ''

Leio a sua mensagem um tanto grosseira e sorrio mesmo não podendo cumprir com essa ordem. Era hoje ou nunca que iria resolver a situação desse bebê, depois do sonho que tive ontem a noite, a melhor coisa a se fazer é essa.

Em pensar que sonhei com o bebê, que por sinal era todo parecido com Miguel, a cor do cabelo escuro, os olhos, a maneira de olhar... Tudo. Isso me causou um grande arrepio na espinha, talvez seja um dos motivos por eu ter sentido muita dor. O estresse está causando dores involuntárias no meu corpo.

Levanto-me sentindo mais pesada do que nunca e acima de tudo, inchada. Vou ao banheiro e tomo um grande susto ao ver a minha imagem no espelho. Meu rosto estava inchado demais, meus lábios pareciam que eu havia acabado de ter feito um procedimento cirúrgico de tão grandes, várias olheiras escuras e com o corpo pálido demais. Desde quando eu virei a Bella Swan de Crepúsculo?

—Coitada de mim! —Digo para mim mesma ao notar uma espinha um pouco acima do meu queixo. —Bebê você está sungando tudo de mim, não é? —Indago.  —Quem sabe você não é um bebê vampiro também...  —Abro um sorriso com a minha própria idiotice.

Retiro o pijama e entro debaixo da água morna, que causava uma sensação libertadora. Senti-me renovada e com mais força para prosseguir adiante com os meus planos. Resolvi não demorar mais no banho e sair antes que eu mudasse de ideia ou que alguém me fizesse mudar.

Visto um vestido confortável que mamãe fez questão de comprar para mim. Arrumo o ninho de passarinho que era o meu cabelo e decido deixa-los soltos. Graças aos deuses dos cabelos, o meu está com as medidas certa e maior do que estava antes. Faço uma maquiagem para esconder as olheiras e a cara de doida.

Ligo para a senhora Alessandra para apressar esse maldito encontro. Ela me atende no terceiro toque.

—Emily? —Disse confusa com a minha ligação, aposto.

—Oi senhora Alessandra. Eu marquei com você hoje a tarde e...

—Não me diga que irá desmarcar o encontro de novo? —Questionou, com a voz um tanto indignada e decepcionada.