Capítulo 61

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Estamos quase chegando a 500k. Vamos lá galera, me ajude. Essa vitoria é nossa.

Boa leitura.

***

Emily narrando:

Sou acordada abruptamente pelas mãos agitadas de mamãe, que faltava berrar no meu ouvido para eu acordar de uma vez. Ainda estava com sono, só consegui dormir às três da manhã porque Teodoro não dormia de jeito nenhum, nem mesmo depois de eu nina-lo quatro vezes.

—O quê foi? —Questiono de olhos fechados.

—A policia está aqui. —Disse me acordando de uma vez da sonolência.

Esfrego as mãos nos olhos limpando-os. Suspiro fundo e encaro mamãe, dando de ombros.

—O que aconteceu pra policia está aqui... —Olho o relógio no criado mudo, perto da cama. —Às sete horas da manhã?! —Digo com um tom indignado na voz.

Minha mãe se aproximou de mim com os olhos arregalados, ela segurou as minhas mãos e me olhou por uns cinco segundos tentando de alguma forma arrancar alguma expressão minha. Sabia que ela iria fazer isso. Desde pequena, quando eu fazia algo errado acabava me entregando apenas com a maneira que eu olhava, mas esse tempo todo convivendo com Miguel aprendi a maneira mais fácil de ocultar qualquer sentimento.

—Você realmente não sabe? —Indaga intrigada, agora com os olhos estreitos.

—Se eu soubesse não estaria perguntando, não acha? —Digo de forma insolente. —Cadê Teodoro? —Olho para o bercinho do mesmo e ele não estava. Verônica. Aposto que ela acordou o coitadinho.

—Está com a Verônica.

—Sabia. —Digo abrindo um sorriso preguiçoso. —Já que ele está com ela, eu posso voltar a dormir?

—É claro que não. Tem dois investigadores lá em baixo querendo falar com você. —Disse nervosa.

—Por que eles querem falar comigo? —Pergunto novamente, já imaginando a resposta.

É claro que depois da morte daquele porco velho, a primeira pessoa que eles iriam investigar seria eu, primeiro porque não temos um bom relacionamento e segundo pela ordem de restrição que exigi da justiça. Simples.

Mamãe demorou uns minutos pra falar o real motivo, antes ela me analisou, não como mãe e, sim como juíza.

—Fala o que houve. —Peço novamente, com a voz calma.

—Aluísio Ferraz foi assinado ontem à tarde.

Arregalei os olhos, fazendo o possível pra parecer surpresa. Pus a mão na boca, depois respirei fundo e acenei com a cabeça.

—Eu não sei se fico feliz ou mal. Eu não sei... —Viro o rosto de lado, negando com a cabeça lentamente. —Nunca gostei dele, mas... como que ele foi assassinado?

Mamãe ainda me olhava.

—Por arma de fogo. O laudo médico vai determinar corretamente a causa da morte ainda hoje.

Assinto com a cabeça, perplexa.

—Minha mãe Luíza já sabe? —Pergunto, preocupada com a mãe Luíza.

—Ela está lá em baixo, conversando com os investigadores. —Mamãe se levantou e pôs a mão na cabeça, preocupada. —Eu estou tentando acreditar em você, Emily. Eu quero saber se foi você ou não. Diga a verdade pra mim, olhando nos meus olhos. —Exigiu, sentando novamente na cama a minha frente.

Obsessão PerigosaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang